Ranking de Investimentos de outubro de 2025

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Outubro foi marcado por incertezas econômicas e decisões relevantes de política monetária. Nos Estados Unidos, o governo entrou em shutdown em 1º de outubro após o impasse entre democratas e republicanos sobre o orçamento, suspendendo parte das atividades federais e adiando dados como o Payroll e a balança comercial.

Durante o período, o Federal Reserve reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 3,75% e 4,00%, conforme esperado. A inflação medida pelo CPI subiu 0,3% em setembro, abaixo da projeção de 0,4%. No campo geopolítico, o acordo entre Donald Trump e Xi Jinping reduziu tensões comerciais, com corte de tarifas médias dos EUA sobre produtos chineses e suspensão temporária das restrições chinesas a terras raras.

No Brasil, o IPCA avançou 0,48% em setembro, abaixo das expectativas, enquanto o IBC-Br, considerado a prévia do PIB, cresceu 0,40% em agosto. O encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, em Kuala Lumpur, sinalizou início de negociações para reduzir tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Confira a seguir os destaques de outubro no ranking de rentabilidades, com os ativos que mais se valorizaram, e os que mais perderam, no mês.


Maiores rentabilidades

Nikkei 225 (+16,64%)

O Nikkei 225, principal índice da Bolsa de Tóquio (Tokyo Stock Exchange – TSE), ultrapassou pela primeira vez a marca dos 50.000 pontos em outubro, impulsionado por uma combinação de fatores econômicos e políticos. O avanço refletiu o impacto do pacote de estímulos de mais de US$ 90 bilhões anunciado pela nova primeira-ministra, Sanae Takaichi, que assumiu o cargo em 22 de outubro com foco em inovação e incentivo às exportações.

A expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos e o avanço nas relações comerciais entre Washington e Pequim também contribuíram para o otimismo, beneficiando as ações de empresas exportadoras japonesas. A redução das tarifas bilaterais garantiu condições cambiais favoráveis, especialmente para os setores automotivo e eletrônico, que lideraram os ganhos no mercado japonês.

BDRX (+5,90%)

O BDRX, que mede o desempenho dos BDRs negociados na B3, registrou forte alta em outubro, impulsionado pelos balanços positivos das grandes empresas de tecnologia. A Nvidia (NVDC34), com 11,08% de participação no índice, tornou-se a primeira companhia a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado e prepara novos acordos com Samsung e Hyundai no setor de chips de inteligência artificial. A Apple (AAPL34), com 9% de peso, alcançou US$ 4 trilhões em valor de mercado e reportou lucro líquido recorde de US$ 27,47 bilhões no quarto trimestre fiscal, com receita de US$ 102,5 bilhões — alta de 8% em relação ao ano anterior. A Amazon (AMZO34), com 5,74% de participação, registrou vendas de US$ 180,1 bilhões e lucro por ação de US$ 1,95, superando as projeções do mercado.

Ouro (+5,77%)

O ouro manteve desempenho positivo, alcançando o recorde de US$ 4.300 por onça pela primeira vez na história. A valorização foi impulsionada pela expectativa de cortes adicionais de juros nos EUA e pelo aumento da aversão ao risco em Nova York. Considerado um porto seguro em momentos de incerteza, o metal também foi favorecido pela busca de bancos centrais em reduzir a exposição ao dólar em suas reservas. Ainda assim, as negociações entre EUA e China limitaram parte dos ganhos, à medida que o alívio nas tensões comerciais reduziu a demanda por ativos defensivos.

Nasdaq Composite (+5,08%)

O índice Nasdaq, que reúne todas as ações ordinárias nacionais e internacionais listadas na bolsa americana, avançou em meio a um cenário positivo para o setor de tecnologia. O movimento foi impulsionado por fatores como o acordo de fornecimento de chips entre a AMD e a OpenAI, que reforçou o entusiasmo dos investidores com a inteligência artificial.

O corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pelo Federal Reserve também sustentou o otimismo, favorecendo especialmente as empresas de tecnologia. Além disso, os resultados trimestrais acima das expectativas de Apple e Amazon contribuíram para o desempenho positivo do índice ao longo de outubro.


Menores rentabilidades

Ethereum (-4,61%)

O Ethereum teve pelo segundo mês consecutivo o pior desempenho do mês, ampliando as perdas já registradas em setembro. O shutdown do governo americano e a ausência de indicadores econômicos aumentaram a incerteza e reduziram o apetite por risco, afetando diretamente o mercado cripto. A queda também foi intensificada após o Federal Reserve sinalizar que novos cortes de juros neste ano não estão garantidos. Além disso, o acordo comercial entre EUA e China reforçou a migração de recursos para ativos tradicionais, pressionando as criptomoedas.

Bitcoin (-2,51%)

O Bitcoin acompanhou o movimento de queda do Ethereum. A paralisação do governo americano e as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, de que a política monetária pode permanecer estável até dezembro, aumentaram a cautela dos investidores. No cenário doméstico, o avanço do Projeto de Lei 458/21, que permite regularizar ativos no exterior, incluindo criptomoedas, mediante tributação de 30%, também gerou impacto no setor. O texto aguarda nova votação no Senado.

Euro (-0,44%)

A queda do euro em outubro de 2025 foi influenciada pelo crescimento econômico fraco na Zona do Euro, pela redução mais lenta dos juros em relação aos Estados Unidos e por incertezas geopolíticas. O PIB do bloco avançou apenas 0,2% no trimestre, enquanto a política do Banco Central Europeu segue cautelosa diante da inflação de 2,1%. O recente corte de juros pelo Federal Reserve diminuiu a vantagem do dólar, mas o ambiente global ainda favorece a moeda americana devido à maior resiliência da economia dos EUA e às tensões comerciais que reduzem a confiança na Europa.

Outubro foi um mês de forte volatilidade e realocação de capital entre classes de ativos. O ambiente global de incerteza política nos Estados Unidos e os primeiros sinais de flexibilização monetária reforçaram a busca por oportunidades em mercados consolidados, enquanto o setor de tecnologia e o ouro mantiveram o protagonismo. Já os criptoativos e o euro sentiram o impacto direto da cautela dos investidores, refletindo um cenário em que o apetite por risco ainda depende da trajetória dos juros americanos e da recuperação da confiança econômica global.




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