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Impacto de pequenas decisões financeiras: pagamento eletrônico de pedágio

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Em um fim de semana recente, enfrentei uma fila imensa para pagar o pedágio e vi os carros equipados com o sistema eletrônico de pagamento passarem rapidamente sem precisar esperar na fila.Para os que vivem em outro mundo ou nunca pegaram estrada, estou falando do sistema que permite aos carros passarem pelo pedágio sem precisar parar (basta reduzir a velocidade para 40 km/h) e recebem a cobrança em uma determinada data do mês (ou têm débito automático em conta-corrente).

Bom, algumas horas após perder preciosos minutos na fila do pedágio, me pus a pesquisar algumas opções de sistema de pagamento eletrônico de pedágio e fiquei surpreso ao verificar que novas empresas passaram a disputar este mercado e que os preços das mensalidades e das taxas de adesão haviam caído na comparação com o período em que apenas uma empresa atuava no setor. Mera coincidência…

O que mais me chamou a atenção foram os planos de uma mesma operadora que ofereciam a mesma cobertura de estradas e estacionamentos, mas que diferiam nos valores cobrados, os quais reproduzo na tabela abaixo:

[table id=117 /]

O Plano 2 (os nomes reais são outros) foi lançado mais recentemente e conta com a grande vantagem de não precisar pagar nada para instalar o aparelho e nem para substituí-lo em caso de avaria, roubo ou mesmo troca de carro. Basta pagar uma mensalidade fixa de R$ 17,28, a qual é R$ 4,23 mais cara do que a mensalidade do Plano 1, o qual cobra taxa de adesão e taxa de substituição, e ainda precisa ser renovada a cada 5 anos com um novo pagamento da taxa de adesão.

À primeira vista, o Plano 2 parecia (e pra muita gente parece) ser muito mais interessante, pois não precisaria desembolsar nada para instalar o sistema e pagaria apenas R$ 4,23 a mais na mensalidade. Bom demais, não é verdade?

Resolvi então fazer algumas contas em uma planilha Excel e verificar se o Plano 2 era tão bom assim. Trabalhei com dois cenários:

– Cenário A – considerando que não há substituição no período de 5 anos;

– Cenário B – considerando que troco o carro e, consequentemente, também o aparelho em 2 anos, pagando a taxa de substituição no valor de R$ 43,83.

De certa forma, a comparação do Plano 1 com o Plano 2 equivale à comparação entre uma compra à vista e outra a prazo. O Plano 1, com o pagamento da taxa de adesão na contratação do serviço, equivale a uma compra à vista e o Plano 2, com o valor da mensalidade adicional de R$ 4,23 (R$ 17,28 – R$ 13,05), equivale a uma compra a prazo com 60 parcelas no valor de R$ 4,23. As 60 parcelas decorrem do fato do Plano 1 valer por 5 anos, o que equivale a 60 meses.

Para minha surpresa, a taxa de juros embutida no Cenário A era de “apenas” 5,93% ao mês ou 99,67% ao ano. Fazendo as contas também para o Cenário B, a taxa de juros embutida passou a ser de 4,75% ao mês ou 74,47% ao ano.

Resumindo, a não ser que você desista do sistema em poucos meses ou troque de carro todo ano, o Plano 1 é o mais barato. Quando a esmola é demais, o santo desconfia…

Quanto a mim, acabei não instalando nada.  Para quem quase nunca pega estrada, continua não valendo a pena pagar uma mensalidade de algo que simplesmente não vai usar.

 

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