Fundos multimercado permitem a seus gestores investir em uma ampla gama de ativos financeiros, desde renda fixa até ações e câmbio. Com isto, espera-se que eles consigam superar o CDI frente ao maior risco assumido. Como demandam um maior trabalho de gestão, costumam cobrar taxa de administração (em geral, de 2% ao ano ou acima) e taxa de performance, esta última servindo como um incentivo adicional para que o gestor faça um bom trabalho. No entanto, será que os fundos multimercado dos grandes bancos têm conseguido fazer um bom trabalho?

Analisamos apenas as rentabilidades dos fundos multimercado disponíveis para novas aplicações dos grandes bancos de varejo (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander) para os períodos de 5 e de 10 anos.

No gráfico abaixo, podemos observar que, no período dos últimos 5 anos (até 31 de março de 2017), apenas 6 de 32 fundos superaram o CDI.

Já no gráfico seguinte, exibimos as rentabilidades dos últimos 10 anos. Como há menos fundos com este período de atividade, a amostra é menor. Aqui, apenas 2 de 19 fundos superaram o CDI.

Com isto, investir em fundos multimercado é mau negócio? Não necessariamente. O problema aqui é que o investidor, ao aplicar apenas no próprio banco em que mantém sua conta-corrente, tem um pequena gama de fundos multimercado à sua disposição. Há diversas gestoras independentes que fazem um excelente trabalho. Exemplos disto são os fundos SPX Nimitz Feeder (com 106,67% em 3 anos vs. 43,92% do CDI) e ARX Extra (com 106,93%, também em 3 anos), entre diversos outros, que podem ser encontrados em corretoras independentes como XP, Easynvest, Guide, Ativa e tantas outras. O que o investidor precisa mesmo é não se acomodar com os serviços oferecidos pelo seu banco e pesquisar nestas corretoras. No longo prazo, isto representará uma vida muito mais confortável e segura.

OBSERVAÇÕES:
Em breve, traremos a comparação com os fundos disponibilizados pelas principais corretoras independentes em suas plataformas de investimento.