Ibovespa sobe com trégua entre EUA e China e avanço das commodities

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Ibovespa sobe com trégua entre EUA e China e avanço das commodities

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Foto: Shutterstock/saicle

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O Ibovespa encerrou a segunda-feira (13) em alta de 0,78%, aos 141.783 pontos, impulsionado pela trégua no tom entre Estados Unidos e China e pela recuperação dos preços das commodities no exterior. O presidente americano Donald Trump afirmou nas redes sociais que “tudo ficará bem” e que os EUA “não querem ferir, e sim ajudar a China”, sinalizando moderação após ameaçar tarifas de 100% sobre importações chinesas na sexta-feira.

Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, Trump deve se reunir com o presidente chinês Xi Jinping na Coreia do Sul em breve, em mais um gesto para reduzir tensões comerciais. A declaração trouxe alívio após a perda de mais de US$ 2 trilhões nas bolsas globais no fim da semana passada.

O movimento também foi apoiado pela alta das commodities e pelo bom desempenho do setor financeiro, beneficiado pelas análises positivas sobre o novo modelo de crédito imobiliário anunciado pelo governo federal, que promete ampliar o acesso à habitação e favorecer bancos e construtoras listadas na B3.

Apesar do otimismo, a paralisação parcial do governo americano segue sem solução e preocupa investidores. O Tesouro dos EUA alertou que o impasse já afeta a economia real, enquanto os mercados aguardam a temporada de balanços dos grandes bancos, que deve indicar a força do consumo e do crédito no país.

O feriado de Columbus Day reduziu a liquidez global, mas o alívio externo e a alta do minério de ferro sustentaram os ganhos das ações ligadas a commodities. Vale (VALE3) subiu 1,49% após anunciar parceria com a americana Wabtec Corporation para desenvolver locomotivas movidas a mistura de diesel e etanol, parte do programa de descarbonização da empresa.

O setor de siderurgia e mineração também avançou: CSN (CSNA3) disparou 6,32%, Gerdau (GGBR4) ganhou 2,13% e Usiminas (USIM5) saltou 6,35%, apesar da expectativa de queda nos lucros do terceiro trimestre. Já a Braskem (BRKM5) avançou 3,99%, em meio à volatilidade do setor petroquímico e ao reforço de caixa recente de US$ 1 bilhão.

Entre as petroleiras, Brava Energia (BRAV3) subiu 3,58% após informar que a interdição parcial de suas operações na Bacia Potiguar pela ANP terá impacto limitado de 3,8% na produção de outubro. PetroReconcavo (RECV3) ganhou 2,96% com o fechamento de acordo de farm-out de US$ 5 milhões com a Mandacaru Energia.

No campo corporativo, o GPA (PCAR3) recuou 3,03% após mudanças no conselho de administração, com André Coelho Diniz assumindo a presidência e Edison Ticle a vice-presidência.

Já a Raízen (RAIZ4) afirmou que não considera reestruturação de dívida nem recuperação judicial, destacando posição de caixa robusta de R$ 15,7 bilhões. Ainda assim, as ações recuaram 2,30%, renovando a mínima histórica aos R$ 0,85.

Por fim, o Relatório Focus do Banco Central trouxe novo alívio inflacionário, com a projeção do IPCA de 2025 caindo de 4,80% para 4,72%, enquanto a perspectiva para o câmbio e preços administrados também foi revista para baixo.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Usiminas (USIM5): +6,35%

• CSN (CSNA3): +6,32%

• Braskem (BRKM5): +3,99%

• Brava Energia (BRAV3): +3,58%

• Weg (WEGE3): +3,13%


Baixas

• Marfrig (MBRF3): -4,16%

• Pão de Açúcar (PCAR3): -3,03%

• Magalu (MGLU3): -2,38%

• Raízen (RAIZ4): -2,30%

• Assaí (ASAI3): -2,07%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (13/10):

• Segunda-Feira (13): +0,78%

• Na semana: +0,78%

• Em outubro./2025: -3,05%

• No 4°tri./25: -3,05%

• Em 2025: +17,87%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +1,29%

• Nasdaq: +2,21%

• S&P 500: +1,56%


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