Sabemos bem que passar por um momento de dificuldade financeira não é nada agradável, e nem sempre é fácil lidar com essa situação.Muitas vezes ela evolui para um verdadeiro estado de estresse, gerando implicações em todos os aspectos de nossa vida e podendo inclusive colocar em risco uma das principais fontes de riqueza: o nosso trabalho.
É possível dizer qual é o momento exato em que isso começa acontecer? Ou seja, a partir de que nível de estresse financeiro as pessoas começam a faltar no trabalho, utilizam seu tempo e recursos da empresa para na busca de soluções para seus problemas ou chegam no nível máximo de estresse no trabalho?
Este problemas podem ter origem principalmente a partir de:
a) Eventos circunstanciais que geram grande impacto financeiro negativo, como perda de emprego, doença, acidente, divórcio, etc.;
b) Falta de educação financeira, que impede as pessoas de gerenciarem adequadamente suas finanças;
c) Fatores psicológicos, que abrangem impulsos consumistas e vícios relacionados a jogo, drogas e álcool;
d) Estagnação ou redução da renda, que se caracteriza pela perda gradual do poder de compra.
Assim, não há exatamente um momento específico para que o desempenho profissional caia devido aos problemas financeiros, nem um fato isolado que desencadeie esta queda, mas sim, a conjunção deles, porque todos estão, de certa forma, relacionados. Na verdade, as reações vão acontecendo aos poucos e aumentando de acordo com o tempo e a intensidade dos problemas financeiros. Por exemplo, se falta dinheiro para fechar o mês, primeiro utiliza-se o cartão de crédito ou cheque especial. Caso isso vire uma rotina, o próximo passo é a busca por financeiras, amigos e familiares. Em último caso, os agiotas. Os problemas vão se acumulando e, junto com eles, o aumento do estresse – que também varia do suporte psicológico de cada pessoa.
Ou seja, outro aspecto a se considerar é o fato de que certas pessoas conseguem lidar melhor com o estresse financeiro ou qualquer outro tipo de estresse. Por exemplo, existem pessoas que podem se encontrar dificuldades financeiras graves, mas não estão nem um pouco preocupadas. Por outro lado, uma outra pessoa pode nem conseguir dormir devido a uma dívida, por exemplo, de R$ 30,00. Por estarmos lidando com as reações humanas, não há uma linha demarcatória fixa ou um comportamento padrão.
Mas uma coisa é certa: seja em maior ou menor grau, o problema financeiro irá repercutir no dia-a-dia profissional. Quanto antes houver a conscientização a respeito do problema e a procura por ajuda, melhor.