Desde o início do ano o mercado de trabalho do Brasil dá sinais muito claros de desaquecimento. Traduzindo, todo mês tem (muita) gente perdendo o emprego e a quantidade de vagas para novas oportunidades está cada vez menor. E, claro, toda esta situação tem impacto direto nas suas Finanças. O que fazer neste cenário?
Ninguém quer ficar desempregado e nem desejamos isto a nenhuma pessoa, mas é preciso sempre se preparar para estas situações difíceis. Vamos então listar alguns cenários hipotéticos e tentar imaginar qual o melhor comportamento para cada um deles.
Já estou desempregado.
Se você já está sem emprego, não adianta planejar muito, o negócio é tomar ações o mais urgente possível.
Em primeiro lugar, é imprescindível cortar todas as despesas possíveis. Não importa se você tem uma boa reserva financeira ou se há grandes possibilidades de conquistar outro emprego: em se tratando de Orçamento Doméstico, o negócio é ser mais pessimista do que otimista. Prepare-se para um cenário pior … caso as cosias saiam melhor do que você imaginou, é lucro!
Na hora de procurar emprego, não se esconda e use o seu “networking”! É comum ficarmos com receio de falarmos com amigos e familiares sobre a nossa situação. Mas isso é importante: estas pessoas podem lhe ajudar muito, indicando e recomendando-o para oportunidades.
Não se esqueça de buscar os seus direitos: seguro-desemprego e FGTS são bons exemplos de rendas extras que são importantes neste momento. E principalmente, não gaste este dinheiro com supérfluos!
E, caso apareça um emprego para um cargo que não seja o mesmo que você tinha antes, não o descarte! Lembre-se que é sempre melhor estar empregado do que desempregado!
Ainda estou empregado, mas minha empresa não está bem.
Neste cenário, o planejamento é fundamental! Novamente, a ideia não é “ser pessimista e ficar pensando no pior”, mas sim se preparar para uma situação de desemprego que pode ocorrer com uma certa probabilidade.
Do ponto de vista Financeiro, o negócio é aumentar as suas reservas para imprevistos. Uma maneira de conseguir isso é aumentando a renda, mas neste caso isso só seria possível com trabalhos paralelos. A outra maneira é o clássico corte despesas … não tem jeito, o melhor é começar agora para não ter tantas preocupações no futuro.
Com relação aos investimentos, o ideal é buscar os produtos financeiros que sejam mais conservadores e com boa liquidez, como renda fixa e Tesouro Direto.
Investimentos mais arriscados como ações não são recomendados: o seu emprego já está em risco, não vale a pena correr outros riscos adicionais. Fuja também de investimentos menos ‘líquidos’, como imóveis ou produtos financeiros com uma grande carência de resgate: na hora do aperto, vai ser difícil transformar estes ‘bens’ em dinheiro vivo.
Estou empregado e bem no emprego.
Esta situação já é bem mais confortável, parabéns! Mas não se acomode. Aproveite para se ‘blindar’ contra estes contratempos da vida.
Todos, até os mais bem-sucedidos profissionalmente, estão sujeitos a perder o emprego. O importante é sempre aumentar a sua ‘empregabilidade’ e estar preparado para eventuais “momentos de férias prolongadas” no percurso!