Ibovespa recua com tensão EUA-China e mudanças no crédito imobiliário

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Ibovespa recua com tensão EUA-China e mudanças no crédito imobiliário

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Foto: Shutterstock/Bigc Studio

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O Ibovespa encerrou a sexta-feira (10) em queda de 0,73%, aos 140.680 pontos, pressionado pela escalada da tensão entre EUA e China e pelo estresse no mercado de crédito. O dólar Ptax reagiu à busca por segurança, disparando 1,70%, a R$ 5,4446. No cenário doméstico, investidores seguem cautelosos após a derrota do governo na MP que propunha alternativas ao IOF, embora a meta fiscal ainda não seja prioridade imediata.

No exterior, o destaque foi a guerra comercial entre EUA e China. Donald Trump anunciou um possível aumento “massivo” de tarifas sobre produtos chineses em resposta a novas restrições da China sobre exportações de terras raras e semicondutores, e indicou que poderia cancelar seu encontro com Xi Jinping, marcado para as próximas semanas. A China confirmou que, a partir de 1º de dezembro, empresas estrangeiras precisarão de licença para exportar produtos contendo mais de 0,1% de terras raras ou fabricados com tecnologia chinesa. O movimento reacendeu a aversão ao risco global, derrubando os preços do petróleo e impactando ações do setor.

No mercado doméstico, bancos lideraram as perdas: Banco do Brasil (BBAS3) caiu 2,74% e Bradesco PN (BBDC4) recuou 1,35%. Petrobras (PETR4) teve baixa de 0,89%, e Prio (PRIO3) registrou a maior queda do setor, 3,38%, refletindo o recuo do petróleo Brent (-3,89%, a US$ 62,68) e WTI (-4,36%, a US$ 58,84). Analistas afirmam que a tensão comercial elevou as curvas de juros no Brasil e interrompeu a tendência de queda do dólar.

No âmbito do governo, o presidente Luiz Inácio Lula lançou um novo modelo de crédito imobiliário, que flexibiliza o uso da poupança para financiamentos e estabelece taxa máxima de 12% ao ano no Sistema de Financiamento Habitacional (SFH). O programa será implementado gradualmente até 2026, com pleno funcionamento previsto para 2027, visando maior sustentabilidade no crédito habitacional. O governo também busca alternativas à derrubada da MP 1.303, incluindo aumento de tributação sobre apostas e fintechs, pauta de apelo popular.

O BNDES aprovou cerca de R$ 4 bilhões em crédito para empresas afetadas pelo aumento de tarifas nos EUA, incluindo R$ 250 milhões à Suzano (SUZB3), destinados à restauração ecológica de mais de 24 mil hectares em seis estados, promovendo desenvolvimento sustentável e geração de empregos.

Entre as ações, destacaram-se Suzano (SUZB3, +1,05%) e Hypera (HYPE3, +0,86%), enquanto Hapvida (HAPV3) recuou 6,02% após emissão de debêntures de R$ 3,65 bilhões. Braskem (BRKM5) caiu 3,83%, refletindo revisão de previsões do setor petroquímico pelo Citi. Sabesp (SBSP3) teve leve queda (-0,90%), apesar da aprovação de consórcio com a Engie (ENGI3, +1,46%) para autoprodução de energia renovável.

As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Engie (EGIE3): +1,46%

• Minerva (BEEF3): +1,08%

• Suzano (SUZB3): +1,05%

• Lojas Renner (LREN3): +1,01%

• Hypera (HYPE3): +0,86%


Baixas

• CSN (CSNA3): -6,06%

• Hapvida (HAPV3): -6,02%

• Braskem (BRKM5): -3,83%

• CSN Mineração (CMIN3): -3,67%

• Prio (PRIO3): -3,38%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (10/10):

• Segunda-Feira (06): -0,41%

• Terça-Feira (07): -1,57%

• Quarta-Feira (08): +0,56%

• Quinta-Feira (09): -0,31%

• Sexta-Feira (10): -0,72%

• Na semana: -2,44%

• Em outubro./2025: -3,80%

• No 4°tri./25: -3,80%

• Em 2025: +16,96%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em queda:

• Dow Jones: -1,90%

• Nasdaq: -3,56%

• S&P 500: -2,71%


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