O Ibovespa iniciou a segunda-feira (04) em alta de 0,63%, aos 133.244 pontos, reagindo ao otimismo externo com a possível queda de juros nos Estados Unidos e, internamente, à expectativa por avanços na diplomacia comercial com Washington. As tensões seguem elevadas após o governo de Donald Trump impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, com entrada em vigor prevista para esta quarta-feira (7).

Na tentativa de evitar prejuízos à indústria nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que fará uma ligação ao secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, nesta semana. Lula, por sua vez, afirmou que o Brasil está aberto ao diálogo. Trump declarou que o presidente brasileiro pode contatá-lo “quando quiser”. Enquanto isso, o governo brasileiro prepara medidas emergenciais para compensar os setores mais atingidos, que ficaram fora da lista de isenção de cerca de 700 produtos.

Do lado americano, as expectativas de flexibilização monetária ganharam força após um relatório fraco do payroll e a renúncia inesperada da diretora do Federal Reserve, Adriana Kugler. A saída abre caminho para uma nova composição no comando do banco central, aumentando as chances de cortes na taxa básica já na próxima reunião. O mercado precifica queda de ao menos 0,50 ponto percentual nos juros ainda em 2025.

No Brasil, a divulgação do Caged de junho e do Boletim Focus complementam a agenda do dia, enquanto investidores avaliam como os desdobramentos da política monetária internacional e da crise tarifária podem influenciar o crescimento doméstico. A pressão sobre o governo brasileiro deve aumentar até o prazo final, especialmente com a sinalização de que Washington poderá manter as tarifas mesmo com negociações em curso.

Por volta das 10h29, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

Altas

• RaiaDrogasil (RADL3): +5,11%

• Banco do Brasil (BBAS3): +2,89%

• Hapvida (HAPV3): +2,33%

Baixas

• Cogna (COGN3): -2,17%

• Yduqs (YDUQ3): -2,08%

• Raízen (RAIZ4): -0,71%

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