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Taxas de juros: o que muda com a nova Selic?

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Taxas de juros: o que muda com a nova Selic?

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Com o recente corte da taxa básica de juros aqui no Brasil, muitas pessoas ficam com dúvidas em relação à mudança no mercado financeiro. No dia 18 de setembro, o Comitê de Políticas Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, passando de 6% para 5,5% ao ano.

Agora em seu menor nível histórico, a Selic pode gerar uma certa confusão entre os investidores de plantão. Perguntas como: “o que isso muda nos meus investimentos?” ou, até mesmo, “de que forma essa alteração é boa para a economia local?” podem ficar pendentes e causar ainda mais dúvidas, não é mesmo?

Por conta disso, o TradeMap criou um artigo para ajudar você, investidor, a encontrar mais informações a respeito da nova taxa básica de juros e o que isso muda no mercado financeiro por aqui. Vamos lá, marujo?!

O que é a Selic?

Sempre que vemos algum noticiário ou matéria voltada ao mercado financeiro, encontramos essa tal de “Selic”. Para quem é do ramo econômico, com certeza já sabe de cor a sua importância à economia brasileira, não é mesmo? Por outro lado, para os novatos de plantão, talvez haja algum resquício de dúvida referente a este termo.

Bom, mas caso você não saiba o que é a Selic, chegou o momento de aprender, marujo! Ela nada mais é do que a taxa básica de juros no Brasil. Sua sigla significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia.

Dessa forma, a Selic influencia todas as demais taxas de juros no Brasil, como as que são cobradas em empréstimos, financiamentos e, até mesmo, em retorno em aplicações financeiras, como títulos do Tesouro Direto.

Aliás, você já leu nosso artigo sobre Tesouro Direto? Bom, falamos sobre esse tipo de investimento com todos os detalhes e recomendamos a leitura, principalmente, para quem planeja começar a aplicar em algum título e sair de vez da poupança. Clique aqui para saber mais.

Leia também: Tipos de Investimentos em Renda Fixa

Dito isso, podemos seguir para as próximas explicações, certo? Bora lá!

Por que a Selic existe?

A taxa Selic foi criada em 1979, na época em que a economia brasileira enfrentava um cenário (hiper) inflacionário. Por isso, seu objetivo sempre foi conter a inflação, uma vez que sua mudança, determinada pelo Banco Central, está diretamente relacionada ao controle do aumento de preço dos produtos.

Com base nesta ideia, podemos dizer o seguinte:

Como é definida a taxa Selic?

A cada 45 dias, o Copom realiza uma reunião para decidir como ficará a taxa da Selic. A decisão é baseada em vários indicadores financeiros do país, sendo que, ao fim do encontro, a taxa pode sofrer alguma alteração, tanto para mais quanto para menos, assim como também ficar estável.

Mas, afinal, de que forma a Selic afeta o seu bolso? Você deve estar se perguntando agora mesmo, não? Bom, não se preocupe! Veja o infográfico ao lado explicando tudo!

Infográfico: Selic
Infográfico desenvolvido por TradeMap

Além do mais, a Selic também afeta a rentabilidade da caderneta de poupança. Esse “investimento” já tem a fama de render um valor muito abaixo do esperado e, com o corte da taxa básica de juros, ele detém um valor menor ainda! Isso não é nada agradável para quem planeja ver o dinheiro crescer, não é mesmo? Veja a regra abaixo:

Se a Selic estiver igual ou superior a 8,5%, a poupança renderá 0,5% ao mês + TR (Taxa Referencial, hoje zerada)

Caso a Selic esteja em abaixo de 8,5% ao ano, sua rentabilidade será de 70% da taxa básica de juros + TR

Bom, mas vamos ao que interesse, não é mesmo?

Como a Selic mexe nos meus investimentos?

Com a queda da Selic, o mercado financeiro também sofre alteração. O corte da taxa básica de juros mexe com títulos de renda fixa atrelados a ela.

Neste segmento, existem títulos prefixados e pós-fixados. Isso significa que em:

  • Prefixados: você já sabe o quanto vai ganhar ao vencimento do título
  • Pós-fixados: além de ter um valor fixado, o título conta com um ganho de alguma taxa, como a Selic, CDI ou IPCA

Vale lembrar que os títulos prefixados estão em linha com o valor da Selic, ou seja, ambas agora operam em 5,5% ao ano. Vamos a um exemplo para facilitar o entendimento, certo?

Antes de sofrer o corte na última reunião do Copom, a Selic estava em 6% a.a. Da mesma forma, títulos prefixados estavam sendo vendidos também com a mesma taxa. Agora, após redução de 0,5 p.p., esses papéis são influenciados.

Isso quer dizer que, caso um investidor tenha comprado este produto antes da tal alteração, ele deterá um papel com maior rentabilidade ao ano, uma vez que o mesmo título espelhará a nova taxa Selic e, consequentemente, renderá menos.

Por outro lado, os papéis pós-fixados atrelados à Selic perdem valor.

Em detrimento disso, muitos investidores preferem deixar a renda fixa de lado frente à renda variável, como as ações.

Dados da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) mostram que em abril de 2019 o número de investidores na bolsa brasileira ultrapassou a marca de 1 milhão de investidores pessoas físicas. No entanto, o valor representa apenas 0,5% da população do Brasil.

Acompanhe seus investimentos com o TradeMap

Bom, mas lembre-se que antes de começar a investir em alguma ação da bolsa você deve estar totalmente preparado para isso, certo? Recomendamos que você leia um artigo que nós preparamos sobre horizonte de investimento. Lá, você pode ver também qual o perfil de risco mais adequado ao seu jeito de aplicar no mercado financeiro.

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