O Banco Central do Brasil divulgou em 28 de abril os dados relativos às taxas de operação de crédito de fevereiro de 2022. O destaque no mês foi a alta nas taxas de seis das oito modalidades na comparação mensal.
Na comparação com o mês anterior, o cheque especial apresentou alta, de 125,65% para 132,60% ao ano, sendo esta a alta mais significativa. Para uma dívida de R$ 10.000, esta alta representa um pagamento adicional de juros no valor de R$ 27,09
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, sete das oito modalidades apresentaram alta, sendo a mais significativa a do rotativo de cartão de crédito, cujo aumento representou um acréscimo de R$ 60,20 em uma dívida de R$ 10.000. Já o crédito pessoal não-consignado foi a única que apresentou queda, de 84,45% para 83,42% ao ano, o que representa uma redução mensal de R$ 4,91 para o mesmo saldo devedor de R$ 10.000.
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Cheque especial
Com as novas regras do Banco Central para esta modalidade, houve queda expressiva da taxa nos últimos meses.
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Rotativo do cartão de crédito
A taxa do rotativo de cartão de crédito continua sendo a mais alta do mercado e, com a queda da taxa do cheque especial, ela chega a ser mais do que o dobro desta última.
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Crédito pessoal não-consignado
As taxas do crédito pessoal não-consignado são muito mais baixas do que aquelas cobradas no parcelamento e no rotativo de cartão. Com isto, este tipo de empréstimo passa a ser interessante para aqueles que estão bastante endividados e não conseguem obter dinheiro em modalidades mais baratas, mas menos acessíveis como o crédito consignado. Vale lembrar que, como as taxas de juros variam bastante de um banco para outro, é importante pesquisar as taxas oferecidas para que se possa encontrar a menor possível.
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Parcelamento do cartão de crédito
No caso do parcelamento de cartão, apesar da queda expressiva, a taxa ainda é absurdamente alta e, na maioria das vezes, vale mais a pena pegar dinheiro no crédito pessoal e quitar integralmente a fatura, ao invés de parcelar a mesma.
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Financiamento de veículos
Esta é uma modalidade de crédito diferente das anteriores, pois envolve uma garantia, que é o próprio veículo financiado. E, pelo fato de haver uma garantia envolvida, as taxas de juros neste tipo de empréstimo tendem a ser bem mais baixas do que as das modalidades anteriores.
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Crédito pessoal consignado
De certa forma, esta também é uma modalidade de crédito com garantia, pois o desconto da parcela é feito diretamente da folha de pagamento, não chegando nem a entrar na conta bancária do devedor. Os dados do Banco Central são abertos em 3 tipos de crédito consignado, a saber:
– Crédito pessoal consignado para trabalhadores do setor privado
– Crédito pessoal consignado para trabalhadores do setor público
– Crédito pessoal consignado para aposentados e pensionistas do INSS
Como podemos ver nos próximos três gráficos, as taxas do crédito voltado a servidores públicos e pensionistas e aposentados do INSS são mais baixas do que as do crédito voltado aos trabalhadores do setor privado. Novamente, a explicação está relacionada ao risco apresentado por cada tipo de cliente. O trabalhador da iniciativa privada tem a possibilidade de ser demitido, ao contrário do servidor público, de forma que há uma probabilidade maior de se tornar inadimplente, uma vez que ao ser demitido, o desconto em folha não mais ocorrerá. Apesar da empresa poder descontar 35% do valor da rescisão para quitar ou amortizar a dívida e de estar prevista a negociação de uma nova taxa de juros, o risco de inadimplência é maior e isto é refletido em uma taxa de juros mais alta.
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Dicas
Com as taxas de juros do cheque especial, do parcelamento e do rotativo do cartão de crédito ainda em patamares absurdamente elevados, é absolutamente inviável contrair dívidas nestas modalidades. Para quem está devendo dinheiro nestes tipos de empréstimos, é preciso sair o quanto antes deles, seja vendendo um bem, seja tomando dinheiro emprestado a uma taxa de juros mais baixa. Para quem tem acesso ao crédito consignado, esta é uma das modalidades de crédito com taxas de juros razoavelmente baixas. Outra possibilidade, para quem tem um carro (já quitado) e não pode desistir de possuir um, é vendê-lo para poder pagar ao menos parte das dívidas e financiar a compra de outro. Obviamente, a ideia aqui é, na medida do possível, pegar um carro mais barato do que o anterior, afinal, estamos falando de uma pessoa que já está com o orçamento apertado.
Para aqueles que ainda não conseguem fazer um bom planejamento financeiro, vale a pena ler o seguinte texto:
– Dicas para não entrar no cheque especial usando o Minhas Economias
Ainda que você feche as suas contas no vermelho ao final do mês, ao menos você terá uma boa ideia do quanto precisa para pagar as suas contas e poder pegar dinheiro emprestado a uma taxa de juros menor. E, para sair das dívidas, seguem algumas dicas no link abaixo: