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Serasa: renegociação de dívidas cresce 22% em agosto, chegando a R$ 4,8 bilhões

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Serasa: renegociação de dívidas cresce 22% em agosto, chegando a R$ 4,8 bilhões

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O brasileiro está tentando sair dos cadastros de inadimplência e quitou mais dívidas em agosto. Segundo a Serasa, 1,8 milhão de pessoas fizeram renegociações na plataforma da empresa em agosto, um crescimento mensal de 22%.

O total de dívidas renegociadas, já com os descontos, somaram R$ 4,8 bilhões.

O que contribuiu para o crescimento foi a disponibilização do parcelamento da dívida em até 24 vezes sem juros, após acordo do serviço Limpa Nome da Serasa com cerca de 50 empresas (varejistas, concessionárias de serviços públicos, bancos).

“É um momento desafiador para todos os brasileiros e, para quem não tem crédito no mercado, a situação fica pior”, disse, em nota, Aline Maciel, gerente da Serasa.

Nos cadastros da empresa, são 52,1 milhões os brasileiros que estão com restrição de crédito devido a contas em atraso.

Perfil das renegociações

A maior parte das renegociações está relacionada a empresas de telecomunicações, que responderam por 41% do total. As dívidas com securitizadoras e bancos aparecerem em seguida, com fatias de, respectivamente, 24% e 15%. Os débitos com varejistas responderam por 14% e o restante está pulverizado em outras categorias.

Em relação ao perfil dos endividados que fizeram acordos, a maior parte (44%) tem renda de até R$ 2 mil. A faixa de renda de até R$ 5 mil foi a segunda mais significativa, com participação de 26%.

Em relação à faixa etária, consumidores de 30 a 40 anos lideraram as negociações, com 30%. Já os jovens de até 25 anos foram responsáveis por 22% do total de acordos fechados em agosto.

Endividamento e inadimplência

Juros em patamares elevados e o processo inflacionário fazem com que os consumidores recorram mais ao crédito fácil para quitar necessidades do dia a dia, como fazer parcelamento das compras do mês no supermercado. Isso tem efeito sobre o nível de endividamento – e contribui para o aumento da inadimplência.

O nível do endividamento dos brasileiros está no maior patamar da história, segundo dados do Banco Central (BC). O endividamento das famílias chegou a 52,8% em maio (último dado disponível), uma alta de 6,1 pontos percentuais em 12 meses.

Esse indicador significa que, da renda bruta das famílias recebida em 12 meses, uma fatia de 49,4% foi destinada ao pagamento de dívidas, o que é recorde dentro dessa metodologia.

O aumento do endividamento é seguido por um aumento da inadimplência. O índice de atrasos acima de 90 dias entre as pessoas físicas chegou a 3,5% em junho, alta de 0,6 ponto percentual em 12 meses, segundo o BC.

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