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Entenda porque é baixo o risco de investir no Tesouro Direto

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Entenda porque é baixo o risco de investir no Tesouro Direto

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Não é novidade que a poupança vem rendendo bem abaixo de outras opções de investimento do mercado, sobretudo o Tesouro Direto. Alguns poupadores, entretanto, vêm o fator risco como um limitador dos títulos públicos. O objetivo desse rápido artigo é mostrar o quão pequeno é o risco de se investir no Tesouro Direto e o baixo impacto desse programa do Tesouro Nacional no total da dívida pública brasileira.

Qualquer investimento, mesmo a confiável poupança, possui riscos associados a essa escolha. Quando se fala de setor financeiro não existe aplicação isenta de riscos! Mas o que é esse tal risco? Risco é a possibilidade do investidor não receber o retorno que ele esperava no momento em que tomou a decisão de investir. É possível, no entanto, a depender do tipo de risco, mitigar ou diminuir sua exposição a ele.

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Veja a seguir a minha análise comparativa entre os riscos existentes na poupança e o título público no Tesouro Direto.

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Como é possível verificar no quadro, se o investidor do Tesouro Direto se planejar bem, o seu risco de crédito acaba sendo menor do que a própria poupança, já que não há limites da garantia do Tesouro Nacional. Os outros riscos só existem se o investidor vender o título antes do vencimento.

Agora vejamos o tamanho do Tesouro Direto no quadro de detentores da dívida pública brasileira em setembro de 2015, retirado do site do Tesouro Direto, em bilhões de reais.

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Conforme as informações do relatório de balanço do Tesouro Direto de setembro de 2015, o estoque foi de R$ 21,88 bilhões indicando que o Tesouro Direto está dentro do grupo “outros” do gráfico acima.

Imagine-se, então, no lugar do Governo Federal. Se você estivesse em uma situação extremamente delicada (diferente da atual que, apesar de preocupante, não é possível dizer se de fato é delicada em comparação com outros países ricos), quem você chamaria para renegociar títulos públicos?As instituições financeiras que detém 25% da dívida do governo, de previdência 21%, os fundos de investimentos com 20% ou o pequeno investidor da esquina que possui um plano de previdência privada por meio de títulos (vou escrever sobre isso num próximo artigo) do Tesouro Direto?

Fica claro que seriam os grandes jogadores desse mercado! E se nem isso for suficiente, o que me parece quase impossível, o governo sempre pode imprimir mais papel-moeda pra nos pagar. Pode gerar inflação? Pode, mas seria uma última saída.

Com isso, espero ter esclarecido para você o baixo risco de investimento no Tesouro Direto. Agora você já tem um motivo a mais para não deixar seu dinheiro rendendo abaixo da inflação na poupança.

Sobre o autor:

 

Henrique Cintra Ribeiro, CFP®, é planejador financeiro certificado pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros – IBCPF (setembro de 2015), contador concursado da Câmara dos Deputados, com MBA pela Universidad Católica de Honduras, Especialização em Contabilidade Pública (UNB) e Mestrado em Orçamento Público (UNB). Atua também como educador e planejador financeiro em Brasília desde 2012.

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