Com as altas na Taxa Selic iniciadas há pouco mais de dois anos, as taxas de juros de diversas modalidades de crédito continuam subindo. Neste último mês de abril, a taxa média de juros do cheque especial apurada pelo Banco Central do Brasil atingiu seu maior nível desde dezembro de 1995, há quase 20 anos. A taxa do mês de abril/15 ficou em 225,96% ao ano. Trata-se de uma alta muito rápida se compararmos com a taxa apurada em maio de 2013: 136,47%. Em pouco menos de dois anos, esta taxa subiu quase 90 pontos percentuais!
Se olharmos apenas o spread entre a taxa média do cheque especial e a taxa Selic média, o atual patamar desta taxa de juros fica ainda mais gritante. Trata-se do maior spread apurado na série histórica inteira: 189,35% ao ano!
Outra modalidade com taxas de juros bastante elevadas, senão a mais elevada, é o crédito rotativo do cartão de crédito. A taxa média anualizada em abril chegou a 347,54%, recorde de toda a série histórica (que se inicia em mar de 2011). Para aqueles que continuam caindo na armadilha do pagamento parcial da fatura do cartão, vale a dica de que sai muito mais barato pegar um outro tipo de empréstimo e pagar integralmente a fatura, do que rolar o restante da fatura para o mês seguinte.
Em relação ao pagamento parcelado do cartão de crédito, o qual costuma ser uma opção melhor do que o pagamento parcial da fatura, a taxa média anualizada chegou a 114,55%, maior taxa desde setembro de 2012.
O crédito pessoal não-consignado é uma das formas de empréstimo mais populares e, por não contar com garantias, costuma ter taxas de juros salgadas, mas bem abaixo das taxas do cheque especial e do rotativo do cartão. Esta modalidade de crédito também apresentou taxa recorde em abril, chegando a 113,33% ao ano, maior valor da série histórica, que se inicia em março de 2011. Analisando o spread em relação à taxa Selic média, este valor também bateu o seu recorde em abril ao atingir o valor de 89,37% ao ano.
Por fim, as taxas de juros do financiamento de veículos também vêm subindo nos últimos meses, mas ainda estão longe de seus recordes históricos (cujos picos ocorreram em 2003). A taxa anualizada passou de 19,47% em junho de 2013 para 24,55% em abril de 2015. Na comparação com a taxa do mês de março de 2015, ela se manteve praticamente estável, com ligeira queda de 0,12 pontos percentuais. Em relação ao spread,
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