Com a variação de 0,74% registrada neste mês de maio, o IPCA acumulado nos últimos 12 meses chegou a 8,47%, maior valor desde dezembro de 2003, quando a variação em 12 meses havia atingido 9,28%. No ano de 2015, o IPCA já acumula 5,34%, já caminhando para estourar o teto de 6,5% da meta. Esta meta, de 4,5%, já havia sido superada em abril. Novamente, a energia elétrica foi a principal vilã no mês, com aumento médio de 2,77%.

No gráfico abaixo, pode-se ver claramente a trajetória ascendente da inflação nos últimos meses.

Observando apenas as variações mensais do IPCA no próximo gráfico, pode-se verificar que estes cinco meses de 2015 apresentaram inflação bastante superior aos dos mesmos cinco meses de 2014. O período de janeiro a maio de 2014 apresentou um IPCA acumulado de 3,33%, contra 5,34% em 2015.

Analisando a variação no mês de maio por grupo, Alimentação e Bebidas registrou variação de 1,37%, superando Habitação, que teve 1,22%. O único grupo a registrar deflação foi Transportes, com -0,29%.

Já nestes 5 meses de 2015, o grupo Habitação foi o que teve a maior variação, com 11,50%, seguido de Educação com 7,28%. Neste período, o único grupo a registrar deflação foi Comunicação, com -0,56%.

Na análise dos últimos 12 meses, novamente o grupo Habitação foi o grande vilão, com variação de 17,59%. Alimentação e Bebidas com 8,80% e Educação, com 8,42%, vêm a seguir. Comunicação foi o único grupo com deflação: -1,12%.

A explicação para o grupo Habitação ter tido esta grande variação aparece no item Energia Elétrica. Na média nacional, a variação em 12 meses foi de 58,47% e em 2015 foi de 41,94%. Curitiba foi a região com maior variação em 12 meses: 85,51%! Porto Alegre, por sua vez, apresentou a maior variação na tarifa de energia elétrica no ano de 2015: 51,70%.

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