Não foi só o mercado acionário e o cambial que apresentaram grandes oscilações nos últimos dias. O mercado de taxas de juros também apresentou oscilação relevante. Entre a última reunião do Copom, em 16 de maio, e o dia 28 de maio, a taxa de 10 anos obtida a partir do mercado futuro de DI passou de 10,49% ao ano para 11,49%, o que representaria um prejuízo de -3,18% para um título prefixado com este prazo.
Com a manutenção da taxa Selic na reunião do Copom de 16 de maio, quando a expectativa do mercado era por um corte de 25 pontos-base (de 6,50% ao ano para 6,25%), a curva de juros do dia seguinte (17 de maio) já apresentou uma correção. A curva de 28 de maio, no entanto, já refletindo a crise pela qual o País passa, apresentou uma alta muito mais forte. As taxas de 6 meses e acima superaram até as taxas observadas no final do ano passado.
A partir destes mesmos dados, podemos observar também as expectativas de CDI para os próximos anos. No gráfico abaixo, pode-se ver claramente o quanto as taxas para 2021 e 2022 subiram no dia 28 de maio, situando-se significativamente acima daquelas observadas no final de dezembro até.
Obviamente, estas altas nas taxas de juros prefixadas refletem no mercado de títulos públicos. Comparando-se apenas os preços-base, a LTN 2025 apresentou perda de -5,15% apenas entre os dias 17 e 29 de maio. Já a NTN-B Principal 2045 teve um queda muito mais forte: -6,41%.