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Tesouro Direto: você está perdendo dinheiro com a taxa da corretora

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Tesouro Direto: você está perdendo dinheiro com a taxa da corretora

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Com a baixa rentabilidade da poupança, o Tesouro Direto passou a ser uma importante alternativa de investimento, principalmente para aqueles que estão começando a investir ou possuem poucos recursos financeiros. No entanto, muitos investidores ainda não se atentaram às taxas cobradas pelas corretoras ao investirem no Tesouro Direto. Trata-se de um bom dinheiro que pode fazer falta, principalmente em sua aposentadoria.

Pelos dados de junho de 2016, os investimentos no Tesouro Direto totalizavam R$ 32,8 bilhões, distribuídos em cerca de 307 mil investidores ativos. Ao contrário da poupança, onde não são cobrados impostos (para pessoas físicas) e taxas, no Tesouro Direto há a incidência da tabela regressiva de imposto de renda a depender do prazo de investimento (alíquotas variando entre 15% e 22,5%), do IOF (no caso de resgates em menos de 30 dias) e de 2 taxas, a saber:

1 – Taxa de custódia
Trata-se de taxa de 0,30% ao ano cobrada pela BM&F Bovespa sobre o valor dos títulos, referente aos serviços de guarda dos mesmos e às informações e movimentações dos saldos. Ela é provisionada diariamente a partir da liquidação da operação de compra (que ocorre dois dias úteis após a compra). Esta taxa incide até o valor investido de R$ 1.500.000 em cada instituição financeira.

2 – Taxa de administração da corretora
Trata-se da taxa a ser paga à corretora utilizada para operar no Tesouro Direto, sendo ela livremente pactuada com o investidor. No momento, há corretoras que não cobram esta taxa, enquanto outras cobram até 0,70% ao ano. Para o primeiro ano de aplicação, ela é cobrada no momento da compra, incidindo sobre o valor total da transação. Assim, se o valor investido é de R$ 10.000 e a taxa de administração é de 0,50% ao ano, haverá um desconto de R$ 50 da sua conta de investimento por conta desta taxa. É importante ressaltar que caso o título seja vendido antes de completar um ano de aquisição, a taxa não é devolvida. No caso da compra de títulos que vençam em menos de um ano, a taxa é cobrada proporcionalmente ao prazo de vencimento do título.
Para os demais anos de aplicação, esta taxa passa a ser acumulada diariamente e, em geral, é cobrada semestralmente, no primeiro dia útil de janeiro e de julho, quando o valor das taxas de toda a carteira for superior a R$ 10. A cobrança ocorre também no caso de evento de custódia (quando há pagamento de juros ou vencimento do título) ou na venda antecipada.

 

Tesouro Direto: perdendo dinheiro com a taxa da corretora
Tesouro Direto: perdendo dinheiro com a taxa da corretora

Você está perdendo dinheiro ao pagar a taxa da corretora
Pagar 0,50% ao ano de taxa de administração para a corretora não parece ser muito dinheiro, principalmente se comparando com as taxas de administração cobradas pelos fundos de investimento e de previdência, que podem chegar a 5% ao ano. No entanto, ao longo do tempo, este valor pode ser muito significativo.

Fizemos uma simulação para quantificar o quanto se deixa de ganhar ao investir no Tesouro Direto através de uma corretora que não cobra a taxa de administração e outra que cobra 0,50% ao ano. Para tanto, nos valemos das seguintes informações:

  • – Valor inicial de investimento: R$ 10.000;
  • – Taxa de rentabilidade constante do título: 12% ao ano;
  • – Título não paga juros semestrais;
  • – Vencimento em 30 anos;
  • – No caso do investimento sem cobrança da taxa, os valores que seriam pagos como taxa foram investidos no Tesouro Direto para compor o saldo final do investimento;

Na tabela abaixo, apresentamos os saldos brutos (sem o desconto de imposto de renda) do investimento com o pagamento da taxa da corretora de 0,5% ao ano e do investimento sem o pagamento da taxa, mas com os valores que deixaram de ser pagos sendo investidos.
 

  • Tesouro Direto - saldos brutos acumulados
    Tesouro Direto – saldos brutos acumulados

 

A diferença entre os dois investimentos não chega a ser considerável no prazo de 5 anos: apenas R$ 440, que o investidor acabou deixando para a corretora ao pagar a taxa de 0,5% ao ano. No entanto, à medida que o saldo vai aumentando, os valores pagos à corretora passam a ser consideráveis. No prazo de 30 anos, o valor que se deixa de ganhar chega a R$ 44.886, montante que certamente fará falta em sua aposentadoria.

Vale a pena então procurar uma boa corretora que não faça a cobrança da taxa. A lista das corretoras habilitadas a operar o Tesouro Direto e as taxas cobradas por cada uma delas pode ser encontrada no próprio site do Tesouro Direto.

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