O Ibovespa fechou a segunda-feira (24) em alta de 0,33%, aos 155.278 pontos, sustentado pelo ambiente externo positivo e pela força das ações ligadas ao consumo doméstico. O Boletim Focus trouxe revisões baixistas para a Selic de 2026 e 2028 e para o IPCA, reforçando o apetite por empresas sensíveis ao ciclo econômico. Entre as maiores altas do dia, Magazine Luiza (MGLU3) +2,80%, Assaí (ASAI3) +3,88% e C&A (CEAB3) +2,92% se destacaram. Fora do índice, Neoenergia (NEOE3) saltou 7,04% após a Iberdrola protocolar na CVM uma oferta pública de aquisição.

A sessão também foi marcada por um aumento de cautela diante do ruído político em Brasília, depois da indicação de Jorge Messias ao STF, reacendendo tensões entre governo e Congresso.

No exterior, o clima segue otimista apesar da semana mais curta pelo feriado de Ação de Graças, com expectativa crescente de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro. Contribuíram para isso as declarações de John Williams, do Fed de Nova York, indicando que as taxas podem começar a cair “no curto prazo”, além da sinalização do presidente americano Donald Trump, que afirmou ter conversado com Xi Jinping e planeja visitar a China em abril.

Na agenda local, o discurso do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, na Febraban, reforçou o compromisso da instituição em não “se emocionar” diante das pressões políticas ou midiáticas. Ele reiterou que o BC seguirá dependente dos dados, comparando a autoridade monetária ao “último zagueiro” e destacando que os “riscos de cauda” diminuíram ao longo de 2025.

No setor corporativo, o Banco do Brasil (BBAS3) anunciou a ampliação do seu programa de corporate venture capital para até R$ 500 milhões a partir de 2026, mas o papel recuou 0,73%. Já a CSN Mineração (CMIN3) aprovou a venda de 53,29 milhões de ações em tesouraria para reforçar a liquidez, levando a uma queda de 6,26% no pregão.

Entre as empresas de petróleo e combustíveis, o Bradesco BBI reiterou Vibra (VBBR3) como uma das favoritas, citando ganhos potenciais com menor informalidade e juros mais baixos, assim a ação subiu 1,16%. Petrobras (PETR4) segue pressionada pelo debate sobre a alocação de capital em seu Plano Estratégico 2026–2030, e recuou 0,09%. A PetroReconcavo (RECV3), com produção abaixo da meta de 30 mil bpd, caiu 1,01%, enquanto a Brava (BRAV3), apesar de recorde de produção, recuou 1,28% pela limitação da geração de caixa e ausência de gatilhos de curto prazo.

No setor de shoppings, o Santander manteve visão positiva para Allos (ALOS3) após a expansão do Parque Shopping Maceió, que adicionou 5.500 m² de ABL e 38 novas operações. As ações da companhia avançaram 2,97%.

As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:

Altas

• MRV (MRVE3): +3,94%

• Assaí (ASAI3): +3,88%

• Vamos (VAMO3): +3,83%

• Allos (ALOS3): +2,97%

• C&A Modas (CEAB3): +2,92%

Baixas

• CSN Mineração (CMIN3): -6,26%

• CVC (CVCB3): -5,46%

• Azzas (AZZA3): -2,41%

• Raízen (RAIZ4): -2,41%

• Natura (NATU3): -1,84%

Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (24/11):

• Segunda-Feira (24): +0,33%

• Na semana: +0,33%

• Em novembro: +3,84%

• No 4°tri./25: +6,18%

• Em 12 meses: +20,25%

• Em 2025: +29,09%

EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +0,44%

• Nasdaq: +2,69%

• S&P 500: +1,55%

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