O Ibovespa voltou a surpreender ao encerrar o pregão em 164.456 pontos, alta de 1,67%, renovando sua máxima histórica pelo terceiro pregão consecutivo. O avanço reflete o maior apetite por risco nas últimas sessões, impulsionado por um PIB do terceiro trimestre mais fraco, com alta de apenas 0,1% ante o trimestre anterior, que reforça a desaceleração da economia e fortalece a expectativa de que o Banco Central abra espaço para cortar a Selic no início de 2026. Apesar da fraqueza em serviços, o crescimento anual de 1,8% foi sustentado pela agropecuária, favorecida por safras robustas e pela expansão na produção de petróleo e gás, além de avanços moderados na indústria.

No corporativo, Petrobras (PETR4) figurou entre os destaques ao anunciar a compra das participações da União em Mero e Atapu, ampliando sua presença no pré-sal. O papel fechou em alta de 0,65%, enquanto analistas seguem divididos sobre o plano de negócios da estatal, pressionado por capex elevado e sensibilidade ao preço do Brent, que precisaria se manter próximo de US$ 65 para sustentar dividendos e competitividade. A Braskem (BRKM5), por sua vez, caiu 1,76% em meio as incertezas das negociações entre Novonor e IG4 sobre a reestruturação de seu bloco de controle. Já Vale (VALE3) subiu 1,74%, seguindo a repercussão positiva do Vale Day, que reforçou a estratégia de disciplina de oferta e a evolução da área de metais básicos.

Entre os ganhos do dia, Localiza (RENT3) disparou 5,04% em movimento de realização técnica e fluxo comprador mesmo após recomendação de venda tática. No consumo, Ambev (ABEV3) recuou 1,41% diante da queda na produção de cerveja e de dúvidas sobre sua política de preços, ambiente em que o Grupo Petrópolis segue ganhando mercado. No setor aéreo, Embraer (EMBJ3) caiu 1,93% após ruídos globais sobre capacidade e limitações na oferta de aeronaves, apesar das novas parcerias e da demanda resiliente no Hemisfério Sul.

O varejo figurou entre as maiores pressões do dia, com Renner (LREN3) caindo 2,72% e C&A (CEAB3) desabando 9,05%, refletindo o enfraquecimento do consumo. Na construção, em sentido oposto, Cury (CURY3) avançou 4,18% após anunciar uma oferta primária que pode levantar cerca de R$ 600 milhões, com recursos destinados à distribuição de dividendos, o que animou investidores e sustentou a alta do papel.

As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:

Altas

• Totvs (TOTS3): +7,27%

• Hapvida (HAPV3): +6,22%

• Localiza (RENT3): +5,04%

• Marfrig (MBRF3): +4,42%

• Cury (CURY3): +4,18%

Baixas

• C&A Modas (CEAB3): -9,05%

• Lojas Renner (LREN3): -2,72%

• Embraer (EMBJ3): -1,93%

• Braskem (BRKM5): -1,76%

• Ambev (ABEV3): -1,41%

Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (04/12):

• Segunda-Feira (01): -0,29%

• Terça-Feira (02): +1,56%

• Quarta-Feira (03): +0,41%

• Quinta-Feira (04): +1,67%

• Na semana: +3,38%

• Em dezembro: +3,38%

• No 4°tri./25: +12,46%

• Em 12 meses: +30,43%

• Em 2025: +36,72%

EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: -0,07%

• Nasdaq: +0,22%

• S&P 500: +0,11%

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