Ibovespa sobe com alívio externo e dados firmes do varejo

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Ibovespa sobe com alívio externo e dados firmes do varejo

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Foto: Shutterstock/saicle

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O Ibovespa fechou a quarta-feira (15) em alta de 0,65%, aos 142.604 pontos, impulsionado por um ambiente externo mais favorável e pelo avanço das vendas do varejo brasileiro.

No exterior, declarações conciliatórias do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, reduziram a tensão na guerra comercial com a China e melhoraram o humor dos investidores. Em entrevista à CNBC, Bessent afirmou que “os Estados Unidos não querem escalar o conflito com a China” e que o presidente Donald Trump está disposto a se encontrar com Xi Jinping, sinalizando disposição para o diálogo.

O alívio veio após dias de declarações mais duras de autoridades americanas, que haviam elevado a aversão ao risco. Segundo analistas, o tom mais diplomático reacendeu a expectativa de novos acordos entre as potências, o que beneficia o Brasil, especialmente pelo impacto positivo sobre o minério de ferro e a Vale (VALE3), que avançou 1,86%.

Entre as principais altas do dia, Eletrobras (ELET3) subiu 2,33% após anunciar a venda de sua participação na Eletronuclear, movimento que reduz riscos e abre espaço para novos dividendos.

Na ponta oposta, Petrobras (PETR4) recuou 0,90%, acompanhando a queda do petróleo, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,84% diante das críticas à sua participação em um empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios, interpretado pelo mercado como sinal de interferência política.

No cenário macroeconômico, o varejo restrito cresceu 0,2% em agosto, após quatro meses de retração, e o varejo ampliado avançou 0,9%, ambos acima das projeções. Os dados reforçam a resiliência do consumo, mas também reduzem o espaço para cortes na Selic, hoje em 15% ao ano, já que a retomada da demanda pode pressionar a inflação.

Nos Estados Unidos, falas de dirigentes do Federal Reserve indicando possíveis cortes de juros sustentaram o apetite por risco. O petróleo WTI caiu 0,73%, a US$ 58,27, enquanto o ouro renovou recordes, superando US$ 4,2 mil por onça. Com o movimento das commodities, Brava Energia (BRAV3) caiu 2,24% e Prio (PRIO3) recuou 2,04%.

No Brasil, o destaque adicional ficou para o setor de varejo e consumo: Assaí (ASAI3) avançou 5,98%, C&A (CEAB3) subiu 3,68% e Raia Drogasil (RADL3) ganhou 4,54% após o JPMorgan elevar o preço-alvo das ações para R$ 27, destacando ganhos de eficiência e liderança no segmento de medicamentos GLP-1.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Assaí (ASAI3): +5,98%

• MRV (MRVE3): +4,81%

• RaiaDrogasil (RADL3): +4,54%

• Cogna (COGN3): +3,79%

• C&A Modas (CEAB3): +3,68%


Baixas

• Embraer (EMBR3): -2,44%

• Brava Energia (BRAV3): -2,24%

• Prio (PRIO3): -2,04%

• Banco do Brasil (BBAS3): -1,84%

• Caixa Seguridade (CXSE3): -1,75%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (15/10):

• Segunda-Feira (13): +0,78%

• Terça-Feira (14): -0,07%

• Quarta-Feira (15): +0,65%

• Na semana: +1,37%

• Em outubro./2025: -2,48%

• No 4°tri./25: -2,48%

• Em 2025: +18,56%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: -0,04%

• Nasdaq: +0,66%

• S&P 500: +0,40%


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