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Vou emprestar um dinheiro. Quanto devo cobrar de juros?

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Com os juros dos empréstimos pessoais em níveis muito elevados, muita gente que precisa de dinheiro rápido está procurando alternativas mais baratas. Pedir emprestado para um parente ou amigo muito próximo é uma destas alternativas. Mas como calcular os juros a serem cobrados em uma situação destas?

Antes de fazermos as contas dos juros, é prudente listar algumas ressalvas para estas operações:

– Em primeiro lugar, a atividade formal de empréstimo só pode ser realizada por uma instituição financeira devidamente registrada e legalizada para isso. Por isso, se você for tomar ou emprestar dinheiro sem o envolvimento desta instituição financeira, faça-o somente de modo esporádico e sempre de modo “não profissional.”

– Tanto quem empresta quanto quem toma emprestado deve informar este valor na Declaração de Imposto de Renda (isto não é necessário para valores abaixo de um mínimo, mas na dúvida, declare). Além disso, se houver cobrança de juros, haverá incidência de Imposto de Renda sobre o lucro desta operação. Consulte as regras específicas para isso.

– Para quem empresta, lembre-se que é preciso sempre analisar o risco desta operação: será que o dinheiro irá realmente ser pago de volta? Estas situações normalmente envolvem familiares, assim o constrangimento de dizer “Não” ao empréstimo pode ser muito grande. Mas muitas vezes é necessário.

Feitas estas considerações, vamos à questão da cobrança de juros. O mais razoável seria cobrar os mesmos juros que você receberia se deixasse o dinheiro investido em alguma instituição financeira.

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Você pode também decidir que deve ter algum lucro adicional, devido ao risco ou outro fator. Neste caso é só aumentar um pouco os valores percentuais de juros que usamos nas simulações abaixo.

Simulação 1

Vamos supor que você esteja fazendo um empréstimo de R$ 9.000,00, para ser pago em 3 vezes (o valor de cada parcela será de R$ 3.000,00, sem aplicar os juros). E vamos supor uma taxa de juros de 1% ao mês (cerca de 12,6% ao ano).

O jeito mais simples de realizar este cálculo é ir aplicando os juros em cima do valor das parcelas a serem pagas.

Assim, a 1ª parcela será paga um mês após o empréstimo. Os juros a serem cobrados serão de:

– R$ 3.000,00 x 1% = R$ 30,00   –> Total de R$ 3.030,00

Para a 2º parcela, o cálculo é similar, porém é preciso usar o conceito dos juros compostos: é preciso aplicar os juros de 2 meses. Uma maneira fácil de fazer isso é partir do valor de R$ 3.030 já calculado acima (que já contém os juros do 1º mês) e aplicar novamente os juros referentes ao segundo mês:

– R$ 3.030,00 x 1% = R$ 30,30   –> Total de R$ 3.060,30

Idem para a 3ª percela:

– R$ 3.060,30 x 1% = R$ 30,60   –> Total de R$ 3.090,90

Somando-se as 3 parcelas, o valor total a ser pago é de: R$ 9.181,20

Simulação 2

Nesta segunda simulação, vamos supor o mesmo valor de empréstimo (R$9.000), porém o pagamento será feito de uma vez só, somente 3 meses após o empréstimo.

Muita gente simplifica um pouco este cálculo e utiliza o conceito de juros simples: neste caso, basta somar os juros mensais (que dariam 3% para os 3 meses) e aplicar diretamente sobre o valor do empréstimo:

– R$ 9.000,00 x 3% = R$ 270,00   –> Total de R$ 9.270,00

Mas utilizando-se os juros compostos, é preciso ir acumulando os juros de cada mês:

-1º mês: R$ 9.000,00 x 1% = R$ 90,00   –> Total de R$ 9.090,00

-2º mês: R$ 9.090,00 x 1% = R$ 90,90   –> Total de R$ 9.180,90

-3º mês: R$ 9.180,90 x 1% = R$ 91,80   –> Total de R$ 9.272,70

A diferença com relação aos juros simples é pequena neste caso (R$ 2,70), mas ela aumenta quanto maiores o valor emprestado e o prazo de pagamento.

Outras simulações

Haveria ainda a possibilidade de se realizar outras simulações, como por exemplo o pagamento parcelado, porém mantendo-se os valores fixos mensais.

Pode parecer que a diferença final entre todas estas simulações não é grande, mas novamente isto vai depender do valor e do número de parcelas.

Na dúvida, peça ajuda a um consultor financeiro ou a algum amigo/parente que tenha bons conhecimentos de cálculos financeiros. O ideal mesmo é montar uma planilha com estes cálculos de modo que se consiga fazer várias simulações e se encontre um cenário que seja bom para todos os envolvidos!

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