O Ibovespa encerrou a quarta-feira (12) em leve baixa de 0,07%, aos 157.633 pontos, interrompendo uma sequência de 15 pregões consecutivos de alta e 12 fechamentos recordes. A queda foi puxada principalmente por Petrobras, em meio ao tombo do petróleo, e pelo discurso mais cauteloso do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre os juros.

No exterior, o petróleo tipo Brent caiu 3,85%, cotado a US$ 62,65 por barril, após relatório da Opep apontar que a produção global superou a demanda em 500 mil barris por dia. A Arábia Saudita também reduziu o preço de exportação para a Ásia, reforçando a percepção de excesso de oferta. As ações da Petrobras (PETR4) recuaram 2,56%, enquanto PRIO (PRIO3) caiu 0,72% e PetroReconcavo (RECV3) despencou 5,08%.

Em discurso em São Paulo, Galípolo afirmou que o BC deve manter a Selic em patamar restritivo por mais tempo, reforçando o compromisso com a meta de inflação de 3%. Segundo ele, as decisões da autoridade monetária “não se baseiam em percepções políticas, mas em dados concretos”. O presidente do BC reconheceu a desaceleração da economia, mas avaliou que “o risco de um desaquecimento mais forte diminuiu”.

Entre as altas do dia, Vale (VALE3) subiu 1,11% e ajudou a limitar as perdas do índice. A mineradora foi destaque após análises indicarem que pode antecipar o pagamento de dividendos e JCP para evitar a nova tributação de 10% prevista para 2026. Segundo analistas, o rendimento total ao acionista pode chegar a 10% com dividendos e proventos extraordinários.

A Taesa (TAEE11) também se destacou, com avanço de 5,77%, após divulgar lucro de R$ 323,3 milhões no 3º trimestre, alta de 5,2% na comparação anual. Já a B3 (B3SA3) subiu 4,36% após o diretor financeiro afirmar que a Bolsa atua para ficar fora da proposta de taxação sobre fintechs e apostas online em tramitação no Congresso.

Entre as quedas, Banco do Brasil (BBAS3) recuou 2,85%, pressionado por expectativas de um resultado trimestral mais fraco e pela deterioração do crédito agrícola. A CVC (CVCB3) despencou 8,33%, devolvendo parte da forte alta da véspera, após balanço considerado “fraco” pelo BTG Pactual, apesar da melhora nas margens operacionais. A Cosan (CSAN3) caiu 4,04% após anunciar nova captação de R$ 1,43 bilhão em oferta de ações, interpretada como movimento para reduzir endividamento de R$ 23,5 bilhões.

No cenário externo, o mercado acompanhou o possível fim do shutdown nos Estados Unidos, após o Congresso aprovar o texto que garante o funcionamento do governo até janeiro. A medida reduz incertezas fiscais e pode abrir espaço para corte de juros pelo Federal Reserve.

As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:

Altas

• Taesa (TAEE11): +5,77%

• CSN (CSNA3): +5,05%

• B3 (B3SA3): +4,36%

• CSN Mineração (CMIN3): +4,23%

• Vivara (VIVA3): +3,85%

Baixas

• CVC (CVCB3): -8,33%

• PetroRecôncavo (RECV3): -5,08%

• Cosan (CSAN3): -4,04%

• C&A Modas (CEAB3): -3,27%

• Petrobras (PETR3): -2,99%

Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (12/11):

• Segunda-Feira (10): +0,77%

• Terça-Feira (11): +1,60%

• Quarta-Feira (12): -0,07%

• Na semana: +2,32%

• Em novembro: +5,41%

• No 4°tri./25: +7,79%

• Em 12 meses: +23,44%

• Em 2025: +31,05%

EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: +0,68%

• Nasdaq: -0,26%

• S&P 500: +0,06%

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