Ibovespa cai ao menor nível em um mês com tensão comercial entre Brasil e EUA no radar

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Ibovespa cai ao menor nível em um mês com tensão comercial entre Brasil e EUA no radar

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O Ibovespa fechou esta segunda-feira, 14, em queda de 0,65%, aos 135.299 pontos, no menor nível em um mês, pressionado por incertezas no cenário internacional e dados fracos da economia doméstica. As tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos aumentaram após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas de 30% sobre produtos da União Europeia e do México a partir de 1º de agosto — o que elevou o temor de medidas semelhantes contra o Brasil, que pode ser alvo de uma tarifa de 50%. O governo brasileiro tenta negociar uma redução para 30% e um adiamento de 90 dias, enquanto prepara a chamada “Lei da Reciprocidade” para reagir, se necessário.

No mercado de câmbio, o dólar Ptax recuou 0,23%, a R$ 5,5595, em meio à cautela sobre o posicionamento do Brasil nas negociações e à expectativa pelo decreto da nova lei.

No campo econômico, o IBC-Br — considerado uma prévia do PIB — caiu 0,70% em maio, interrompendo quatro meses seguidos de alta e frustrando as expectativas de estabilidade. O recuo foi puxado pelo desempenho negativo da agropecuária, reforçando o sentimento de desaceleração da atividade.

No noticiário corporativo, o destaque negativo do dia foi a BRF (BRFS3), que liderou as perdas do Ibovespa ao despencar 4,55%. A forte queda ocorreu após a Previ, maior fundo de pensão do país, anunciar a venda total de sua posição na companhia, acumulada por mais de 30 anos. A decisão, que movimentou R$ 1,9 bilhão, foi vista como um sinal de desconfiança diante da fusão com a Marfrig, operação que a Previ já criticava publicamente. Mesmo com o comunicado que o BTG Pactual passou a deter 7,79% do capital da BRF, o movimento não foi suficiente para conter a pressão vendedora.

Na outra ponta, a Hapvida (HAPV3) subiu 3,03%, após o Itaú BBA reiterar recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 61 para o fim de 2025. O mercado voltou a monitorar as provisões da companhia ligadas aos reembolsos do SUS, após a retomada das emissões das guias federais (GRUs), inclusive retroativas, beneficiando a controlada NDI Saúde.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Petz (PETZ3): +3,84%

• Hapvida (HAPV3): +3,03%

• MRV (MRVE3): +2,96%

• Klabin (KLBN11): +2,37%

• Engie (EGIE3): +2,21%


Baixas

• BRF (BRFS3): -4,55%

• Telefônica (VIVT3): -3,08%

• Lojas Renner (LREN3): -2,83%

• Ultrapar (UGPA3): -2,69%

• Minerva (BEEF3): -2,42%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +0,20%

• Nasdaq: +0,27%

• S&P 500: +0,14%


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