Em 08/out/2014, pela manhã, o IBGE divulgou a inflação de setembro de 2014 medida pelo IPCA. Com a alta de 0,57% no mês passado, a variação em 12 meses chegou a 6,75%, valor acima do teto da meta de inflação, que é de 6,5%.
A variação de 0,57% em setembro surpreendeu o mercado, o qual esperava um número em torno de 0,47%. Com isto, o IPCA acumulado em 2014 chega a 4,61% em 9 meses, já superando a meta de 4,5% para este ano. Para que o teto da meta (de 6,5%) não seja ultrapassado, a variação média mensal dos últimos 3 meses de 2014 não pode ultrapassar 0,6%.
A maior variação no IPCA de set/14 ocorreu no grupo de Alimentação e Bebidas com alta de 0,78%, seguido do grupo Habitação, com alta de 0,77%. Acompanhe as variações por grupo do IPCA de setembro no gráfico abaixo.
Para ilustrar como a inflação do IPCA tem se comportado nos últimos anos, exibimos no gráfico abaixo a variação do IPCA em 12 meses no período de agosto de 1995 a setembro de 2014.
Em relação às variações mensais, não houve mais variações acima de 1% ao mês desde março de 2003, algo que acontecia com maior frequência nos anos iniciais do Plano Real, em grande parte por conta dos altos índices de inflação do período anterior. Acompanhe no gráfico abaixo, a variação mensal do IPCA no período de set/1994 a set/2014.
Em relação à meta de inflação, desde que este sistema de metas foi implementado em 1999, poucas vezes o limite superior foi extrapolado, como se pode ver no gráfico seguinte. Isto ocorreu em apenas 3 ocasiões, nos anos de 2001 a 2003.
No entanto, acompanhando a variação para períodos de 12 meses, pode-se ver que, em alguns momentos, o teto da meta foi extrapolado em momentos mais recentes (como neste último mês de setembro). Desde que a meta foi estabelecida em 4,5% ao ano, com intervalo de mais ou menos 2%, em 2006, em alguns períodos nos anos de 2011, 2013 e agora em 2014, esta variação de 12 meses ultrapassou o teto de 6,5%, como pode ser visto no gráfico abaixo. Vale destacar que, apesar do teto ter sido ultrapassado em alguns períodos, nos anos-calendários, o limite superior da meta de 6,5% foi respeitado, como já mostrado no gráfico anterior.
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