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O peso mexicano (MXN) é a moeda oficial do México e uma das mais antigas do continente americano. Sua origem remonta a 1863, embora a versão atual tenha sido instituída oficialmente em janeiro de 1993, após um processo de redenominação que substituiu o chamado “novo peso mexicano” (nuevo peso). O nome “peso” vem do espanhol e tem raízes históricas no antigo dólar espanhol, também conhecido como “peso ouro” e “peso prata”, amplamente utilizado nas colônias espanholas da América e da Ásia.
Curiosamente, o peso mexicano foi a primeira moeda do mundo a adotar o símbolo “$”, que mais tarde seria popularizado pelo dólar americano.
Confira abaixo a variação do peso mexicano em 12 meses para uma análise mais detalhada de seu desempenho.

E ao longo de 2025.

O peso mexicano é identificado pelo símbolo $ e pelo código internacional MXN. Para diferenciá-lo do dólar, é comum o uso das siglas MX$ ou $100 MN — sendo “MN” a abreviação de Moneda Nacional.
Atualmente, as cédulas em circulação são de 20, 50, 100, 200, 500 e 1.000 pesos, enquanto as moedas vão de 5 centavos a 20 pesos. Um peso é dividido em 100 centavos mexicanos.
O peso mexicano é uma moeda de flutuação livre, o que significa que seu valor varia diariamente conforme as condições do mercado cambial. Essa volatilidade faz com que a moeda seja amplamente negociada, é a mais transacionada da América Latina e a terceira mais negociada nas Américas, ficando atrás apenas dos dólares americano e canadense.
Câmbio comercial
Utilizado por empresas, instituições financeiras e bancos em transações de importação, exportação e investimentos. A cotação varia entre compra e venda, representando o lucro da instituição intermediadora.
Câmbio turismo
Voltado a pessoas físicas que viajam ao exterior. Essa modalidade inclui custos adicionais, como o IOF e margens praticadas pelas casas de câmbio.
O México é um dos principais parceiros comerciais do Brasil, com uma relação bilateral diversificada que abrange setores como automotivo, agrícola, industrial e de serviços.
Nos últimos anos, o comércio entre os dois países tem crescido. O Brasil exporta principalmente açúcar, carne bovina, máquinas e equipamentos, enquanto importa do México automóveis, eletrônicos, petróleo e derivados.
Além das trocas de bens, há cooperação em serviços, investimentos e tecnologia, fortalecida por acordos comerciais e pela complementaridade econômica entre as duas nações.
Nesse contexto, o peso mexicano desempenha papel estratégico ao refletir a competitividade das exportações e a estabilidade das transações bilaterais.
Juros e política monetária
As decisões do Banco do México (Banxico) sobre juros são determinantes para o valor do peso mexicano. Juros mais altos atraem investidores estrangeiros, elevando a demanda pela moeda e fortalecendo sua cotação. Já cortes nas taxas podem reduzir o fluxo de capital e pressionar o peso, refletindo o equilíbrio entre controle inflacionário e estímulo econômico.
Parceria econômica com os EUA
Os Estados Unidos é o principal parceiro comercial do México, destino de mais de 80% das exportações mexicanas. Quando a economia americana cresce, aumenta a demanda por produtos industriais e o fluxo de dólares para o México, valorizando o peso. Em contrapartida, desacelerações ou juros altos nos EUA tendem a enfraquecer a moeda mexicana.
Estabilidade política e percepção de risco
A estabilidade política e a confiança nas instituições mexicanas influenciam diretamente o câmbio. Reformas econômicas, transparência fiscal e segurança jurídica fortalecem o peso, enquanto tensões políticas e aumento do risco-país provocam desvalorização. A percepção internacional sobre o governo e as políticas públicas é crucial para manter a credibilidade da moeda.
Inflação e ritmo da economia
O equilíbrio entre inflação controlada e crescimento do PIB é vital para a estabilidade do peso mexicano. Inflação alta reduz o poder de compra e pressiona o Banxico a elevar juros, o que limita o crescimento. Já um cenário de preços estáveis e atividade econômica sólida tende a fortalecer a moeda e atrair investidores.
O real brasileiro (BRL) e o peso mexicano (MXN) são moedas de países emergentes com regimes cambiais flutuantes. Atualmente, o real tem valor superior ao peso, 1 real equivale a cerca de 4 pesos mexicanos, mas isso não significa vantagem prática. No México, o real não é aceito e a conversão direta tende a ser desfavorável para brasileiros.
Enquanto o Brasil é fortemente influenciado pelo mercado de commodities, o México mantém política monetária voltada à estabilidade da inflação, o que se reflete em menor volatilidade cambial.
A paridade entre o peso mexicano (MXN) e o dólar americano (USD) é uma das mais observadas no mercado global. O dólar atua como referência nas transações internacionais, enquanto o peso reflete as condições domésticas do México.
Oscilações nas taxas de juros dos Estados Unidos, decisões do Federal Reserve, preços do petróleo e desempenho das exportações mexicanas, especialmente do setor automotivo, têm impacto direto sobre a cotação do peso.
O termo “peso” tem origem no dólar espanhol, também chamado de “peça de oito”, uma moeda de prata introduzida em 1497 pelos reis Fernando e Isabel. Essa moeda se tornou uma das primeiras de circulação global, sendo usada amplamente nas Américas, Ásia e Europa.
Com o processo de independência dos países latino-americanos no século XIX, várias nações, entre elas México, Argentina, Chile, Colômbia, Cuba e Uruguai, mantiveram o termo “peso” em suas moedas, preservando a herança monetária hispânica.
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