Após atingir o patamar mais baixo da série histórica apurada pelo Banco Central em maio de 2013, com uma taxa ao ano de 136,32%, as taxas médias do cheque especial passaram a subir desde então, atingindo a taxa média de 168,5% ao ano em maio de 2014, valor mais alto desde março de 2012, quando a taxa era de 170,1% ao ano.
Para se ter uma ideia do quanto isto representa em termos monetários a quem se endivida no cheque especial, uma pessoa que fica devendo R$ 1.000 por vinte dias no mês, passou a ter um gasto adicional de R$ 7,66 em seu orçamento mensal, passando de R$ 49,53 por mês para R$ 57,19.
Quanto à taxa Selic, no período de maio de 2013 a maio de 2014, ela passou de 7,4% ao ano para 10,9% ao ano, voltando ao patamar de janeiro de 2012. No gráfico abaixo, mostramos a evolução da taxa média do cheque especial e da taxa Selic no período entre janeiro de 2000 a maio de 2014.
Fonte de dados: Banco Central do Brasil
Quanto às taxas praticadas pelos maiores bancos do País (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú Unibanco, HSBC e Santander),todos eles aumentaram significativamente as taxas de juros do cheque especial nos últimos meses, como pode ser observado no gráfico abaixo. Os bancos públicos foram os que apresentaram aumentos mais acentuados, mas mesmo assim são os que apresentam as menores taxas dentre os seis bancos. Uma explicação para estes aumentos é o fato dos mesmos terem apresentado também as maiores quedas nas taxas do cheque especial no decorrer do ano de 2012.
Fonte de dados: Banco Central do Brasil
Observações:
– Taxas de cheque especial dos bancos apresentadas referem-se ao primeiro dia útil de cada mês;
– Taxas apuradas e divulgadas pelo Banco Central do Brasil.
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