Ibovespa avança com trégua entre EUA e China

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Ibovespa avança com trégua entre EUA e China

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Foto: Shutterstock/ARVD73

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O Ibovespa iniciou a semana em alta de 0,77%, aos 144.509 pontos, impulsionado pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, pela valorização da Petrobras, após obter licença para perfurar na Foz do Amazonas, e pelo forte desempenho da Cogna, que liderou os ganhos do dia.

O presidente Donald Trump adotou um discurso mais conciliador, indicando possível redução de tarifas sobre produtos chineses e a intenção de se reunir com Xi Jinping ainda neste mês. O gesto elevou o apetite por risco e favoreceu bolsas e moedas emergentes. No cenário interno, o TCU reforçou a necessidade de o governo perseguir o centro da meta fiscal, enquanto o lançamento do programa Reforma Casa Brasil, com R$ 40 bilhões em crédito para reformas habitacionais, animou o setor de construção, mas trouxe preocupação quanto ao equilíbrio das contas públicas.

Mesmo com o recuo do petróleo WTI (-0,24%) e do Brent (-0,54%), o setor ganhou destaque. A Petrobras (PETR4) foi o principal foco do pregão após receber autorização do Ibama para perfurar um poço exploratório em águas profundas do Amapá, dentro da Margem Equatorial, um projeto visto como estratégico para o futuro da produção de petróleo no país. A estatal também anunciou redução de 4,9% no preço da gasolina, de R$ 2,85 para R$ 2,71 por litro, a partir desta terça (21). Analistas apontaram impacto neutro nas ações, mas destacaram que a medida pode reduzir o IPCA em 0,08 ponto percentual em novembro.

Nas mineradoras, Vale (VALE3) avançou 1,38% e CSN Mineração (CMIN3) subiu 4,30%, impulsionadas pelo aumento do interesse chinês em metais estratégicos. A China já investe mais de US$ 4,2 bilhões no setor de mineração brasileiro, em busca de insumos essenciais para a transição energética, como níquel, nióbio, cobre, estanho e lítio.

O maior destaque corporativo foi a Cogna (COGN3), que saltou 4,78% após o Bradesco BBI reiterar recomendação de compra, elevando o preço-alvo para R$ 3,50 e destacando a empresa como preferida do setor de educação. O banco projeta crescimento de dois dígitos na receita do terceiro trimestre, sustentado por forte captação de alunos, expansão no segmento B2G (educação para governos) e melhora da eficiência financeira. A Yduqs (YDUQ3) também avançou 4,34%, beneficiada pela queda dos juros futuros e pelas revisões baixistas de inflação no Boletim Focus, que favorecem setores sensíveis ao crédito.

No setor de saúde, o clima foi de incerteza. O Fleury (FLRY3) confirmou negociações com a Rede D’Or (RDOR3), mas sem decisão sobre uma fusão. O mercado reagiu de forma cautelosa: Fleury caiu 4,30%, enquanto Rede D’Or subiu 0,69%, refletindo dúvidas sobre o andamento das tratativas. Analistas do BTG Pactual ainda consideram uma união provável, enquanto o UBS BB classificou a notícia como negativa, prevendo maior volatilidade para as ações do grupo de diagnósticos.

Entre as industriais, WEG (WEGE3) apresentou correção de 1,52%, após sequência de altas recentes. Apesar da elevação do preço-alvo pela XP Investimentos para R$ 50, o movimento foi interpretado como realização de lucros. A companhia segue bem posicionada na transição energética global, com forte presença em motores elétricos e soluções de automação.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Cogna (COGN3): +4,78%

• CSN (CSNA3): +4,56%

• Natura (NATU3): +4,53%

• Yduqs (YDUQ3): +4,34%

• CSN Mineração (CMIN3): +4,30%


Baixas

• Fleury (FLRY3): -4,30%

• Prio (PRIO3): -1,97%

• Vamos (VAMO3): -1,70%

• Weg (WEGE3): -1,52%

• Auren (AURE3): -1,19%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (20/10):

• Segunda-Feira (20): +0,77%

• Na semana: +0,77%

• Em outubro./2025: -1,18%

• No 4°tri./25: -1,18%

• Em 2025: +20,14%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +1,12%

• Nasdaq: +1,37%

• S&P 500: +1,07%


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