Para quem começou a investir há pouco tempo sabe que o mercado financeiro é cheio de segmentos. Isso pode criar uma série de dúvidas aos investidores e, dessa forma, deixá-los confusos quanto a que tipo de investimento aplicar seu dinheiro. Antes de mais nada, precisamos deixar claro que, quando o assunto é rentabilidade, não existe somente as populares ações negociadas em bolsas de valores, mas sim outros diversos títulos em que você pode negociar seu capital.
Uma opção para aplicar seu dinheiro é o fundo de investimento. Você sabe o que trata essa aplicação? Caso não entenda, nós vamos te explicar! Vamos lá?
Um fundo de investimento é uma comunhão de recursos constituído sob a forma de condomínio, com o objetivo de aplicar em diversos ativos financeiros e buscar retorno e geração de valor aos investidores. Basicamente, estamos falando de uma estrutura formal de um investimento conjunto, coletivo.
Para seguirmos com a explicação, precisamos, primeiramente, deixar claro o que são as cotas de um fundo.
Cotas
O patrimônio líquido, que se dá pelo total de ativos subtraído das obrigações, é dividido em cotas. Uma cota nada mais é que a parte mínima de um fundo, e é emitida para os investidores proporcionalmente ao capital aportado.
Podemos fazer, de forma simples, uma analogia com condomínios prediais, conforme o exemplo abaixo:
Imagine que João, um morador da região de São Paulo, queira construir novos andares em um prédio e tenha disponível R$ 1.000 para efetuar essa operação. No dia da construção, o prédio em questão tem valor de mercado avaliado em R$ 20.000 e 40 andares. Dessa forma, cada novo andar (nesse dia específico) custaria R$500 e, portanto, João construirá dois andares. Após a construção, o prédio passará a ter 42 andares e seu valor de mercado será R$ 21.000.
Verificamos que o valor por andar continua o mesmo após a construção. Suponha agora que, no dia seguinte à construção dos dois andares do novo morador, um shopping seja construído na mesma região e, por isso, o preço do prédio tenha dobrado, de R$ 21.000 para R$ 42.000. Dado que o número de andares não mudou, o valor por apartamento aumentou de R$ 500 para R$ 1.000. Portanto, se João resolver vender seus dois apartamentos, irá lucrar R$1.000 (2 andares x R$1.000 – 2 andares x R$500).
É esse processo que acontece quando um investidor aplica dinheiro em um fundo de investimento. Podemos falar que o valor de mercado do prédio representa o patrimônio líquido do fundo, o número de andares corresponde a quantidade de cotas e o preço por andar faz referência ao valor por cota. É importante ressaltar que a entrada de um novo morador (novo cotista) não altera a posição de outro morador (cotista antigo).
Uma das vantagens de se investir em um fundo de investimento é que a gestão do patrimônio fica sob a responsabilidade de um agente profissional. A ideia é que os investidores que não tenham conhecimento, informação ou tempo para acompanhar o mercado, possam “terceirizar” esse serviço para obter resultados satisfatórios. O custo desse serviço é repassado ao investidor sob a forma de taxas sobre o capital aplicado.
Em geral, os fundos possuem duas taxas principais:
A taxa de administração, que é aplicada sobre todo valor investido e serve para sustentar a operação do fundo de investimento, e a taxa de performance, aplicada apenas sobre o resultado do fundo que exceder seu benchmark (índice de referência), e funciona como uma forma de comissão ao resultado positivo do fundo (existente apenas em fundos de gestão ativa).
Um fundo de investimento é formado pela composição de alguns agentes, sendo os principais:
- Gestor: agente responsável pela estratégia de alocação dos recursos do fundo.
- Administrador: responsável pelos serviços relacionados direto ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção do fundo, como contratação de terceiros, convocação de assembleia, comunicação com cotistas, etc.
- Custodiante: encarregado de guardar os ativos do fundo.