Segundo a empresa SERASA, só em 2015 foram registrados mais de 1,9 milhões de tentativas de fraude relacionadas ao “roubo de identidade” (uso de informações pessoais para realizar transações ou fazer negócios de forma criminosa). Fazendo os cálculos, isto representa 1 caso a cada 16,3 segundos! Estes golpes não são milionários, mas podem sim causar um prejuízo financeiro muito grande na vida das pessoas, especialmente aquelas de menor poder aquisitivo.

Muita gente já ouviu vários casos deste tipo de “roubo”, mas ainda assim este conhecimento não está ajudando a diminuir o número de novas ocorrências.

Para quem ainda não as conhece, vamos descrever as principais fraudes que continuam a perseguir os menos avisados. Se você já está bem informado sobre elas, ajude a disseminar ao máximo esta informação.

1. Golpe do acidente com um parente.

Esta é uma das mais utilizadas: alguém liga para a sua casa ou o seu celular e avisa que ocorreu um acidente com algum parente seu (pode ser irmão, irmã, filhos, etc.). Pode ser que a pessoa que atenda a chamada não tenha nenhum parente citado: neste caso a ligação é encerrada.

Mas as coincidências nestes casos jogam a favor do golpista e em algum momento ele estará em contato com alguém que tem um filho viajando de carro ou parente nesta situação.

A partir daí o golpista joga com a emoção das pessoas e pede dinheiro em troca de assistência ao acidentado. As pessoas que já passaram por estes casos comentam que elas entram em um estado de choque e não há condições de se desconfiar de que podem estar sendo vítimas de fraude. E chegam a tirar o dinheiro do banco e entregar a uma pessoa totalmente estranha.

Sabemos que é difícil, mas nestes casos:
– Tente manter a calma;
– Ligue sempre para alguém que você confia. Pode ser o seu vizinho, um amigo ou amiga ou outro parente. Você tem que falar com alguma outra pessoa que não esteja no mesmo estado de emoção que você estiver;
– Não dê mais nenhuma informação pessoal sua ou de seus parentes.

2. Ligações de bancos pedindo informações.

Este também é um golpe muito comum: você recebe uma ligação de alguém que se diz funcionário do banco onde você tem uma conta corrente. E lhe passa todos os seus dados: nome, CPF, endereço, nome dos pais, etc. O nível de informação que ele tem é tão bom que você passa realmente a acreditar que a ligação é do banco mesmo.

Provavelmente estas informações também foram “roubadas” de alguma forma, seja no banco ou em outros cadastros que você tenha feito (internet, empresas de crédito, etc.).

Só depois que sua confiança foi conquistada é que o atendente diz que “sua conta foi colocada em risco, mas o banco já identificou isso e está tomando as providências”.

E para continuar com estas “providencias” são então pedidos a você os dados mais importantes para o golpe ser aplicado: as senhas da internet e do cartão e até os números do ‘token’.

Pode parecer mentira, mas muita gente realmente dá este tipo de informação pelo telefone.

3. Gestores de Recursos prometendo altas rentabilidades.

Este não é um golpe como os dois já descritos aqui, já que neste caso não há “roubo” de informações pessoais ou senhas. Porém o prejuízo é tão grande quanto, ou até maior.

Há vários casos relatados de empresas registradas como agentes de investimento que prometem rentabilidades muito acima do normal. Eles se dizem especialistas e até apresentam dados (falsos) do passado recente que comprovam estas rentabilidades.

A vítima então transfere o seu dinheiro a esta empresa acreditando que ele será investido sabiamente. Mas depois de algum tempo, não consegue mais resgatar o dinheiro e nem encontrar a empresa.

É sempre necessário checar se a empresa ou os agentes estão devidamente cadastrado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Mas isso não é suficiente: desconfie sempre de ganhos rápidos e altos demais.