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Vale a pena antecipar a restituição de imposto de renda?

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Com a proximidade da entrega da declaração do imposto de renda de pessoa física (IRPF), os bancos passam a oferecer uma modalidade de empréstimo: a antecipação da restituição do imposto de renda. Vale apena usar este crédito? 

Obviamente, se você tem recursos para pagar à vista, esta costuma ser a melhor opção. No entanto, se você está devendo no cheque especial, no crédito rotativo do cartão de crédito ou se precisa pagar contas e está sem dinheiro, a antecipação da restituição do imposto de renda pode ser uma boa opção.

Dentre as características desta modalidade de empréstimo, destacam-se:

– Taxas de juros mais baixas do que as de cheque especial e crédito rotativo do cartão de crédito e, geralmente, mais baixas do que as de crédito pessoal;

– Pagamento em parcela única no vencimento através de débito em conta;

– Vencimento do empréstimo ocorre na data em que a restituição do imposto de renda é depositada em sua conta bancária ou na data máxima estipulada pelo banco (geralmente entre dezembro e fevereiro do ano seguinte), o que ocorrer primeiro;

– O valor máximo do empréstimo equivale a 100% do valor da restituição;

– A contratação da antecipação da restituição do imposto de renda só pode ser feita no banco indicado em sua declaração de IRPF para o crédito da restituição;

Antes de contratar o empréstimo, atente-se às seguintes questões:

– Como costumamos comentar aqui no Minhas Economias, pesquise bastante antes de contratar qualquer empréstimo (aliás, antes de comprar qualquer produto ou contratar qualquer serviço!). As taxas de juros variam bastante entre os bancos. Além disto, as taxas de juros também variam bastante entre os clientes do mesmo banco, pois o histórico de relacionamento do cliente é um fator importante para a determinação da taxa de juros dos empréstimos;

– Se você tem acesso ao crédito consignado, é muito provável que as taxas de juros desta modalidade sejam mais baixas do que as da antecipação de restituição de imposto de renda;

– Mesmo que você não precise do dinheiro por muito tempo, mas está devendo dinheiro no cheque especial ou no crédito rotativo do cartão de crédito, a antecipação de restituição de imposto de renda pode ser uma boa saída para pagar menos juros. É possível fazer este empréstimo, quitar a dívida com taxas de juros mais altas e, quando tiver dinheiro em mãos, liquidar antes o crédito de antecipação. Vale ressaltar que a liquidação antecipada para empréstimos com menos de 12 meses de prazo deve ser feita calculando-se o saldo devedor usando a taxa de juros do contrato;

– Na questão acima, lembre-se que, ao contratar um novo empréstimo, haverá nova cobrança de IOF (imposto sobre operações financeiras). Isto significa que se a diferença entre as taxas de juros for muito pequena ou se o prazo efetivo para a quitação da dívida for muito curto, não valerá a pena trocar de empréstimo. Na dúvida, será preciso fazer a conta e verificar se vale a pena. Como dica, a economia deve ser superior a 0,38% (alíquota do IOF adicional) do valor do empréstimo;

– Uma conta simples (para não dizer simplista) pode ser feita para determinar se vale a pena contratar a antecipação de restituição de imposto de renda: calcule a diferença entre as taxas de juros (taxa ao mês), divida por 30 e multiplique pelo número de dias entre a data de contratação e a data do efetivo pagamento. Como exemplo, se a taxa de juros do cheque especial for 5,0% ao mês, a taxa da antecipação for 4,5%, e o prazo for de 45 dias, a conta “de padaria” a ser feita é ( 5% – 4,5% ) / 30 * 45 = 0,75%, o que é maior do que 0,38%, indicando que você economizará dinheiro ao trocar de dívida;

– Se a sua dívida for de R$ 1.000, você economizará algo em torno de R$ 3,70 ( R$ 1.000 * (0,75% – 0,38%) ), o que indica que talvez o esforço despendido não compense o valor economizado;

– Por outro lado, se você paga 10% de juros mensais no cheque especial, a antecipação de restituição de imposto de renda cobra uma taxa de 4% ao mês, e você só conseguirá pagar a dívida em 180 dias, o valor economizado deverá ficar em torno de R$ 360 para uma dívida de R$ 1.000. Por isto, vale a pena fazer algumas “continhas” para poder tomar a melhor decisão possível.

 

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