O Ibovespa encerrou a quarta-feira (8) em alta de 0,56%, aos 142.145 pontos, impulsionado pela recuperação das ações do setor financeiro, enquanto investidores acompanharam com cautela as negociações da MP 1.303, que substitui o aumento do IOF e unifica a tributação do Imposto de Renda sobre investimentos.
O ambiente político, porém, conteve o ímpeto comprador. O governo enfrentou dificuldades para garantir a votação da medida (considerada crucial para o equilíbrio fiscal de 2026 e 2027) dentro do prazo. O relator Carlos Zarattini (PT-SP) admitiu risco de derrota no Congresso e afirmou que o Ministério da Fazenda pode recorrer a decretos tributários para compensar uma eventual perda de arrecadação. Já Lindbergh Farias elevou o tom, acusando setores do agronegócio e partidos aliados de “sabotagem fiscal”.
Entre os destaques do pregão, BTG Pactual (BPAC11) avançou 3,04%, apoiado por notícias de expansão no setor de energia. Itaú Unibanco (ITUB4) oscilou próximo da estabilidade, com leve alta de 0,19%, enquanto Santander (SANB11) recuou 0,21%. As ações da Vale (VALE3) subiram 0,77%, acompanhadas pela Metalúrgica Gerdau (GOAU4), que figurou entre as maiores altas do dia, com ganho de 2,34%, favorecida pela valorização das commodities. Já Petrobras (PETR4) caiu 0,58%, mesmo após anunciar investimentos de R$ 2,6 bilhões na Bahia, voltados à reabertura da Fábrica de Fertilizantes (Fafen) e à encomenda de embarcações para o setor naval.
No campo corporativo, as ações da Suzano (SUZB3) recuaram 2,17% após declarações do presidente do conselho, David Feffer, durante o congresso do IBGC, destacando que “não há empresa saudável em um mundo doente”, em referência à importância da sustentabilidade e da governança corporativa.
A Porto (PSSA3) também esteve no radar ao lançar produtos voltados ao público de altíssima renda, como cartões exclusivos e seguros para bens de alto valor. Mesmo assim, os papéis caíram 1,13%.
No setor de energia, setembro marcou o quinto mês consecutivo de queda na produção da PetroReconcavo (RECV3), acumulando retração de 1,9 mil barris de óleo equivalente por dia (kboed) desde o pico de abril. Segundo analistas, o recuo foi puxado pela menor extração no campo de Tiê, na Bahia. Especialistas classificaram o resultado como “marginalmente negativo”, embora mantenham recomendação de compra, projetando dividend yield médio de 12% ao ano entre 2025 e 2027. Ainda assim, as ações recuaram 1,61%.
Na B3, os investidores também acompanharam a tramitação da MP 1.303, que trata da taxação de aplicações financeiras e precisava ser aprovada até o fim do dia para não perder validade. O clima de expectativa impulsionou os papéis da B3SA3, que subiram 3,43%.
As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:
Altas
• Ultrapar (UGPA3): +5,55%
• B3 (B3SA3): +3,43%
• BTG (BPAC11): +3,04%
• RaiaDrogasil (RADL3): +2,87%
• Eneva (ENEV3): +2,43%
Baixas
• Hypera (HYPE3): -5,03%
• Brava Energia (BRAV3): -3,10%
• Suzano (SUZB3): -2,17%
• Minerva (BEEF3): -1,79%
• PetroRecôncavo (RECV3): -1,61%
Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (08/10):
• Segunda-Feira (06): -0,41%
• Terça-Feira (07): -1,57%
• Quarta-Feira (08): +0,56%
• Na semana: -1,42%
• Em outubro./2025: -2,80%
• No 4°tri./25: -2,80%
• Em 2025: +18,18%
EUA
Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:
• Dow Jones: 0,00%
• Nasdaq: +1,12%
• S&P 500: +0,58%
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