Ibovespa supera 154 mil pontos e consolida rali histórico

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Ibovespa supera 154 mil pontos e consolida rali histórico

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Foto: Shutterstock/NikoNomad

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O Ibovespa encerrou a sexta-feira (7) em alta de 0,47%, aos 154.064 pontos, pela primeira vez na história acima dos 154 mil, emendando o 13º pregão consecutivo de valorização, a segunda semana seguida com todos os dias em alta e o décimo recorde de fechamento. O movimento foi sustentado por resultados corporativos positivos e pela força de Petrobras (PETR4), que divulgou um lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre e anunciou R$ 12,16 bilhões em dividendos. O pagamento, equivalente a R$ 0,94 por ação, será feito em duas parcelas em 2026, beneficiando investidores com posição até 22 de dezembro. As ações da estatal avançaram 3,77%, dando o principal impulso ao índice.

O resultado da Petrobras reforçou a resiliência operacional mesmo diante da queda do petróleo, com Ebitda ajustado de R$ 63,9 bilhões, levemente acima do trimestre anterior. Analistas destacaram o fluxo de caixa robusto e a disciplina financeira, ainda que o novo plano estratégico da empresa, previsto para o fim do mês, possa redefinir o ritmo de investimentos e a distribuição de proventos. A presidente Magda Chambriard afirmou que a companhia “está preparada para mais 72 anos” e rebateu o ceticismo do mercado ao dizer que “quem apostar contra a Petrobras vai perder”.

Entre as demais companhias, a SLC Agrícola (SLCE3) encerrou o trimestre com prejuízo líquido de R$ 14,5 milhões, melhora de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado subiu 14,7%, para R$ 531 milhões, impulsionado por ganhos de produtividade nas safras de soja e milho. A empresa também anunciou uma parceria com fundos do BTG Pactual, voltada à expansão de projetos de irrigação e infraestrutura na Bahia, com investimentos de R$ 1,03 bilhão. As ações subiram 4,16%.

No exterior, o mercado reagiu à queda de 22% nas exportações chinesas de carne de frango em outubro, frente ao mesmo mês de 2023, segundo a Administração Geral de Alfândegas da China. O recuo afeta empresas como Marfrig  (MBRF3) e Minerva (BEEF3), dependentes da demanda asiática. A Minerva reportou lucro líquido de R$ 1,6 milhão, queda de 98,6% em relação ao ano anterior, pressionada pela desaceleração das exportações e pelo aumento dos custos com gado. As ações caíram 4,83%, enquanto a Marfrig (MRFG3), que apresentou desempenho mais sólido, avançou 5,96% e liderou as altas do Ibovespa.

Já a Vale (VALE3) recuou 1,10%, mesmo após o minério de ferro registrar alta semanal de 2,4%, sustentada pela expectativa de novos estímulos à construção civil na China. Investidores monitoram também o avanço das discussões sobre o projeto de lei que propõe taxar exportações de minério, o que pode afetar a rentabilidade do setor caso avance no Congresso.

No setor de educação, a Cogna (COGN3) registrou lucro líquido de R$ 84,9 milhões, revertendo prejuízo do ano anterior, com destaque para o desempenho da Vasta, subsidiária de soluções educacionais. Apesar do resultado, as ações caíram 6,93%.

Entre as empresas de energia, a Raízen (RAIZ4) reportou lucro líquido de R$ 1,45 bilhão, alta de 28%, impulsionado pela expansão da produção de etanol de segunda geração e pelo aumento das exportações de açúcar. O resultado reforça o papel da companhia como uma das principais apostas na transição energética na B3. Ainda assim, as ações caíram 5,62%.

No cenário internacional, , o vice-presidente do Federal Reserve, Philip Jefferson, afirmou que as decisões de juros seguirão “baseadas nos dados disponíveis”, o que elevou para 67% as apostas de corte da taxa básica em dezembro.

Com resultados corporativos sólidos e o aumento do apetite estrangeiro por ativos brasileiros, o Ibovespa segue acumulando ganhos expressivos e reforçando o otimismo dos investidores, que veem na bolsa local um refúgio de valorização em meio à volatilidade global.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Marfrig (MBRF3): +5,86%

• Petrobras (PETR3): +4,83%

• SLC Agrícola (SLCE3): +4,16%

• Fleury (FLRY3): +3,97%

• Cyrela (CYRE3): +3,86%


Baixas

• Cogna (COGN3): -6,93%

• PetroRecôncavo (RECV3): -6,39%

• Raízen (RAIZ4): -5,62%

• Minerva (BEEF3): -4,83%

• Lojas Renner (LREN3): -4,19%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (07/11):

• Segunda-Feira (03): +0,61%

• Terça-Feira (04): +0,17%

• Quarta-Feira (05): +1,72%

• Quinta-Feira (06): +0,03%

• Sexta-Feira (07): +0,47%

• Na semana: +3,02%

• Em novembro./2025: +3,02%

• No 4°tri./25: +5,35%

• Em 12 meses: +18,80%

• Em 2025: +28,08%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: +0,16%

• Nasdaq: -0,22%

• S&P 500: +0,13%


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