Com a rápida queda da taxa Selic- basta lembrar que há poucos meses ela estava em 14,25% ao ano e já se encontra em 10,25% – os investimentos em renda fixa passam a ficar menos atrativos. A última estimativa de mercado, coletada pelo Boletim Focus de 14 de julho, já mostra a Selic em 8% ao ano no final de 2017. Se isto ocorrer, será o menor patamar desde julho de 2013.

Apesar da queda da taxa Selic e da expectativa de novos cortes nas próximas reuniões do Copom (as próximas serão em 26 de julho, 6 de setembro, 25 de outubro e 6 de dezembro), tanto o CDI quanto a poupança deverão ter rendimentos superiores à variação da inflação medida pelo IPCA. O gráfico abaixo mostra a variação do IPCA e a rentabilidade do CDI e da poupança desde o ano 2000 e inclui as estimativas de mercado para os anos de 2017 e 2018.

Neste próximo gráfico, exibimos as rentabilidades reais da poupança e do CDI, ou seja, descontadas da inflação medida pelo IPCA. No caso do CDI, a rentabilidade também se apresenta descontada do imopsto de renda (alíquota de 15%). Vale notar que o ganho real da poupança deverá ser em 2017 a mais alta desde 2006. Já o CDI deverá ter ganho real próximo ao observado em 2016, apesar da queda da taxa Selic e graças à rápida desaceleração da inflação.

Na tabela abaixo, exibimos as rentabilidade esperadas para diversos períodos, considerando uma taxa Selic constante de 8% ao ano. É possível observar que, neste patamar, apenas os fundos DI com taxas de administração iguais ou abaixo de 1% ao ano terão rentabilidade melhor do que a da poupança. CDBs que pagam apenas 80% do CDI renderão menos do que a poupança.