Ibovespa renova recorde em meio a tensão política e expectativa pela Super Quarta

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Ibovespa renova recorde em meio a tensão política e expectativa pela Super Quarta

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Foto: Shutterstock/Bigc Studio

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O Ibovespa iniciou a semana em alta de 0,90%, fechando aos 143.547 pontos, no maior nível histórico. Durante o pregão, chegou a marcar recorde intradia de 144.138 pontos, em meio à expectativa pelas decisões de juros nos EUA e no Brasil, além da repercussão da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF.

A tensão política aumentou após declarações do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que voltou a criticar o Judiciário brasileiro e afirmou que Washington prepara sanções contra o Brasil. O presidente Lula respondeu que o país “não se intimidará” e reforçou o compromisso com a soberania nacional.

No campo econômico, investidores aguardam a Super Quarta (17), quando Fed e Copom decidem suas taxas de juros. A expectativa é de corte de 0,25 p.p. nos EUA, movimento que deve estimular apetite por risco em emergentes. No Brasil, a projeção majoritária é de manutenção da Selic em 15%, mas já cresce a aposta em cortes futuros.

O Boletim Focus trouxe nova queda na projeção do IPCA de 2025, de 4,85% para 4,83%, ainda acima do teto da meta. Já o IBC-Br, prévia do PIB, recuou 0,50% em julho, sinalizando desaceleração da atividade.

Entre as ações, Magazine Luiza (MGLU3) disparou 7,41%, beneficiada pelo possível cenário de juros mais baixos. O setor de educação também se destacou, com Yduqs (YDUQ3; +6,72%) e Cogna (COGN3; +4,45%), após o MEC autorizar novos cursos semipresenciais. A Eletrobras (ELET6) avançou 2,89%, apoiada em revisão positiva do Itaú BBA, que vê forte potencial de valorização e dividendos.

Na outra ponta, Raia Drogasil (RADL3) recuou 3,93%, pressionada pelas discussões em torno do impacto dos novos medicamentos para emagrecimento, que podem reduzir a demanda por produtos tradicionais vendidos em farmácias. Já a WEG (WEGE3) caiu 1,19%, acumulando forte desvalorização no ano diante da desaceleração global do setor de bens de capital, custos elevados de matérias-primas como o cobre e adiamento de investimentos em mercados relevantes como China e Europa.

Entre as blue chips, Petrobras (PETR4) subiu 0,87% após anunciar entrada no mercado de etanol de milho e novos ativos na África, reforçando diversificação. A Vale (VALE3) avançou 0,88% com expectativa de dividendos extraordinários, apoiada na resiliência do minério de ferro a US$ 100 por tonelada. Já a Natura (NATU3) ganhou 2,17% após vender operações da Avon na América Central, em mais um passo de seu plano de desinvestimento.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Magalu (MGLU3): +7,41%

• Yduqs (YDUQ3): +6,72%

• Cogna (COGN3): +4,45%

• B3 (B3SA3): +3,24%

• Eletrobras (ELET3): +3,02%


Baixas

• RaiaDrogasil (RADL3): -3,93%

• Minerva (BEEF3): -2,56%

• Banco do Brasil (BBAS3): -2,20%

• Direcional (DIRR3): -2,06%

• Fleury (FLRY3): -1,46%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +0,11%

• Nasdaq: +0,94%

• S&P 500: +0,47%


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