Ibovespa fecha estável à espera de Trump-Putin, com balanços e emprego em foco

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Ibovespa fecha estável à espera de Trump-Putin, com balanços e emprego em foco

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Foto: Shutterstock/Vintage Tone

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O Ibovespa encerrou a sexta-feira (14) estável com leve queda de 0,01%, aos 136.341 pontos, mas acumulou ganho semanal de 0,31%. O dia foi marcado por cautela antes do aguardado encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin, realizado no Alasca, com potencial de redefinir a geopolítica global. A reunião, que pode durar até sete horas, aborda temas como guerra na Ucrânia, segurança internacional e cooperação econômica. Trump declarou esperar um cessar-fogo imediato e antecipou novas tarifas sobre aço e chips. O Kremlin vê “potencial enorme” na cooperação comercial, enquanto economistas projetam que um entendimento entre EUA e Rússia poderia reduzir preços de energia e aliviar pressões inflacionárias, beneficiando o Brasil.

Nos EUA, dados de vendas no varejo de julho, com alta de 0,5% para US$ 726,3 bilhões, aliviaram preocupações sobre consumo, mas o Fed segue cauteloso. Austan Goolsbee, do Fed de Chicago, deixou aberta a possibilidade de corte de juros em setembro, embora alerte para sinais de pressão inflacionária. O mercado ainda precifica dois cortes em 2025.

No Brasil, o STF marcou para 2 de setembro o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, com previsão de oito sessões. Já a taxa de desemprego recuou para 5,8% no segundo trimestre, menor nível desde 2014, com quedas significativas em 18 Estados.

Entre os balanços, o Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no 2T25, queda de 60% ano a ano e abaixo das expectativas, afetado pelo aumento da inadimplência no agronegócio e PME. O ROE caiu para 8,2%, menor nível desde 2016, e o payout foi reduzido para 30%. Apesar do resultado fraco, as ações BBAS3 subiram 4,03% no dia, apoiadas na revisão do guidance e expectativa de recuperação no segundo semestre.

No setor de alimentos, Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) apresentaram resultados mistos, mas o mercado manteve visão positiva diante da perspectiva de fusão e reabertura de mercados externos. A MRFG3 disparou 8,75% e foi a maior alta do Ibovespa no dia, enquanto BRFS3 avançou 5,62%.

O Nubank reportou lucro líquido de US$ 637 milhões no 2T25, alta anual de 42%, e ROE de 28%, superando estimativas. A base de clientes chegou a 122,7 milhões nos três países em que atua, com receitas recordes de US$ 3,7 bilhões. As ações subiram 9,24% na NYSE.

No cenário global, os mercados aguardam o desfecho da cúpula Trump–Putin, que pode impactar desde os preços do petróleo até a inflação mundial.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Marfrig (MRFG3): +8,75%

• Pão de Açúcar (PCAR3): +6,74%

• BRF (BRFS3): +5,62%

• Banco do Brasil (BBAS3): +4,03%

• Azzas (AZZA3): +2,52%


Baixas

• Embraer (EMBR3): -4,21%

• São Martinho (SMTO3): -3,67%

• CSN (CSNA3): -2,87%

• Brava Energia (BRAV3): -2,01%

• Petz (PETZ3): -2,01%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: +0,08%

• Nasdaq: -0,40%

• S&P 500: -0,29%


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