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Férias no exterior? Planejar compra de dólar ajuda a pagar menos pela moeda

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Dezembro chegou e um dos pensamentos que mais surge é: para onde vou viajar nas férias? Fazer uma viagem de última hora é ótimo, mas se o destino é o exterior, a falta de planejamento pode arruinar suas finanças. Qualquer gasto deve ser planejado, e a atenção deve ser redobrada quando o plano envolve gastos em moeda estrangeira.

Em 2021, a cotação do dólar acumula alta de 8,26%. Começou o ano abaixo de R$ 5,20 e agora é negociada a mais de R$ 5,60. E o problema não é só a depreciação do real, mas também a volatilidade. Querer acertar o dia em que a cotação estará mais favorável para a compra é tarefa quase impossível, principalmente se o turista tem pouco tempo para executar as compras.

Se a viagem foi marcada de última hora, não há muito o que fazer. Resta comprar a quantidade de moeda estrangeira necessária e que caiba no seu orçamento, e ir para o aeroporto. Agora, para quem tem um horizonte maior de tempo, é possível se planejar e não ter que reduzir o roteiro para compensar a alta do dólar.

Na visão de especialistas, o melhor é adotar o “preço médio”. Ou seja, fazer compras mensais todos os meses. Para uma viagem que será feita em julho e o gasto estimado é de US$ 1,5 mil, a pessoa terá sete meses para diluir essa compra.

“Não tem como fugir disso. Não adianta esperar a cotação cair, querer especular, ainda mais que teremos um ano eleitoral, em que a volatilidade é maior”, disse Fernando Giavarina, responsável pela área de câmbio do escritório de agentes autônomos Valor Investimentos.

Passivo em dólar

Ele cita como exemplo a variação do dólar ao longo do ano. Quem vai viajar na atual temporada de férias e não se programou, pagará uma cotação próxima de R$ 5,70. Já quem fez compras mensais, teve um custo médio de R$ 5,40 por dólar, uma economia de R$ 300 a cada US$ 1 mil.

Marcelo Lara, gestor da Journey Capital e planejador financeiro CFP, lembra que a pessoa que decide viajar ao exterior precisa assumir que tem um passivo em dólar e ver se esse passivo se encaixa em seu orçamento.

Para quem já tem o dinheiro disponível, o conselho de Lara é fazer a compra antecipada da moeda estrangeira que irá precisar, quitando esse passivo.

“É uma forma de travar o risco e fazer uma viagem que cabe no orçamento”, disse.

Já para quem não tem ainda a viagem definida, a sugestão é fazer uma estimativa de preços e começar a fazer as compras mensais do dólar, para conseguir um preço médio mais favorável.

Dinheiro, cartão ou fundo?

Além do planejamento da compra, o turista também precisa pensar em como irá armazenar esses recursos: cartão pré-pago, em espécie, fundo cambial ou mantendo uma conta no exterior?

O fundo cambial, embora ofereça uma proteção contra a variação da moeda, é o menos indicado. Lara lembra que o ganho sobre o capital aplicado será taxado com Imposto de Renda (IR), que segue a tabela regressiva da renda fixa (começa em 22,5% e vai caindo até 15% após dois anos de aplicação).

“É um instrumento de proteção cambial, mas o fundo tem a ineficiência tributária”, explicou Lara.

Sobra ao turista se decidir entre a moeda estrangeira em espécie ou no cartão pré-pago. A primeira, tem um Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,1%. Já no cartão pré-pago, é de 6,38% (mesma alíquota para o uso do cartão de crédito no exterior).

A princípio, o dinheiro em espécie é mais vantajoso, mas ele costuma ter uma taxa de câmbio entre 4% e 4,5% superior ao dólar comercial, contra um spread em torno de 2% da cotação do cartão pré-pago. A diferença está relacionada a questões de segurança e transporte do dinheiro em espécie.

“O cartão há um IOF maior, mas é a forma mais segura de transportar o dinheiro. Tudo isso deve ser levado em conta”, conta Cristiane Quartaroli, economista do banco Ouroinvest.

Por fim, e mais recente, há as contas internacionais oferecidas por algumas instituições financeiras digitais, como C6 Bank e a Avenue Banking. Nesses dois casos, o usuário vai fazer uma remessa de sua conta em reais para a conta global. O IOF será de 1,1%. Nos dois casos, o cliente recebe um cartão de débito para fazer as despesas no exterior e não é cobrada tarifa de manutenção da conta.

Quartaroli lembra que se programar é a melhor opção e reforça a questão da volatilidade. Ela lembra que ao olhar o boletim Focus, a previsão é que o dólar terminará 2022 em patamares parecidos com os atuais, a R$ 5,55.

“Essas projeções mudam ao longo do ano. O dólar já é uma variável muito volátil, ainda mais em um ano eleitoral, em que a incerteza sobre o rumo da economia é maior”, disse.

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