Libra Esterlina hoje

Fonte: Shutterstock/Melinda Nagy

Sobre a Libra Esterlina 

A libra esterlina (GBP) é a moeda oficial do Reino Unido e uma das mais antigas e valorizadas do mundo. Representada pelo símbolo £ e pelo código internacional GBP, ela é utilizada em Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, além de territórios britânicos espalhados pelo globo. 

A libra é reconhecida como a moeda estrangeira mais antiga ainda em circulação, com origens que remontam à segunda metade do século VIII, por volta de 775 d.C., durante a era anglo-saxônica. Isso significa que ela está em circulação há mais de 1.200 anos, tendo sobrevivido a profundas transformações políticas, econômicas e monetárias. 

Ao longo dos séculos, a libra consolidou-se como símbolo de estabilidade e prestígio econômico, sustentando a influência britânica no comércio internacional, especialmente durante o auge do Império Britânico. 

Atualmente, o Banco da Inglaterra (Bank of England) é o órgão responsável pela emissão da moeda, que circula em notas de 5, 10, 20 e 50 libras. Todas as cédulas trazem a imagem do monarca britânico, como tradição que reforça a identidade nacional. 

Com a morte da Rainha Elizabeth II, em 2022, e a coroação do Rei Charles III, o Banco da Inglaterra iniciou, em 2024, a circulação das novas cédulas com o retrato do novo monarca. O processo está sendo gradual, com as notas antigas sendo substituídas de forma natural à medida que saem de circulação. 

Além de sua importância histórica, a libra esterlina figura entre as moedas mais valiosas do mundo, refletindo a força econômica do Reino Unido, sua relevância no sistema financeiro internacional e a confiança dos investidores globais. 

Para ilustrar o comportamento recente da moeda, o gráfico a seguir apresenta a variação da libra esterlina em 12 meses, destacando suas principais tendências e movimentos cambiais no período. 

E ao longo de 2025.  

 
Tipos de Libra Esterlina no Brasil 

Libra comercial 

A libra comercial é utilizada em transações internacionais de grande porte, como operações de importação e exportação, investimentos estrangeiros, contratos financeiros e remessas de capital. Essa cotação é aplicada no mercado interbancário e reflete com mais precisão as condições reais do câmbio, variando conforme a demanda e a oferta de moeda no cenário global. 

Libra turismo 

Já a libra turismo é a cotação usada por pessoas físicas na compra da moeda para viagens, cursos ou outras despesas no exterior. Essa taxa costuma ser mais alta que a comercial, pois inclui custos operacionais, tributos e margens de lucro das casas de câmbio e instituições financeiras. 

Além disso, a libra turismo tende a ser mais estável, com variações menores ao longo do dia, uma vez que o preço é definido diretamente pelas instituições que comercializam a moeda ao consumidor. 

  

Importância da Libra Esterlina na Economia Mundial 

A libra esterlina ocupa um papel de destaque no sistema financeiro internacional. Sua longevidade, estabilidade e credibilidade tornaram-na uma das moedas de referência no comércio global, sendo amplamente utilizada como reserva de valor e moeda de transação. 

Moeda de reserva 

A libra é uma das principais moedas de reserva internacional, ao lado do dólar americano, do euro e do iene japonês. Diversos bancos centrais e governos mantêm grandes quantidades de libras em suas reservas cambiais, como forma de proteção e diversificação. 

Essa confiança se deve à liquidez e à estabilidade da economia britânica, o que torna a libra uma alternativa segura para armazenamento de valor e um instrumento essencial no comércio e nas finanças globais. 

Moeda altamente negociada 

O Reino Unido é um dos maiores centros financeiros do mundo, especialmente por meio de Londres, que abriga importantes instituições bancárias e de investimento. Isso contribui para que a libra esteja entre as moedas mais negociadas do planeta, ao lado do dólar, do euro e do iene. 

A ampla utilização da libra em transações internacionais e em países da Commonwealth, a comunidade de ex-colônias britânicas, reforça sua demanda constante e mantém sua relevância histórica e econômica. 

Indicador de política monetária e econômica 

As decisões do Banco da Inglaterra (BoE) são acompanhadas de perto por economistas e investidores em todo o mundo. Alterações na taxa básica de juros ou nas políticas de estímulo adotadas pelo banco têm reflexos diretos sobre a cotação da libra e podem influenciar os mercados globais. 

Por sua influência, a libra também funciona como indicador econômico da saúde e das tendências do Reino Unido e, em muitos casos, da própria Europa. Oscilações em seu valor costumam refletir mudanças nas expectativas de crescimento, inflação e risco percebido pelos investidores. 

  

Principais Fatores que Influenciam a Moeda 

Decisões do Banco da Inglaterra (BoE) 

 O Comitê de Política Monetária (MPC) do Banco da Inglaterra define a taxa básica de juros, uma das variáveis mais importantes para o valor da libra. 

Quando o banco adota uma postura “hawkish”, ou seja, mantém ou eleva os juros para conter a inflação, a libra tende a se valorizar, pois os investidores buscam retornos mais altos em ativos denominados na moeda britânica. 

Por outro lado, uma postura “dovish”, que indica cortes de juros ou políticas expansionistas, costuma enfraquecer a libra. Por isso, atas e discursos do MPC são observados atentamente pelos mercados, que tentam antecipar movimentos futuros da instituição. 

Política Monetária Global 

As decisões de outros grandes bancos centrais, como o Federal Reserve (EUA) e o Banco Central Europeu (BCE), também influenciam o desempenho da libra. 

Diferenças nas taxas de juros entre o Reino Unido e essas economias podem gerar fluxos de capital internacionais, fortalecendo ou enfraquecendo a libra conforme os investidores buscam melhores rendimentos. 

Um aperto monetário do Fed, por exemplo, tende a fortalecer o dólar em relação à libra, enquanto políticas mais brandas no exterior podem favorecer a moeda britânica. 

Inflação e Crescimento Econômico 

 A inflação e o crescimento econômico são indicadores fundamentais da força da libra. Uma inflação controlada e um crescimento consistente aumentam a confiança dos investidores, fortalecendo a moeda. 

Por outro lado, inflação elevada ou recessão reduzem o poder de compra e afastam capital estrangeiro. O Banco da Inglaterra monitora constantemente esses dados para ajustar sua política monetária e manter a estabilidade de preços. 

Fatores Geopolíticos 

A libra também é sensível a eventos políticos e geopolíticos, tanto domésticos quanto internacionais. 

Crises de governo, eleições incertas, conflitos comerciais ou tensões internacionais podem gerar volatilidade e levar investidores a buscar ativos mais seguros, enfraquecendo temporariamente a moeda. 

Um exemplo marcante foi o Brexit, processo de saída do Reino Unido da União Europeia. O episódio provocou anos de incerteza e oscilação cambial, afetando o comércio e a percepção global de risco do país. 

  

Perguntas Frequentes 
  • Países onde a libra esterlina é a moeda oficial 

 A libra é a moeda oficial do Reino Unido e também de diversas dependências e territórios britânicos. Entre eles: 

Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte (Reino Unido); Guernsey, Jersey e Ilha de Man (dependências da Coroa Britânica); Gibraltar, Ilhas Malvinas, Santa Helena, Anguila, Bermudas, Ilhas Cayman, Montserrat, Ilhas Virgens Britânicas e Turks e Caicos (territórios britânicos). 

Alguns desses territórios possuem moedas próprias, como a libra de Gibraltar ou a libra das Malvinas, que são lastreadas pela libra esterlina, mantendo paridade total com a moeda britânica. 

  

  • Por que a libra é mais cara que o dólar e o euro? 

A libra esterlina é uma das moedas mais caras do mundo por uma combinação de fatores históricos e econômicos. 

O Reino Unido abriga Londres, um dos maiores centros financeiros globais, que movimenta trilhões em investimentos internacionais. Além disso, o país nunca abriu mão de sua independência monetária, mantendo total controle sobre a política econômica via Banco da Inglaterra, algo que a maioria dos países europeus cedeu ao adotar o euro. 

Historicamente, a libra foi a principal moeda do comércio mundial até as Guerras Mundiais. Durante o padrão-ouro, o valor da moeda era garantido pelas reservas metálicas do país, reforçando sua credibilidade. 

Mesmo após a ascensão do dólar no pós-guerra, a libra manteve prestígio e solidez, impulsionada pela estabilidade econômica britânica, baixa inflação e forte confiança internacional. 

Esses fatores, somados à demanda elevada por libras em transações comerciais e financeiras, sustentam sua valorização frente ao euro e ao dólar. 

  

  • Por que o Reino Unido não adotou o euro? 

 A decisão britânica de não adotar o euro está ligada a razões econômicas, políticas e culturais. 

Em primeiro lugar, o país buscou preservar sua soberania monetária, mantendo o controle sobre juros, câmbio e política econômica — que seriam transferidos ao Banco Central Europeu caso o euro fosse adotado. 

Além disso, testes econômicos realizados antes da criação da moeda única concluíram que o Reino Unido não atendia plenamente aos critérios de convergência exigidos pela União Europeia. 

Culturalmente, a libra é vista como um símbolo nacional de independência. Pesquisas mostravam resistência da população à mudança, associando a moeda à identidade e à herança britânica. 

Por fim, a flexibilidade cambial da libra permitiu ao país reagir de forma autônoma a crises econômicas, vantagem que seria perdida com a adoção de uma moeda comum. 

  

  • Por que a Inglaterra não adotou o euro? 

Embora o Reino Unido tenha feito parte da União Europeia entre 1973 e 2020, o país optou por manter a libra esterlina. A decisão refletiu tanto questões econômicas quanto motivações culturais. 

O principal parceiro comercial britânico são os Estados Unidos, não a Europa, o que reduzia o benefício prático de adotar o euro. Além disso, muitos britânicos viam a moeda europeia como uma ameaça à soberania nacional e um símbolo de integração excessiva com o continente. 

Assim, a permanência da libra foi entendida como um gesto de independência, e, posteriormente, reforçada pela saída formal da União Europeia com o Brexit. 

 

 

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