Ibovespa fecha em alta em meio a balanço de forças entre Petrobras, Eletrobras e setor financeiro

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Ibovespa fecha em alta em meio a balanço de forças entre Petrobras, Eletrobras e setor financeiro

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Foto: Shutterstock/Alf Ribeiro

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O Ibovespa encerrou a segunda-feira (29) em alta de 0,61%, aos 146.337 pontos, após renovar máxima histórica intradiária em 147.558 pontos. O movimento foi impulsionado por ações de bancos, elétricas e mineradoras, mas limitado pelo recuo da Petrobras, que acompanhou a forte queda do petróleo no mercado internacional.

Entre os destaques positivos, Eletrobras (ELET3) avançou 3,93%, liderando os ganhos do índice em meio à expectativa de robusta distribuição de dividendos e valorização de longo prazo. Outras elétricas também tiveram bom desempenho: Copel (CPLE6) subiu 1,90%, enquanto a ISA Energia (ISAE4) ganhou 2,42% após anunciar o pagamento de R$ 444,7 milhões em juros sobre capital próprio.

O setor financeiro reforçou a alta do índice, com BTG Pactual (BPAC11) e Bradesco (BBDC4) registrando ganhos de 1,69% e 1,02%, respectivamente, refletindo maior apetite por risco. Entre as exportadoras, a Vale (VALE3) subiu 0,33%, e a CSN Mineração (CMIN3) teve salto expressivo de 3,96%, acompanhando a valorização do minério de ferro.

Na ponta negativa, Petrobras (PETR4) caiu 1,36%, pressionada pela baixa de mais de 3% do Brent e pela revisão do preço-alvo feita pelo Citi, que reduziu sua projeção de R$ 35 para R$ 31. Outras petroleiras seguiram o mesmo movimento: Prio (PRIO3) recuou 0,84%, PetroReconcavo (RECV3) perdeu 1,38% e Brava Energia (BRAV3) cedeu 0,98%.

A crise da Braskem (BRKM5) seguiu no radar dos investidores. A ação despencou 5,13%, fechando em R$ 6,66, acumulando queda de 67,21% em 12 meses. A pressão foi intensificada após os rebaixamentos de rating pela S&P (de B+ para CCC-) e pela Fitch (para CCC+), que apontaram riscos elevados de reestruturação da dívida. A possibilidade de conversão de passivos em ações levanta ainda dúvidas sobre impactos indiretos na Petrobras, acionista relevante da companhia.

No cenário doméstico, o Caged registrou criação de 147,3 mil vagas formais em agosto, abaixo da expectativa de 160 mil e bem inferior às 239 mil de agosto de 2024. O dado reforça sinais de desaquecimento no mercado de trabalho, embora o salário médio de admissão tenha subido para R$ 2.295, o que pode manter alguma pressão sobre a inflação.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que não há atalhos na política monetária e que os juros precisarão permanecer altos por mais tempo, citando que a inflação de serviços ainda está em patamar incompatível com a meta de 3%. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou o compromisso do governo com as metas fiscais e criticou o “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, chamando-o de um “tiro no pé” para a economia americana.

No exterior, a ameaça de uma paralisação parcial do governo dos EUA estimulou a busca por ativos de proteção, levando o ouro a novas máximas históricas. Além disso, investidores se preparam para a divulgação de importantes dados de emprego americanos (Jolts, ADP e Payroll) que devem ser decisivos para as próximas decisões de juros do Federal Reserve.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Eletrobras (ELET6): +4,30%

• CSN Mineração (CMIN3): +3,96%

• Eletrobras (ELET3): +3,93%

• Cogna (COGN3): +2,82%

• Rumo (RAIL3): +2,76%


Baixas

• Braskem (BRKM5): -5,13%

• Magalu (MGLU3): -5,09%

• Vamos (VAMO3): -2,99%

• Embraer (EMBR3): -2,19%

• Petrobras (PETR3): -1,89%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +0,15%

• Nasdaq: +0,48%

• S&P 500: +0,26%


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