Ibovespa sobe com petróleo em disparada e balanços mistos no radar

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Ibovespa sobe com petróleo em disparada e balanços mistos no radar

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Foto: Shutterstock/saicle

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O Ibovespa fechou a sexta-feira (14) em alta de 0,37%, aos 157.739 pontos, próximo de seu recorde histórico. O avanço foi impulsionado pela forte disparada do petróleo, após a Rússia suspender as exportações no porto de Novorossiisk, responsável por cerca de 2% da oferta global, devido a um ataque de drones ucranianos. O choque de oferta elevou o Brent em 2,05% e o WTI em 2,22%, aumentando a percepção de risco no abastecimento mundial. No Brasil, o movimento impactou as petroleiras: Petrobras (PETR4) avançou 0,65%, enquanto PetroRecôncavo (RECV3) recuou 1,60%.

Vale (VALE3) teve dia volátil e caiu 0,61% após a notícia de que deve registrar uma provisão extra de US$ 500 milhões no 4º trimestre, por causa do processo internacional ligado ao rompimento da barragem de Fundão. A Justiça britânica reconheceu corresponsabilidade da BHP, permitindo avanço do caso, decisão vista como vitória pelos atingidos.

No exterior, mesmo com o fim do impasse do shutdown nos EUA, persistem incertezas sobre novos indicadores econômicos e os próximos passos do Federal Reserve, diante de uma inflação ainda resistente. Na China, a produção industrial decepcionou, enquanto o varejo veio um pouco melhor, mas insuficiente para sugerir recuperação firme.

No Brasil, o mercado acompanhou a reunião de diretores do Banco Central com economistas, em busca de sinais sobre o início do ciclo de corte da Selic, e a divulgação dos dados da Pnad Contínua, que registraram queda de 14,2% no número de pessoas que procuraram emprego por menos de um mês no terceiro trimestre deste ano, ante o mesmo período do ano passado, reforçando a resiliência do mercado de trabalho.

Entre os destaques corporativos, Yduqs (YDUQ3) liderou as quedas (-6,94%) após um balanço fraco, marcado por queda de 36% no lucro líquido e pressão nas operações digitais e presenciais. Apesar de alguns pontos positivos, como geração de caixa e desempenho do segmento premium, o mercado reagiu mal.

IRB Re (IRBR3) também caiu (-2,44%) após lucro abaixo do esperado (R$ 99 milhões), pressionado por maiores despesas administrativas, embora analistas ainda vejam potencial de recuperação.

No setor elétrico, Cemig (CMIG4) recuou 5,31% após lucro de R$ 796,7 milhões, queda de 75,7% na comparação anual, em um trimestre considerado fraco, agravado pelo aumento do endividamento e pelo ruído político sobre uma possível privatização.

Por fim, Hapvida (HAPV3) voltou ao foco após o tombo da véspera. A controladora e a própria empresa compraram cerca de R$ 750 milhões em ações após o balanço fraco, que mostrou Ebitda 11% abaixo do esperado, custos em alta, dívida maior e caixa negativo. Ainda assim, bancos como BTG, JP Morgan e Goldman revisaram projeções para baixo. As ações recuaram mais 5,82% no dia.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Marfrig (MBRF3): +11,98%

• Braskem (BRKM5): +7,85%

• Magalu (MGLU3): +5,85%

• Localiza (RENT3): +4,78%

• Cyrela (CYRE3): +3,86%


Baixas

• Yduqs (YDUQ3): -6,94%

• Hapvida (HAPV3): -5,82%

• Cemig (CMIG4): -5,31%

• Cogna (COGN3): -3,35%

• IRB (IRBR3): -2,44%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (14/11):

• Segunda-Feira (10): +0,77%

• Terça-Feira (11): +1,60%

• Quarta-Feira (12): -0,07%

• Quinta-Feira (13): -0,30%

• Sexta-Feira (14): +0,37%

• Na semana: +2,39%

• Em novembro: +5,48%

• No 4°tri./25: +7,87%

• Em 12 meses: +23,43%

• Em 2025: +31,14%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: -0,65%

• Nasdaq: +0,13%

• S&P 500: -0,05%


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