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Black Friday: consumo planejado para evitar entrar no vermelho

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Black Friday: consumo planejado para evitar entrar no vermelho

Planejamento Financeiro (9)

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Décimo terceiro na conta, vacinação no Brasil em estágio avançado e uma avalanche de promessas de promoção. Esse é o resumo da Black Friday, evento importado dos Estados Unidos e que acontece oficialmente no dia 26 de novembro.

Promoção todo mundo gosta e isso não se discute, mas não saber lidar com os apelos consumistas pode anular os efeitos até mesmo de bons descontos. É por isso que o consumidor precisa estar preparado para usar as oportunidades com inteligência – e dentro do orçamento.

Defina prioridades

Priscila Agra, assessora de investimentos da Guide Investimentos, afirma que a principal dica para esse período de promoções é evitar as compras por impulso. Não ceder aos apelos de consumo fica mais fácil se o consumidor tiver em mente quais itens realmente são necessários. Nas compras online, vale a pena pesquisar em diferentes sites antes de concluir a aquisição. Nas compras presenciais, a dica é sair da loja e refletir sobre a necessidade da compra.

Na prática, é seguir um pouco do que o personagem Julius, da série “Todo Mundo Odeia o Chris”, sempre repete: se não comprar nada o desconto é maior.

“Pode parecer uma oportunidade incrível pelo desconto, mas ao comprar algo desnecessário, a pessoa fica com menos dinheiro no bolso para aquilo que precisa ou para investir”, diz a assessora.

Pesquise preços

Além de fazer uma lista do que é necessário e um orçamento delimitado para isso, Agra também aconselha a fazer pesquisas de preço antes de sair para as compras.

Para quem ainda não fez essa pesquisa, uma das saídas é consultar sites como o Zoom, Precifica e Buscapé, que mostram o histórico de preços de determinados produtos, em especial os de maior valor (geladeiras, celulares, televisores).

Evite dívidas

A outra dica da consultora é não se endividar para comprar o que não é essencial. Afinal, o desconto vai ser comido pelos juros do empréstimo. Também alerta para o cuidado com as compras no cartão de crédito mesmo na opção parcelado de juros. A ideia aqui é não gerar um comprometimento de renda desnecessário.

A atenção com o comprometimento de renda e gastos não essenciais se torna mais necessária no momento em que a inflação está acima de 10%, o desemprego ainda está elevado e o endividamento das famílias está em patamares altos.

Mas mesmo com esse quadro, a expectativa é de vendas maiores na Black Friday. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) espera que a data movimente R$ 6,4 bilhões no dia 26, alta de cerca de 25% na comparação com o ano passado. Os gastos ao longo da semana, uma vez que alguns varejistas já estão com promoções ativas, deve chegar a R$ 10,3 bilhões.

A consultoria de consumo Bare Internacional fez um levantamento que aponta que 84% dos brasileiros têm o desejo de comprar algo na Black Friday, sendo que a maior parte prefere a compra online.

Cuidado com golpes

É nesse ambiente virtual que mora outro perigo, além do consumo excessivo e das promoções não tão vantajosas assim. Tânia Alves, gerente geral da Bare, alerta para o risco de sites falsos, que anunciam produtos a preços chamativos (e irreais).

“Ao ver um produto a um preço muito baixo em um site desconhecido, desconfie. O golpe pode ser duplo. A compra de um produto que nunca chega e a clonagem do cartão”, diz.

Para evitar esse tipo de situação, Alves recomenda pesquisar a empresa no Reclame Aqui, plataforma que reúne e avalia o atendimento de empresas de diferentes setores, além de se atentar aos dados do site ou do link sobre a promoção.

É comum receber por e-mail ou aplicativos de mensagem, como o Whatsapp, anúncios de promoção. Uma das formas de evitar uma falsa promoção é olhar o domínio, que é o endereço principal de um estabelecimento. O do Boticário, por exemplo, usa o domínio boticario.com.br. Todas as páginas atreladas a esse estabelecimento terão esse domínio. Sites falsos terão endereços não relacionados a esse domínio ou apenas parecidos.

A Fundação Procon-SP, também de olho em possíveis golpes que ocorrem na esteira de uma temporada de promoções, criou uma lista de sites suspeitos. O “Evite esses sites” traz o endereço do site, CNPJ e se a página se encontra ativa ou não.

Deu errado?

Quem já fez alguma compra em eventos comemorativos já deve ter enfrentado atrasos na entrega ou problemas na cobrança. O que fazer nessa hora?

Caso a compra não seja entregue, o estabelecimento precisa ressarcir o consumidor, mesmo que o produto tenha sido enviado, mas extraviado no caminho.

Se a compra atrasar ou o produto não agradar ao consumidor, é também possível fazer o cancelamento. Nos casos em que a compra é feita fora do estabelecimento comercial, como compras pela internet ou catálogo, o artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) garante sete dias para cancelar a compra ou trocar o produto

Já o artigo 35 prevê que se o estabelecimento não cumprir as condições da oferta, cabe ao consumidor escolher entre exigir que as condições sejam atendidas, cancelar a compra ou aceitar um produto equivalente.

Se o lojista não atender a essas regras, o consumidor tem duas opções. A primeira é reclamar no Procon. A segunda é entrar com uma ação no Juizado Especial Cível, mais conhecido como “pequenas causas”, uma vez que as indenizações são limitadas a 20 salários mínimos.

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