Ibovespa renova recorde com otimismo após reunião entre Lula e Trump

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Ibovespa renova recorde com otimismo após reunião entre Lula e Trump

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Foto: Shutterstock/Champ008

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O Ibovespa encerrou a segunda-feira (27) em alta de 0,55%, aos 146.969 pontos, alcançando o maior fechamento da sua história após renovar a máxima intraday de 147.977 pontos. O avanço refletiu o otimismo diante dos sinais de reaproximação entre Brasil e Estados Unidos, além da melhora nas projeções de inflação doméstica e da expectativa por um novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) nesta semana.

O encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, em Kuala Lumpur, foi visto como um gesto diplomático relevante. Ambos demonstraram disposição em negociar o fim das tarifas de 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Segundo o chanceler Mauro Vieira, uma nova rodada de negociações deve ocorrer em Washington, com a participação dos ministros Fernando Haddad e Geraldo Alckmin. O diálogo foi bem recebido pelos investidores, que enxergam potencial para reaquecer as exportações brasileiras e aliviar o câmbio.

No cenário corporativo, a Petrobras (PETR4) apresentou resultados operacionais robustos, com produção recorde de 3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia no terceiro trimestre. O desempenho, acima das estimativas, reforçou a confiança dos analistas sobre o potencial de geração de caixa da estatal. Analistas mantiveram recomendações positivas, destacando expectativa de Ebitda superior a US$ 11 bilhões e dividend yield próximo de 3% no trimestre. As ações da petroleira subiram 0,54%, contribuindo para o desempenho do índice.

Outra protagonista do pregão foi a Marfrig (MBRF3), que anunciou uma joint venture com o fundo soberano da Arábia Saudita (PIF) para expandir o mercado halal no Oriente Médio. O acordo, avaliado em mais de US$ 2 bilhões, prevê um aporte inicial de US$ 500 milhões e IPO da Sadia Halal em 2027 na bolsa de Riad. A operação animou o mercado e impulsionou as ações da companhia em 6,45%, refletindo a confiança na estratégia de internacionalização.

A Usiminas (USIM5) também figurou entre as maiores altas do dia, avançando 10,53%, após forte correção das perdas recentes. O otimismo foi sustentado pela possibilidade de revisão das tarifas de aço pelos EUA, o que poderia beneficiar o setor siderúrgico. Analistas destacaram que, apesar do prejuízo no terceiro trimestre, a empresa reduziu endividamento e melhorou o Ebitda ajustado. Essa foi a maior alta intradiária da Usiminas em quase três anos.

Em contrapartida, a Raízen (RAIZ4) liderou as quedas, recuando 2,06%, após a Fitch rebaixar o rating da companhia para BB-, com perspectiva negativa, citando alta alavancagem e fluxo de caixa enfraquecido. O movimento colocou a empresa sob risco de perder o grau de investimento caso não avance em seu plano de desalavancagem ou na venda de ativos.

No setor de consumo, Magazine Luiza (MGLU3) e CVC (CVCB3) registraram forte recuperação, com altas de 5,45% e 3,91%, respectivamente, impulsionadas pelo alívio inflacionário no Brasil.

Já a Cogna (COGN3) teve leve queda de 0,86%, apesar do otimismo do mercado com o plano de fechar o capital da subsidiária Vasta, o que deve simplificar a estrutura corporativa e reforçar a estratégia de desalavancagem.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Usiminas (USIM5): +10,53%

• Marfrig (MBRF3): +6,45%

• Magalu (MGLU3): +5,45%

• CVC (CVCB3): +3,91%

• CSN (CSNA3): +3,36%


Baixas

• Raízen (RAIZ4): -2,06%

• Yduqs (YDUQ3): -1,96%

• Klabin (KLBN11): -1,06%

• Hypera (HYPE3): -0,97%

• Cogna (COGN3): -0,86%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (27/10):

• Segunda-Feira (27): +0,55%

• Na semana: +0,55%

• Em outubro./2025: +0,50%

• No 4°tri./25: +0,50%

• Em 2025: +22,19%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +0,71%

• Nasdaq: +1,86%

• S&P 500: +1,23%


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