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O que é inflação e como ela influencia meu bolso?

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O que é inflação e como ela influencia meu bolso?

Planejamento Financeiro (27)

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Ah, a inflação. Você definitivamente sabe o que ela é e o que ela representa para o seu bolso, talvez o que não saiba é dar nome aos bois. Pois bem, vamos esclarecer isso agora. 

Quando o preço dos alimentos e/ou dos serviços aumenta, o nome dado a essa variação é inflação. Ela implica na diminuição do poder de compra do dinheiro. Vamos de exemplo para ficar mais claro. 👇

Se há alguns anos você comprava 5 pães com R$1, mas agora só compra 1 pão e olhe lá, é porque a inflação aumentou e o valor do real diminuiu. 

Essa perda de valor do real afeta todos os preços: dos alimentos, dos serviços, dos aluguéis, dos salários e até mesmo os rendimentos dos investimentos. 

Acompanhar como anda a inflação do país é importante para todos os cidadãos, ainda mais para aqueles que investem no mercado financeiro. A questão é: quais são os indicadores de preços do Brasil e quais as diferenças entre eles? 

Porque sim, existe mais de um indicador de preços e cada um deles considera a variação de produtos e serviços diferentes, com o objetivo de ser mais preciso no acompanhamento dos preços. 

Fica com a gente que até o final deste texto você vai entender: 

  • Por que é importante medir a inflação? 
  • Quais os principais indicadores de inflação do Brasil? 
  • Para que servem os indicadores de inflação? 
  • Como proteger meu dinheiro da inflação? 

Por que é importante medir a inflação? 

Grandes variações nos preços de produtos e serviços geram grandes incertezas na economia. Quando a inflação cresce muito ou diminui muito fica difícil avaliar se algo está barato ou caro, com isso, pessoas e empresas perdem a noção dos preços relativos, o que prejudica o crescimento econômico. 

Sem um indicador para nortear o quanto os preços aumentaram ou diminuíram, os investimentos ficam paralisados, as taxas de juros não tem base de cálculo e o caos é instalado. 😱 

Brincadeiras à parte, a dívida pública, os contratos de aluguéis, os rendimentos de investimentos, entre outros produtos financeiros, se baseiam na inflação. Cada um da sua forma, claro. Por isso, nesse ponto chegamos ao próximo tópico: 

Quais os principais indicadores de inflação do Brasil? 

IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo

Aqui no Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador de inflação mais influente da economia, embora existam outros, que vamos falar mais na frente. Além dele ser atrelado ao rendimento de vários tipos de aplicações, também indica o patamar geral do desempenho econômico do país. Mas, vamos por partes. 

Criado em 1979, naquele tempo e até hoje o IPCA tem um objetivo bastante claro: medir a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços do varejo, consumidos pela maior parte das famílias brasileiras, por isso o destaque para “consumidor amplo” no nome do indicador. 

Nesse sentido, a metodologia tem como princípio abranger 90% das pessoas que vivem nas áreas urbanas do país e, para isso, o alvo são famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, independente de qual seja a fonte de renda. 

Como é calculado? 

Para chegar ao índice de preços, coleta-se entre os dias 1º e 30 de cada mês os valores de produtos específicos em lojas e estabelecimentos de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos (como água ou energia elétrica), além da internet.

A cesta de produtos e serviços pesquisados envolve itens de naturezas variadas. Segundo o instituto, são avaliados preços de alimentação e bebidas, artigos de residência, comunicação, despesas pessoais, educação, habitação, saúde e cuidados pessoais, transportes e vestuário.

Porém, cada classe de consumo possui um peso diferente na hora de calcular o IPCA, afinal, existem 465 subitens dentro das categorias principais e cada um tem um peso no cotidiano das famílias também. Veja só:

  • Alimentação e bebidas – 23,12%
  • Artigos de residência – 4,69%
  • Transportes – 20,54%
  • Comunicação – 4,96%
  • Despesas pessoais – 9,94%
  • Habitação – 14,62%
  • Saúde e cuidados pessoais – 11,09%
  • Vestuário – 6,67%
  • Educação – 4,37%

De acordo com o IBGE, órgão responsável pelo indicador, é feito o levantamento mensal em 13 áreas urbanas do país, com quase 430 mil preços em 30 mil locais. “Todos esses preços são comparados com os preços do mês anterior, resultando num único valor que reflete a variação geral de preços ao consumidor no período”, informa o instituto.

Para saber mais, clique aqui e tenha acesso aos relatórios e outras informações sobre o IPCA.

IGPM – Índice Geral de Preços – Mercado 

Outro indicador de variação de preços é o IGP-M,  da Fundação Getúlio Vargas.

Concebido  antes do IPCA, o IGP-M nasceu no final dos anos 1940 para ser um indicador abrangente do movimento de preços. Nesse sentido, o objetivo era englobar não apenas diferentes produtos e atividades, mas também etapas distintas do processo de produção de matéria-prima.

Por isso, o IGP é um índice composto, ou seja, o resultado final é uma média de outros três índices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com cada um deles tendo um peso difente no valor do indicador (60% para o IPA, 30% para o IPC, 10% para o INCC).

INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor 

Muito similar ao IPCA, o INPC também é uma pesquisa do IBGE e tem o mesmo sistema de cálculo, inclusive. A diferença entre os dois indicadores está no detalhe “amplo”. Se o IPCA leva em consideração o consumo de famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, o INPC compreende somente aquelas com rendimentos de 1 a 5 SM. 

Neste caso, o objetivo é a apuração específica dessa faixa de renda mais pobre, para que haja uma cobertura maior da variação de preço para populações mais vulneráveis, já que o movimento dos preços em itens básicos como alimentação e transporte, entre outros, afeta mais esse nicho familiar. 

Para que servem os indicadores? 

A maior parte dos ajustes financeiros tem como base a variação da inflação. Quando sindicatos negociam aumentos de salário, eles usam o INPC como referência. Quando contratos de aluguéis passam por ajustes anuais, eles usam o IGP-M como base. Já o IPCA, ele é a principal referência de inflação do país, utilizado por especialistas para avaliações econômicas diversas. 

Os números desses indicadores ajudam a entender o “valor real” das coisas. Veja só: 

Digamos que no ano passado o seu salário era de R$ 4.245,00. No final do ano, o INPC acumulado era 5,45%. Isso quer dizer que, ao longo do ano, o seu salário perdeu 5,45% do poder de compra.

Em 2021, para você ter o mesmo nível salarial, com o mesmo “valor real”, o salário teria que ser R$ 4.476,35. 

No mundo financeiro, o conceiro de “valor real” muda de nome para “rentabilidade real”, que indica o quanto uma aplicação rende, descontada a inflação. 

A “rentabilidade real” é muito importante para investimentos de renda fixa, porque ela mostra quando o retorno realmente vale a pena. Vamos de exemplo de novo. 

No ano passado, o IPCA fechou o ano com alta de 4,52%. Suponhamos que em janeiro você aplicou R$ 1 mil em um investimento que rende 3,5% ao ano. No final de 2020, sua aplicação teve uma rentabilidade real de -1,02%. Ou seja, o dinheiro não acompanhou a inflação e ele vale menos agora do valia no ano passado.

Para calcular bons investimentos, é importante levar em consideração que o dinheiro deve render acima desses indicadores, para que ele aumente em valor e em poder de compra, caso contrário, embora não seja uma perda de valor literal, trata-se da diminuição do poder de compra. 

Como proteger meu dinheiro? 

Para muitos investidores, o mais básico dos objetivos é a proteção do dinheiro contra a corrosão da variação de preços do país. Para isso, é importante escolher aplicações que, de algum modo, considerem os valores da inflação na sua base de seus cálculos. 

Títulos de renda fixa 

Existem papéis que atrelam seus rendimentos aos indicadores mais importantes, caso do Tesouro IPCA, por exemplo. Dessa forma, existe a garantia de que, no vencimento do título, o valor de juros pago na aplicação irá superar a alta da moeda no mesmo período. 

→ Saiba mais em: O que é a renda fixa? Conheça os primeiros passos para começar a investir

Mercado acionário

Investir em empresas que tem seus produtos ou serviços reajustados frequentemente de acordo com oo índice de preços também é uma opção. É o caso de companhias de energia elétrica e saneamento básico. Porém, por se tratar de um mercado volátil, a aplicação está sujeita a valorização e desvalorização ao longo do tempo de aplicação, então é importante conhecer bem o universo da renda variável. 

→ Saiba mais em: O que são ações e quais os principais tipos?

Fundos imobiliários 

Como falamos logo acima, os preços de aluguéis tem como base o IGP-M, de modo que, investir nos papéis imobiliários também é uma forma de proteger o dinheiro contra a variação. Principalmente porque os rendimentos mensais desses investimentos refletem as variações calculadas no mês. 

Claro que, assim como as ações, os FIIs também tem seus riscos, mas esses você conhece aqui 👇

→ Saiba mais em: FIIs são uma boa opção? Veja levantamento do TM sobre esse investimento!

Seja qual for sua escolha de proteção financeira, todas as opções você encontra em um lugar: o TradeMap. Por lá você tem acesso aos fundos de renda fixa, às cotações das ações e aos fundos imobiliários também. 

Mais do que isso, o aplicativo tem indicadores que permitem a comparação com os números de inflação, além de relatórios de especialistas exclusivos, caso queira uma segunda opinião sobre os riscos. 

Não perca mais tempo, acesse agora o TradeMap Web e comece a investir! 

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