Ibovespa marca 12ª alta seguida em meio à cautela global

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Ibovespa marca 12ª alta seguida em meio à cautela global

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Foto: Shutterstock/Vintage Tone

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O Ibovespa encerrou a quinta-feira (6) praticamente estável, com leve alta de 0,03%, aos 153.339 pontos, mas emendando o 12º pregão consecutivo de valorização e o nono recorde histórico, em um dia de volatilidade e pressão externa.

Os investidores repercutiram a decisão do Copom, que manteve a Selic em 15% ao ano e indicou que não há pressa em iniciar o ciclo de cortes. No mercado, a leitura é de que uma redução dos juros só deve ocorrer a partir de 2026, reforçando o tom de cautela na política monetária.

Entre os destaques corporativos, o foco ficou em Petrobras (PETR4), que divulga seu balanço após o fechamento, com expectativa de retomada dos dividendos no terceiro trimestre. Analistas estimam distribuição entre US$ 2 bilhões e US$ 2,3 bilhões, impulsionada por maior produção e geração de caixa. As ações subiram 0,52%, contribuindo para o desempenho positivo do índice.

A Rede D’Or (RDOR3) foi outro destaque, avançando 8,36% após reportar lucro ajustado de R$ 1,46 bilhão, alta de 19,8% sobre o ano anterior, sustentado por forte geração de caixa e melhora na operação da SulAmérica.

A Minerva (BEEF3) registrou lucro líquido de R$ 120 milhões no terceiro trimestre, alta de 27,6% em relação a 2024. O Ebitda atingiu R$ 1,39 bilhão, recorde histórico, com avanço de 70,8% na comparação anual. A receita líquida subiu 82,5%, para R$ 15,5 bilhões, sendo 61% provenientes de exportações. A empresa destacou geração de caixa recorde de R$ 2,5 bilhões e redução da alavancagem para 2,5x Ebitda, menor nível desde 2022. Ainda assim, as ações caíram 13,48%, refletindo realização de lucros e ajustes de posição após o forte desempenho recente.

A Vale (VALE3) também foi notícia ao concluir a recompra de 89,4 milhões de debêntures perpétuas emitidas na época da privatização, equivalentes a 23% do total, por R$ 3,75 bilhões. O movimento reduz o custo da dívida, já que os papéis rendiam cerca de 13% ao ano em dólar, mais que o dobro dos bônus externos da companhia. As ações recuaram 0,35%.

A Brava Energia (BRAV3) reportou lucro líquido de R$ 120,7 milhões, queda de 75,8% na comparação anual, impactada por despesas financeiras ligadas ao projeto do FPSO Atlanta. O Ebitda ajustado ficou em R$ 1,3 bilhão, em linha com as projeções do Citi, que manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 25, o que representa potencial de alta de 63%. A empresa iniciou uma tendência de desalavancagem, com dívida líquida de R$ 9 bilhões (2,3x Ebitda), queda de 16% ante o trimestre anterior. O custo de extração caiu 21%, para US$ 15,7 por barril, e o capex recuou 19%, sinalizando ganhos de eficiência. Mesmo assim, as ações caíram 6,58%.

A Raia Drogasil (RADL3) subiu 3,76%, impulsionada pelo balanço do 3º trimestre. A receita líquida atingiu R$ 11,26 bilhões (+12,4%), e o lucro líquido ajustado, R$ 402 milhões (+19,3%). O varejo físico avançou 15,5%, com destaque para medicamentos de marca (+21%) e genéricos (+19,5%), beneficiados por produtos GLP-1. O canal digital teve alta de 62%, somando R$ 3 bilhões, e já responde por 26,7% da receita total.

A Totvs (TOTS3) apresentou lucro ajustado de R$ 248,7 milhões (+10,2%) e Ebitda de R$ 404,8 milhões (+22,7%), com margem de 26%. A receita líquida cresceu 18%, para R$ 1,56 bilhão, sustentada pela expansão da receita recorrente, que já representa 91% do total. A empresa aprovou Juros sobre Capital Próprio (JCP) de R$ 0,15 por ação, totalizando R$ 88 milhões, o que impulsionou alta de 3,00% nas ações.

A Vivara (VIVA3) registrou lucro líquido de R$ 176 milhões (+64,1%) e Ebitda ajustado de R$ 175 milhões (+37%), com margem de 26,3%. A receita líquida subiu 18%, para R$ 664,5 milhões, acima das projeções do mercado. A empresa destacou ganho de market share, melhorias em e-commerce e aplicativo, e se prepara para a Black Friday e o Natal. As ações avançaram 2,02%.

O Grupo Fleury (FLRY3) anunciou a compra do Femme Laboratório da Mulher, em São Paulo, por R$ 207,5 milhões, reforçando sua estratégia de expansão. No trimestre, a companhia reportou receita bruta de R$ 2,4 bilhões (+11,5%) e Ebitda de R$ 599,4 milhões, com margem de 27,4%. O lucro líquido foi de R$ 184,9 milhões, levemente abaixo do ano anterior, mas acima das expectativas. As ações avançaram 1,96%.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Rede D’Or (RDOR3): +8,36%

• RaiaDrogasil (RADL3): +3,76%

• Totvs (TOTS3): +3,00%

• Vivara (VIVA3): +2,02%

• Fleury (FLRY3): +1,96%


Baixas

• Minerva (BEEF3): -13,48%

• Magalu (MGLU3): -8,58%

• Brava Energia (BRAV3): -6,58%

• Lojas Renner (LREN3): -5,82%

• Braskem (BRKM5): -5,50%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (06/11):

• Segunda-Feira (03): +0,61%

• Terça-Feira (04): +0,17%

• Quarta-Feira (05): +1,72%

• Quinta-Feira (06): +0,03%

• Na semana: +2,54%

• Em novembro./2025: +2,54%

• No 4°tri./25: +4,86%

• Em 12 meses: +17,64%

• Em 2025: +27,48%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em queda:

• Dow Jones: -0,84%

• Nasdaq: -1,90%

• S&P 500: -1,12%


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