Ibovespa recua com tensão externa e definição sobre IOF

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Ibovespa recua com tensão externa e definição sobre IOF

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Fonte: Shutterstock/Adam Vilimek

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Nesta quinta-feira (17), o Ibovespa iniciou o pregão com baixa de 0,23%, aos 135.199 pontos. A queda reflete o fim do impasse sobre o IOF no cenário doméstico, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e a continuidade da tensão em torno das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Além disso, investidores digerem dados econômicos como o IGP-10, enquanto seguem atentos a novos desdobramentos na política monetária global.

No Brasil, o destaque da agenda ficou por conta da liminar concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, que restabelece a maior parte do decreto do governo que eleva o IOF. A decisão representa o encerramento, ao menos temporário, de uma disputa entre os poderes Executivo e Legislativo. Moraes manteve suspensa apenas a parte referente ao aumento da alíquota sobre operações do chamado “risco sacado”, por não se caracterizarem como operações de crédito. Com isso, o governo preserva sua estratégia de arrecadação, reforçando o compromisso com o equilíbrio fiscal.

Enquanto isso, no plano externo, a tensão em torno da guerra tarifária liderada pelo presidente norte-americano Donald Trump continua sendo um dos principais vetores de instabilidade. O Brasil segue aguardando uma definição sobre a tarifa de 50% que poderá ser imposta às exportações nacionais a partir de 1º de agosto. Em resposta, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que vê urgência nas negociações com os EUA, mas que não descartaria um pedido de prorrogação do prazo para conclusão das tratativas.

No campo dos indicadores, o Índice Geral de Preços – 10, inflação (IGP-10) caiu 1,65% em julho, após recuo de 0,97% em junho. Com isso, o índice acumula queda de 1,42% no ano, ainda que registre alta de 3,42% em 12 meses. O resultado reforça o cenário de desinflação nos preços ao produtor, o que pode impactar expectativas para os próximos passos da política monetária brasileira.

Lá fora, as bolsas operam com ganhos moderados, mas o noticiário político nos EUA permanece no foco. Rumores sobre uma possível demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, por parte de Trump, agitaram os mercados. O republicano ainda prometeu a criação de uma tarifa única entre 10% e 15% para cerca de 150 países, enquanto descartou avanços comerciais com o Canadá e sinalizou uma abertura ao diálogo com a União Europeia.

 No Ibovespa, o destaque de alta fica com o Pão de Açúcar (PCAR3), que dispara mais 10% até o fechamento de ontem, e segue como uma das maiores altas, após a família Coelho Diniz elevar sua participação na companhia para 17,7%, ficando atrás apenas da controladora Segisor.

Por volta das 10h24, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

Altas

• Pão de Açúcar (PCAR3): +3,12%

• Braskem (BRKM5): +2,97%

• Minerva (BEEF3): +2,83%

Baixas

• Hypera (HYPE3): -3,11%

• Hapvida (HAPV3): -1,40%

• Smart Fit (SMFT3): -1,24%

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