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Como começar a investir no mercado financeiro?

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Planejamento Financeiro (26)

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Já pensou em investir seu dinheiro, mas não sabe como dar o primeiro passo? Essa dúvida não é só sua e, muito provavelmente,  é o principal questionamento de todos os que estão começando no mercado financeiro.

Ainda bem que fazer aplicações não é nenhum bicho de sete cabeças e podemos te ajudar a perceber isso. 

O mais importante para começar nesse universo é entender como funcionam os principais ativos de investimentos e como eles rendem. Depois, é só decidir qual deles se encaixa melhor no seu bolso e no que você deseja para o futuro. 

Simples, não? 😁

Dito isso, vamos começar este artigo pelo princípio de tudo: como funcionam os principais ativos de investimentos e como eles rendem. Fica com a gente até o final do texto que você vai entender o que são: 

  • Ações
  • Renda Fixa
  • ETFs
  • Fundos Imobiliários
  • Fundos de Investimentos

E de quebra ainda vai ler sobre como decidir o próximo passo, que é: qual dos investimentos se encaixa melhor no meu bolso. 

❖ Ações

Vamos começar pelo investimento mais conhecido e querido do mercado: as ações! 

Uma ação é um ativo financeiro que representa uma fração do capital social de uma empresa. Isso quer dizer que, se o capital social das empresas fossem bolos, as ações seriam pequenas fatias desse bolo, postas à venda. 

As negociações de compra e venda desses ativos financeiros são feitas em bolsas de valores, como o Ibovespa, no Brasil; o S&P 500, nos Estados Unidos; o FTSE 100, no Reino Unidos; entre outras mundo afora. 

Quem compra ações têm direito a uma proporção dos ativos e dos lucros da empresa, acontece que o rendimento de ações não vem só da distribuição de lucros, mas também da sua cotação do dia. 

Isso porque o preço da ação listada na bolsa de valores varia diariamente de acordo com fatores do mercado, como uma aquisição vantajosa, o fechamento de lojas na pandemia, oferta e demanda do mercado, entre outras variáveis. 

Por isso, ações são classificadas como renda variável, afinal, você não sabe quanto aquele investimento pode te render do momento que faz a aplicação. 

→ Saiba mais em: O que são ações e quais os principais tipos?

❖ Renda Fixa

Renda fixa são investimentos com taxas de retorno determinadas no momento da aplicação, isso permite que o investidor tenha um rendimento planejado desde o começo, de acordo com o tempo que deseja manter seu capital investido.

Em renda fixa temos duas classes de ativos: os títulos públicos, oferecidos pelo Tesouro Nacional, e os privados, ofertados por bancos e instituições financeiras.

De modo geral, são investimentos mais seguros do que a renda variável, sujeita a oscilações do mercado, porém, também existem riscos, já que empresas podem falir e os títulos do Tesouro podem desvalorizar.

Entenda os riscos da renda fixa 

No entanto, para prevenir o bolso do investidor, alguns títulos de renda fixa possuem Fundo Garantidor de Crédito (FGC), uma instituição que paga o rendimento caso o emissor do título não tenha dinheiro para a operação. PS: o FGC garante o retorno de até R$ 250 mil, nos limites da regulamentação.

Se é tão seguro, por que todo mundo não investe só em renda fixa? 

Pois bem, é porque tanta segurança tem um preço: esses títulos têm como base a taxa mãe dos juros no Brasil, a Selic, que de uns tempos pra cá anda bem minguada, em 3,5% ao ano. 

Isso quer dizer que esses papéis não rendem muita coisa e, no geral, acomodam apenas a reserva de emergência, que não pode correr riscos. 

→ Saiba mais em: O que é a renda fixa? Conheça os primeiros passos para começar a investir

❖ ETFs

Exchange Traded Fund (ETF), é um título que rastreia um índice, setor, commodity ou outro ativo, e pode ser comprado ou vendido em uma bolsa de valores da mesma forma que uma ação.

Basicamente, os ETFs reúnem características de ações – ativos com cotação flutuante – e fundos – bolsa de ativos que minimiza a variação do desempenho, o que permite ao investidor ter acesso  a uma carteira diversificada, sem ter que comprar todos os ativos individualmente. 

Isso quer dizer que investir em um ETF replicador do Ibovespa corresponde a ter o mesmo desempenho do índice, sem precisar comprar cada um dos mais de 80 papéis contidos na carteira teórica. 

Já um ETF de big techs (principais empresas de tecnologia americanas), por exemplo,  vai condensar o desempenho de Amazon, Apple, Tesla, Twitter, Google, entre outras, sem que o investidor tenha participação em cada uma dessas empresas. 

Fica a ressalva de que, ao investir em um Exchange Traded Fund, o investidor não se torna um acionista minoritário das empresas. Logo, não tem direito a participação nos lucros e a rentabilidade do título fica exclusivamente por conta do desempenho do ETF. 

→ Saiba mais em: O que são ETFs e como funcionam? 

❖ Fundos de Investimento

Os fundos de investimento são aplicações feitas em conjunto por vários investidores. Funciona assim: um grupo de pessoas reúnem o dinheiro que querem aplicar e todo esse valor vai para o mercado financeiro e de capitais. 

O dinheiro arrecadado é o patrimônio do fundo, que é aplicado por uma instituição financeira ou um profissional especializado em ativos diversos, podem ser ações, moedas, derivativos, renda fixa e até mesmo em papéis estrangeiros.

Os ganhos são divididos entre todos os participantes, de acordo com o valor depositado por cada um deles. Já os objetivos e as regras de investimento passam por decisão coletiva. Porém, existem algumas posições-chave dentro do grupo de investidores dos fundos, são elas: 

  • Gestor: agente responsável pela estratégia de alocação dos recursos do fundo, normalmente se trata de um profissional do mercado financeiro; 
  • Administrador: responsável pelos serviços relacionados à manutenção do fundo, como convocação de assembleia, comunicação com cotistas, e por aí vai… 
  • Custodiante: encarregado de guardar os ativos do fundo. 

→ Saiba mais em: O que são fundos de investimento?

Fundos Imobiliários

O fundo de investimento imobiliário, também conhecido como FII, funciona da mesma forma que o fundo de investimento, porém com ativos voltados para o mercado imobiliário. 

É bastante comum que o patrimônio do fundo seja usado para a construção ou a aquisição de imóveis, que serão locados ou arrendados para gerar renda.

Outra possibilidade é a compra de títulos ligados ao mercado imobiliário, como letras de crédito imobiliário (LCI), letras hipotecárias (LH), certificados de potencial adicional de construção (CEPAC), e outros. 

Assim como nos fundos de investimentos, os rendimentos são compartilhados de acordo com a proporção investida. Há casos em que o fundo gera renda mensal, como títulos de renda fixa, no entanto, essa aplicação é considerada renda variável.

Isso porque não há garantia de manutenção dos rendimentos ao longo do tempo, já que inquilinos podem deixar de pagar o aluguel ou um imóvel pode acabar desocupando inesperadamente. Além disso, as cotas de FIIs que os investidores têm podem valorizar ou desvalorizar, o que torna essa aplicação tão instável quanto qualquer papel de renda variável. 

→ Saiba mais em: FIIs são uma boa opção? Veja levantamento do TM sobre esse investimento!

Perfil e Horizonte

Agora que você conheceu os principais investimentos do mercado financeiro, chegou o momento de “qual deles se encaixa melhor no meu bolso?”. 

Na área de finanças pessoais, existe um teste de perfil do investidor que ajuda nessa escolha. A avaliação tem como objetivo analisar quais os riscos que o investidor está disposto a correr a partir do momento em que coloca seu dinheiro em uma aplicação financeira. 

Os resultados de perfil podem ser: 

  • Conservador: aquele que dá preferência à segurança e procura diminuir ao máximo o risco de perda, e, por isso, aceita até rendimentos menores.

  • Moderado: procura equilíbrio entre segurança e rentabilidade na hora de investir, podendo até mesmo correr algum risco para ter um rendimento maior do que em investimentos mais seguros.

  • Arrojado: prioriza as aplicações de maior rentabilidade, sendo capaz de correr grandes riscos para alcançá-las. 

Após definir o perfil mais adequado, você deve conciliar o objetivo com o tempo de aplicação, também conhecido como horizonte de investimento. Nesse ponto, temos três prazos determinados pelo mercado: curto prazo, que é um período de até dois anos; médio prazo, entre dois e cinco anos; e longo prazo, no mínimo cinco anos de aplicação.

Nunca se esqueça de que o perfil de risco (objetivo) e o horizonte de investimento (tempo) devem sempre andar de mãos dadas, uma vez que um complementa o outro para garantir o melhor retorno a você, investidor.

Sobre este último tópico, que tal dar uma olhada neste vídeo da Bea Aguilar, do Papo de Bolsa, para tirar as dúvidas que ficaram e fazer a melhor escolha para você? 😉

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