O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (17) em alta de 0,84%, aos 143.399 pontos, acompanhando o otimismo nos mercados internacionais após declarações conciliatórias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a China. O republicano afirmou que as negociações comerciais “estão indo muito bem” e que espera se reunir com o presidente Xi Jinping nas próximas semanas, na Coreia do Sul. Trump reconheceu ainda que uma tarifa de 100% sobre produtos chineses “não seria sustentável”, o que reduziu o temor de uma escalada tarifária.
A melhora no clima entre Washington e Pequim impulsionou as bolsas americanas, que se recuperaram das perdas provocadas na véspera por denúncias de fraudes em bancos regionais. O sentimento mais positivo no exterior refletiu-se também na B3, com forte avanço dos papéis ligados a commodities e petróleo.
Entre as ações de destaque, a Prio (PRIO3) disparou 5,61%, liderando as altas do dia, após comunicar a retomada imediata da produção do campo de Peregrino, operado em parceria com a Equinor. A liberação foi concedida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), após nove semanas de paralisação. Segundo o Citi, a notícia é positiva e deve impulsionar os resultados da petroleira no quarto trimestre. O banco mantém recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 55, o que representa potencial de valorização de 60%.
O setor de petróleo também foi beneficiado pela alta das commodities. O barril do Brent subiu 0,38%, a US$ 61,29, enquanto o WTI avançou 0,28%, a US$ 57,15. A Petrobras (PETR4) teve leve valorização de 0,95%.
Outros destaques corporativos incluíram a Raízen (RAIZ4), que saltou 9,41%, movimento atribuído mais ao ajuste de posições de investidores do que a fundamentos. A empresa segue no radar após o Carf vetar créditos tributários relacionados a despesas administrativas.
A Weg (WEGE3) subiu 4,48% ainda refletindo o anúncio da compra de 54% da Tupinambá Energia, empresa de softwares e serviços para gestão de recarga de veículos elétricos. Já a Vivara (VIVA3) avançou 3,38%, impulsionada por relatório da XP, que projeta fortes resultados no terceiro trimestre.
Em contrapartida, Klabin (KLBN11) recuou 2,04% após anunciar um empréstimo de US$ 150 milhões na modalidade term loan, parte de sua estratégia de gestão de endividamento. A Braskem (BRKM5) também caiu 0,64%, ainda pressionada pelo rebaixamento do Santander, que apontou riscos de liquidez e spreads mais fracos.
No cenário macroeconômico, o IGP-10 registrou leve alta de 0,08% em outubro, desacelerando frente ao avanço de 0,21% em setembro. O índice acumula queda de 0,98% no ano e alta de 1,6% em 12 meses, segundo o FGV IBRE.
Nos Estados Unidos, declarações do presidente do Federal Reserve de St. Louis, Alberto Musalem, reforçaram a expectativa de corte de juros ainda este mês, caso haja sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho. A perspectiva de estímulos monetários adicionais ajudou a sustentar o bom humor dos investidores ao fim da semana.
As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:
Altas
• Raízen (RAIZ4): +9,41%
• Prio (PRIO3): +5,61%
• Weg (WEGE3): +4,48%
• Vivara (VIVA3): +3,38%
• Cosan (CSAN3): +2,98%
Baixas
• Klabin (KLBN11): -2,04%
• Totvs (TOTS3): -1,71%
• Natura (NATU3): -1,21%
• Pão de Açúcar (PCAR3): -0,80%
• Braskem (BRKM5): -0,64%
Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (17/10):
• Segunda-Feira (13): +0,78%
• Terça-Feira (14): -0,07%
• Quarta-Feira (15): +0,65%
• Quinta-Feira (16): -0,28%
• Sexta-Feira (17): +0,84%
• Na semana: +1,93%
• Em outubro./2025: -1,94%
• No 4°tri./25: -1,94%
• Em 2025: +19,22%
EUA
Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:
• Dow Jones: +0,52%
• Nasdaq: +0,52%
• S&P 500: +0,53%
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