Euro hoje

Fonte: Shutterstock/Svet foto


Sobre o Euro 

O euro é a segunda moeda mais utilizada do mundo em transações internacionais, reservas cambiais e investimentos, ficando atrás apenas do dólar americano. Ele é a moeda oficial de 20 dos 27 países da União Europeia, que juntos formam a chamada “zona do euro”, região onde o euro possui curso legal exclusivo, substituindo as antigas moedas nacionais. 

A criação do euro tem origem nas transformações econômicas do início dos anos 1990. Naquele período, os países europeus buscavam aprofundar a integração econômica e monetária, fortalecendo a estabilidade e a competitividade do continente. O Tratado de Maastricht, assinado em 1992, foi o marco que deu início ao projeto da moeda única. O acordo definiu regras fiscais e monetárias rigorosas, estabelecendo as bases para a futura adoção de uma política econômica comum. 

O principal objetivo do euro era reduzir as flutuações cambiais entre os países europeus, facilitar o comércio interno e criar uma moeda capaz de competir em escala global com o dólar. Com isso, esperava-se estimular o crescimento econômico e consolidar a União Europeia como uma potência integrada no cenário internacional. 

Em 1º de janeiro de 1999, o euro foi introduzido oficialmente, mas inicialmente apenas em operações eletrônicas e financeiras. As notas e moedas físicas começaram a circular em 2002, marcando o fim de uma era de moedas nacionais e o início de uma nova fase de integração monetária. 

A política monetária da zona do euro passou a ser conduzida pelo Banco Central Europeu (BCE), responsável por garantir a estabilidade de preços e coordenar as decisões de juros. O BCE atua de forma independente, buscando manter a inflação sob controle e assegurar um crescimento sustentável. 

Para ilustrar o comportamento recente da moeda, o gráfico a seguir mostra a variação do euro em 12 meses, evidenciando as principais tendências e oscilações cambiais do período. 

E ao longo de 2025. 

 
Tipos de Euro no Brasil 

Euro comercial 

O euro comercial é utilizado em transações internacionais e financeiras, como operações de importação e exportação, contratos empresariais e negociações entre instituições financeiras. Essa taxa de câmbio reflete com maior precisão as variações reais do mercado, sendo aplicada em movimentações de grande volume. 

O Banco Central do Brasil (BCB) atua como regulador desse mercado, podendo intervir para reduzir a volatilidade e conter movimentos bruscos de valorização ou desvalorização que possam afetar a economia nacional. 

Euro turismo 

O euro turismo, por sua vez, é a taxa aplicada às transações realizadas por pessoas físicas, como compra de moeda estrangeira para viagens, cursos, intercâmbios ou compras no exterior. 

Essa cotação tende a ser mais alta que a do euro comercial, pois inclui margens de lucro das instituições financeiras e casas de câmbio, além de custos operacionais e tributários. Apesar de menos volátil, o euro turismo pode variar entre estabelecimentos e costuma apresentar menor oscilação ao longo do dia, sendo definido diretamente pelas instituições que o comercializam. 

 

Impacto do Euro no dia a dia 

Embora o comércio entre Brasil e Europa seja relevante, ele é menos intenso do que com outras regiões, como os Estados Unidos e a Ásia. Por isso, a influência do euro sobre a economia brasileira tende a ocorrer de forma indireta, refletindo fatores como variações cambiais globais, juros internacionais e fluxos de investimento. 

Poder de compra 

O poder de compra das pessoas é diretamente afetado pela cotação do euro. Quando a moeda europeia se valoriza, viagens e compras na Europa se tornam mais caras, impactando o turismo e o consumo de produtos importados. 

Por outro lado, quando o euro se desvaloriza, o custo de viagens, passagens e mercadorias estrangeiras fica mais acessível. Além disso, uma taxa de juros elevada tende a fortalecer a moeda local, o que melhora o poder de compra em relação ao euro, especialmente para quem possui rendimentos na própria moeda. 

Investimentos 

O euro exerce influência relevante sobre o ambiente de investimentos, tanto no mercado internacional quanto nas estratégias de investidores brasileiros. Alterações na política monetária do Banco Central Europeu (BCE), especialmente em períodos de alta de juros, tendem a atrair capital para ativos europeus, aumentando a demanda pela moeda e afetando a rentabilidade de aplicações globais. 

Quando o euro se fortalece, investimentos atrelados à moeda, como fundos cambiais, ETFs internacionais e ações de empresas com receita na Europa, podem se valorizar. Por outro lado, a desaceleração econômica do bloco europeu ou políticas mais brandas do BCE costumam reduzir o apetite por risco e provocar maior volatilidade nos mercados, impactando decisões de alocação e estratégias de diversificação.  

 

Principais fatores que influenciam o Euro 

Balança comercial 

A balança comercial da zona do euro é um dos principais determinantes do valor da moeda única. Quando as exportações do bloco superam as importações, há maior entrada de recursos e, consequentemente, uma pressão de valorização sobre o euro. O cenário oposto, com importações em alta, tende a enfraquecer a moeda, já que aumenta a demanda por moedas estrangeiras para pagar fornecedores externos. 

A estrutura comercial europeia é fortemente concentrada em bens de alto valor agregado, como medicamentos, produtos manufaturados, compostos químicos, peças automotivas e defensivos agrícolas, muitos dos quais são exportados para diversas regiões do mundo, inclusive o Brasil. 

Por outro lado, o bloco europeu importa commodities e matérias-primas, como farelos e resíduos de soja, café em grãos, minério de ferro, celulose e soja, produtos que abastecem sua indústria e setor alimentício. Assim, mudanças nos volumes de exportação e importação da União Europeia têm impacto direto sobre o equilíbrio da balança e, por consequência, sobre o desempenho global do euro.

Política monetária dos bancos centrais 

 As decisões de juros dos bancos centrais exercem papel determinante sobre o valor do euro. Quando o Banco Central Europeu eleva as taxas, os investidores globais tendem a comprar títulos europeus, aumentando a demanda pela moeda e impulsionando sua valorização. 

No Brasil, o Banco Central utiliza a taxa Selic para controlar a inflação e influenciar o câmbio. Um diferencial elevado entre as taxas do Brasil e da Europa pode atrair ou afastar capitais estrangeiros, afetando diretamente a cotação do euro no mercado doméstico. 

O BCE também utiliza programas de compra de ativos e injeções de liquidez para estimular a economia. Essas medidas ampliam a oferta de euros no mercado, pressionando a moeda para baixo. Por outro lado, discursos e comunicados da instituição moldam as expectativas dos investidores, podendo causar reações imediatas no câmbio, muitas vezes comparadas às ações do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. 

Dólar 

O dólar e o euro são moedas de referência no mercado internacional e apresentam forte correlação, influenciando-se mutuamente conforme mudanças econômicas e decisões de política monetária. Quando uma se valoriza, a outra tende a se ajustar, refletindo a percepção de risco e a confiança dos investidores em cada região. 

O euro costuma ser mais caro que o dólar devido à força econômica da zona do euro e às políticas do Banco Central Europeu, que mantêm juros e estabilidade mais elevados em comparação com os Estados Unidos. Essa diferença impacta diretamente o comércio internacional, viagens e investimentos, tornando essencial o acompanhamento constante das cotações.

 
Perguntas frequentes 
  • Qual a diferença entre a zona do euro e a União Europeia? 

A União Europeia (UE) é um bloco político e econômico composto por 27 países que cooperam em temas como comércio, políticas públicas e circulação de pessoas. 

Já a zona do euro é formada por 20 países da UE que adotaram o euro (€) como moeda oficial, seguindo as diretrizes do Banco Central Europeu (BCE). 

 

  • Quais países fazem parte da zona do euro? 

Atualmente, compõem a zona do euro: Áustria, Bélgica, Croácia, Chipre, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Portugal, Eslováquia, Eslovênia e Espanha. 

 

  • Qual é o símbolo do euro (€)? 

O símbolo do euro foi escolhido por meio de um concurso público. Ele representa a letra grega épsilon (ε), em alusão à Europa, e possui duas linhas paralelas, que simbolizam estabilidade econômica. 

 

 

VEJA TAMBÉM:

– Cotação do dólar hoje

– Cotação da libra esterlina hoje

– Cotação do peso mexicano hoje

– Cotação do peso argentino hoje

Política de Privacidade
Respeitamos a sua privacidade e queremos que você tenha controle sobre os dados que compartilhamos. Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação, personalizar conteúdos e analisar o desempenho do nosso site.
Você pode escolher quais tipos de cookies deseja permitir, exceto os necessários, pois sem eles o nosso site não funcionará. A qualquer momento, é possível alterar suas preferências nesta página.