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1º bimestre foi positivo para investidor com renda fixa e ações americanas na carteiras

painel com variações gráfico e a bandeira dos Estados Unidos

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O ano de 2023 começou com resultados positivos para quem tem investimentos em renda fixa e em ações americanas. Foram essas duas classes de ativo que tiveram o melhor desempenho no primeiro bimestre. O CDI, taxa dos empréstimos interbancários, registrou no período variação de 2,05%, superando o retorno dos ativos de renda variável. 

Para aqueles que têm exposição em ações no exterior, o ano começou ainda melhor. O índice S&P-500 subiu 3,40% no primeiro bimestre e o Nasdaq, que concentra ações do setor de tecnologia, 9,45%.

A situação foi diferente para quem tem aplicações em ações no Brasil. O Ibovespa, principal índice da B3, acumulou queda de 4,38% até fevereiro.

O motivo para esse desempenho está atrelado, internamente, à taxa de juros. Com a Selic a 13,75% ao ano e sem previsão de quando começará a cair, a renda fixa tende a ficar mais atrativa que o mercado acionário – afinal, está mais caro para as empresas investirem e o consumo também é desestimulado quando o custo do dinheiro está maior.

No exterior, o desempenho do bimestre pode ser dividido em dois. Em janeiro, as ações americanas avançaram, mas parte dos ganhos foi revertido em fevereiro com a expectativa de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) possa acelerar a alta de juros nos Estados Unidos.

O que esperar dos mercados daqui para frente? 

Além do cenário de juros elevados, o Brasil ainda enfrenta incertezas no campo fiscal. Entre elas, o efeito da reoneração (volta dos impostos) sobre os combustíveis e a falta de um arcabouço fiscal, ou seja, regras sobre os gastos e despesas do país.

“O ministro [Fernando] Haddad tenta criar uma ponte com o Banco Central ao planejar um novo arcabouço fiscal, ao menos tirar do BC uma sinalização de redução dos juros até o final do ano”, diz Julio Hegedus Neto, economista da Mirae Asset.

Com essas incertezas, a renda fixa segue como uma classe de ativos com boas oportunidades e menores chances de volatilidade para o investidor.

O CDI é uma taxa que rende próximo à Selic e serve como referência para uma série de investimentos populares. Com certeza você já deve ter visto a indicação de algum CDB (certificado de depósito bancário) que paga “120% do CDI”.

O bom rendimento do CDI no ano está ligado justamente a essa taxa de juros mais elevada, o que também se reflete no rendimento dos títulos públicos, mas não todos.

No caso do Tesouro Selic, a ligação é direta. Quanto maior o CDI, maior o retorno desses papéis.

Já nos tipos de títulos com retornos prefixados, quando a taxa Selic está em alta, a tendência é os preços desses papéis caírem, o que prejudica investidores interessados em vender seus títulos antes do vencimento. E o contrário também ocorre – quando a Selic cai, os preços sobem.   

Confira a seguir a rentabilidade de cada papel do Tesouro Direto no primeiro bimestre:

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