Dólar hoje

Fonte: Shutterstock/Chutima Chaochaiya 

 

Sobre o Dólar

 O dólar é a principal referência monetária global, sendo a moeda oficial dos Estados Unidos e a mais utilizada em transações internacionais. Emitido pelo Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, o dólar exerce forte influência sobre a economia mundial, afetando governos, bancos centrais, mercados financeiros e o comércio global. 

Devido à sua relevância, o dólar é amplamente utilizado em reservas internacionais, investimentos, negociações de commodities, contratos financeiros e operações comerciais entre países. No Brasil, existem diferentes tipos de dólar, cada um com funções específicas que atendem às particularidades de consumidores, empresas e instituições governamentais. 

Para ilustrar o comportamento recente da moeda, os gráficos a seguir mostram a variação do dólar PTAX, taxa de referência oficial no Brasil, tanto nos últimos 12 meses quanto ao longo de 2025, permitindo observar as principais tendências e oscilações cambiais do período. 

E no ano de 2025.

 

Tipos de Dólar no Brasil

Dólar Ptax
A Ptax é uma taxa de câmbio de referência divulgada diariamente pelo Banco Central do Brasil. Calculada com base na média das cotações fornecidas por instituições financeiras autorizadas, ela é usada como base para contratos na B3, acordos internacionais e avaliação de ativos em moeda estrangeira. O nome “Ptax” vem da antiga transação PTAX800 do sistema Sisbacen, desativada em 2014, mas amplamente adotada pelo mercado.

Dólar comercial
É utilizado em transações econômicas como importações, exportações e transferências entre empresas e governos. Representa o valor do dólar em reais com base na oferta e demanda da moeda no mercado, podendo variar conforme o fluxo cambial do país.

Dólar turismo
Usado por pessoas físicas em viagens internacionais, possui cotação mais elevada do que o dólar comercial. Isso ocorre por conta da inclusão de taxas, comissões e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrados por bancos e casas de câmbio.

Dólar futuro
Refere-se a contratos de compra ou venda do dólar com vencimento em data futura, negociados na bolsa de valores. É utilizado por empresas e investidores para proteger-se de oscilações cambiais (hedge) ou para especulação, com o objetivo de obter lucros com a variação da moeda.

Dólar à vista
Corresponde à cotação do dólar negociado para liquidação imediata (geralmente em até dois dias úteis). É comum em operações entre empresas, sendo registrado na bolsa com base no valor da moeda no momento da negociação.

 

Impacto do Dólar no dia a dia

Consumo
A variação do dólar afeta diretamente o consumo no Brasil. Quando a cotação da moeda americana está em alta, produtos importados e itens com componentes dolarizados como eletrônicos, medicamentos, combustíveis e alimentos tornam-se mais caros. Esse aumento de preços também impacta setores produtivos que dependem de insumos do exterior, elevando os custos de produção e, consequentemente, restringindo a atividade econômica e o consumo. 

Em contrapartida, quando o dólar se desvaloriza, os preços desses itens tendem a cair, tornando importados e viagens internacionais mais acessíveis. Esse cenário reduz pressões inflacionárias, favorece a expansão do crédito e estimula tanto o consumo interno quanto os investimentos.

Investimentos
A oscilação do dólar também influencia diretamente o comportamento dos investidores. Quando o dólar se valoriza frente ao real, aplicações no exterior ganham com o câmbio, aumentando os retornos em reais. Empresas exportadoras também se beneficiam, já que parte significativa de suas receitas são em dólar, o que melhora seus resultados financeiros com a valorização da moeda. 

Por outro lado, a alta do dólar encarece os custos para empresas importadoras, o que pode reduzir suas margens de lucro. Além disso, o impacto inflacionário decorrente de um dólar mais caro pode levar o Banco Central a elevar a taxa Selic. Com juros mais altos, o crédito fica mais restrito, e ativos de renda variável tendem a perder atratividade, ao passo que aplicações em renda fixa se tornam mais vantajosas. 

Já com o dólar em baixa, os investimentos no exterior perdem parte do ganho cambial, mas empresas nacionais que dependem de importações se beneficiam da redução de custos. Esse cenário também favorece a entrada de capital estrangeiro, impulsionando a bolsa e os fundos imobiliários. A inflação mais controlada permite cortes na taxa de juros, incentivando o crédito e o investimento em ativos de maior risco, como ações e fundos.

Viagens internacionais
As viagens são altamente sensíveis às variações do dólar. Quando a moeda norte-americana se valoriza em relação ao real, os custos dessas viagens aumentam significativamente. Gastos com passagens, hospedagem, alimentação, transporte e serviços geralmente cotados em dólar ou em moedas atreladas à sua cotação exigem um desembolso maior em reais, tornando as viagens internacionais menos atrativas e acessíveis para os brasileiros. 

Em contrapartida, quando o dólar está em baixa, o cenário se torna mais favorável. A redução no valor da moeda estrangeira diminui o custo de passagens e despesas no exterior, ampliando o poder de compra do real. Isso proporciona maior flexibilidade no planejamento da viagem e estimula o turismo internacional.

 

Principais fatores que influenciam o Dólar

Taxa de câmbio
A taxa de câmbio representa o preço de uma moeda estrangeira em reais e, no Brasil, varia conforme a oferta e demanda no regime de câmbio flutuante. O Banco Central pode intervir para conter volatilidades, sendo a Ptax a principal taxa de referência no país. 

Taxa de juros
A taxa de juros influencia o câmbio ao afetar a atratividade dos ativos brasileiros: juros mais altos, como a Selic, tendem a atrair dólares e valorizar o real. Além disso, decisões do Fed sobre os juros nos EUA impactam o fluxo global de capitais e, consequentemente, a cotação do dólar frente ao real.

Inflação
A inflação no Brasil, medida pelo IPCA, exerce influência indireta sobre o dólar ao afetar expectativas de política monetária, juros e percepção de risco do país. Quando a inflação acelera, aumenta a incerteza econômica e a busca por proteção em moedas mais seguras, o que tende a elevar a cotação do dólar. Além disso, a perspectiva de juros mais altos pode atrair ou afastar investidores, dependendo da credibilidade da política monetária. Em períodos de inflação controlada, o dólar tende a se estabilizar, embora fatores externos, como decisões do Federal Reserve nos Estados Unidos, também desempenhem papel relevante, uma alta inflação americana, por exemplo, costuma levar à elevação dos juros pelo Fed, fortalecendo o dólar em escala global e pressionando moedas emergentes como o real.

Balança comercial
A balança comercial influencia o câmbio: superávits aumentam a entrada de dólares e valorizam o real, enquanto déficits reduzem essa oferta e fortalecem o dólar. Além disso, um dólar mais caro encarece importações e favorece exportações, impactando o saldo comercial.

Fluxo de capital estrangeiro
A entrada de capital estrangeiro aumenta a oferta de dólares no país, favorecendo a valorização do real; já a saída reduz essa oferta e pressiona o dólar para cima. Fatores como instabilidade econômica e juros altos em países desenvolvidos influenciam esse fluxo.

Oferta e demanda
O dólar sobe quando a demanda pela moeda cresce e cai quando há maior oferta no mercado cambial. Essa dinâmica, influenciada por comércio exterior, investimentos e transferências financeiras, determina as variações diárias da cotação.

Estabilidade econômica e política
A estabilidade econômica e política atrai investimentos, fortalece o real e reduz o dólar; já a instabilidade gera desconfiança, afasta capital e valoriza a moeda americana, vista como porto seguro em momentos de crise.

Expectativa do mercado
A cotação do dólar é fortemente influenciada pelas expectativas do mercado, que antecipam cenários econômicos e políticos; em momentos de incerteza, o dólar tende a se valorizar como ativo de refúgio.

 

Perguntas frequentes 

  • Qual a diferença entre dólar comercial e dólar turismo? 

Ambas as formas representam o valor do dólar no Brasil, mas são utilizadas em contextos distintos. O dólar comercial é a taxa utilizada em transações financeiras entre empresas e instituições financeiras. Já o dólar turismo é a cotação aplicada na compra de moeda estrangeira por pessoas físicas em casas de câmbio ou bancos. 

 

  • Por que o dólar turismo é mais caro? 

O dólar turismo é mais caro que o dólar comercial por diversos motivos. Ele envolve a negociação de moeda em espécie, o que gera custos adicionais para as casas de câmbio, como transporte de valores, armazenamento físico das notas e contratação de seguro contra roubo. Além disso, há incidência de impostos, como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que é mais alto nas transações com moeda física. 

 

  • Posso investir em dólar? 

Investir em dólar no Brasil pode ser feito por meio de diferentes instrumentos, como títulos de renda fixa (Tesouro dos EUA, CDs e bonds corporativos), ETFs, REITs, fundos cambiais, BDRs, ações de empresas americanas e fundos multimercado com exposição internacional. 

 

  • O que é o IOF na compra de dólar?  

Entre maio e julho de 2025, o governo alterou alíquotas do IOF em operações como crédito, câmbio, VGBL e FIDCs, mas essas mudanças foram suspensas temporariamente pelo STF. Em 16 de julho, o Decreto nº 12.499/2025 foi restabelecido, sem cobrança retroativa durante o período suspenso. 

A alíquota do IOF foi fixada em 3,5% para: compras internacionais com cartão (crédito, débito, pré-pago), compra de moeda estrangeira, remessas ao exterior e entrada de empréstimos externos de curto prazo. 

Remessas para investimento direto ou PICs feitas por brasileiros terão alíquota de 1,1%, e 0% para retorno de investimento estrangeiro em empresas brasileiras. As demais entradas de recursos seguem com IOF de 0,38%. 

 

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