Ibovespa despenca com escalada tarifária e juros estáveis

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Fonte: Shutterstock/Travis Wolfe

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Nesta quinta-feira (31), o Ibovespa iniciou o pregão em forte queda de 1,32%, aos 132.293 pontos, refletindo o aumento da cautela entre os investidores. No cenário doméstico, as incertezas em torno da escalada tarifária liderada pelos Estados Unidos, com foco direto no Brasil, somam-se à recente decisão do Banco Central de manter a Selic em 15%, sinalizando um cenário de juros altos por tempo prolongado. No ambiente internacional, o mercado monitora os próximos passos das negociações comerciais de Donald Trump com diferentes parceiros, enquanto dados econômicos como a taxa de desemprego no Brasil e o índice de preços nos EUA permanecem no radar.

Na véspera, o Banco Central optou por manter a Selic em 15% ao ano, como já vinha sendo sinalizado nas últimas comunicações. A decisão marca o fim de um ciclo de aperto monetário iniciado em setembro de 2024. Apesar da pausa, o Copom reforçou que o atual patamar de juros deve ser preservado por tempo indeterminado. A leitura predominante é de que a autoridade monetária prefere cautela frente ao cenário externo instável, especialmente diante do aumento da tensão comercial com os Estados Unidos, que pode trazer efeitos secundários para inflação e atividade econômica.

Do lado diplomático, o governo brasileiro intensificou os esforços para reverter as novas tarifas americanas. O presidente Lula reagiu duramente às medidas, classificando-as como politicamente motivadas e um atentado à soberania nacional. Já o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, esteve em Washington em uma rara reunião bilateral com o secretário de Estado, Marco Rubio. A ofensiva brasileira busca reabrir canais de diálogo e evitar prejuízos à balança comercial, mesmo diante da rigidez do presidente Donald Trump, que afirmou que o prazo de 6 de agosto será “inegociável”.

Enquanto isso, os mercados globais digerem indicadores econômicos relevantes. Nos EUA, a renda pessoal cresceu 0,3% em junho, exatamente como o esperado, impulsionada por maiores gastos em serviços e bens. Já no Brasil, a taxa de desemprego caiu para 5,8%, atingindo o menor nível desde 2012. Com a população ocupada batendo recorde, o dado reforça o vigor do mercado de trabalho, mesmo em um ambiente de juros elevados e incertezas externas.

Em paralelo, um tribunal federal americano julga nesta quinta-feira se Trump teria excedido sua autoridade ao impor tarifas comerciais sem aval legislativo. A análise jurídica pode abrir precedentes importantes sobre os limites do Executivo no comércio internacional e é acompanhada de perto por governos e investidores. Ainda que a decisão não tenha impacto imediato, ela pode remodelar o terreno das futuras disputas tarifárias.

Com o prazo das tarifas se aproximando e as negociações em marcha lenta, os próximos dias serão decisivos. A postergação da medida para 6 de agosto deu fôlego momentâneo, mas o cenário permanece volátil. O mercado deve seguir sensível a qualquer sinal de avanço ou endurecimento nas relações bilaterais. Até lá, a estratégia parece ser de espera atenta, com os olhos voltados para Brasília, Washington, e o humor dos mercados globais.

Por volta das 10h24, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

Altas

• Embraer (EMBR3): +5,42%

• TIM (TIMS3): +1,25%

• Bradesco (BBDC4): +1,09%

Baixas

• Ambev (ABEV3): -6,46%

• CSN (CSNA3): -4,53%

• Magalu (MGLU3): -4,36%

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