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Bancos Centrais – Surgimento e Evolução

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Continuando a publicação de textos da 3a edição da publicação “Fique por Dentro”, cartilha disponibilizada pelo Banco Central do Brasil, reproduzimos aqui o capítulo que explica o surgimento dos bancos centrais, suas funções clássicas e sua importância em nossa sociedade.

Boa Leitura !!

Bancos Centrais – Surgimento e Evolução

Os bancos centrais foram aparecendo de forma gradual, em parte como resposta às necessidades apresentadas pelas instituições financeiras que surgiram na Europa, principalmente a partir do século XVI.

Em distintos países europeus, a prática bancária foi concentrando certas funções – fundamentalmente a partir do direito de emissão – em instituições que, de fato, começaram a assumir os contornos de bancos centrais.

1. O Banco da Inglaterra
O monopólio de emissões e o papel de banqueiro do governo foram as duas primeiras funções que ajudaram a delinear o perfil do que mais tarde constituiria um banco central. O primeiro banco a adotar essas práticas foi o Banco da Inglaterra, fundado em 1694. Em troca de empréstimos concedidos ao governo inglês, envolvido em guerra contra a França, foi-lhe concedido o monopólio de emissão na região de Londres.

Ao longo do tempo, com apoio da legislação, entre outros fatores, o Banco da Inglaterra foi ganhando participação relativa como emissor e sua posição de agente do governo foi se fortalecendo.

O prestígio do Banco da Inglaterra tornou-o receptor de depósitos de outros bancos, procedimento que tinha como objetivo a proteção contra ondas especulativas que causavam múltiplas quebras, principalmente de instituições menores.

Ao assumir o papel de depositário das reservas do sistema bancário, o Banco da Inglaterra passou, a partir de meados do século XIX, a prestar serviços de “compensação” das operações realizadas entre os bancos.

A preponderância como emissor e a concentração das reservas do sistema bancário habilitaram o Banco da Inglaterra a instituir-se como emprestador de última instância, apoiando com crédito (redescontos) as instituições com problemas de liquidez, com o objetivo de evitar que elas quebrassem.

Dessa forma, agruparam-se, há pouco mais de cem anos, as funções básicas que caracterizam a ação de um banco central como banco dos bancos.

2 – O banco central na América Latina
No século XIX, as principais nações européias já contavam com instituições destinadas a desempenhar o papel de banco central. Por outro lado, naquela mesma época, as recém-independentes nações da América Latina começaram a reorganizar suas economias e a construir sistemas monetários e bancários de acordo com seu novo status.

Enquanto a revolução industrial constituía o motor dos países economicamente mais adiantados de então, os Estados Nacionais latino-americanos apresentavam economias sustentadas na agricultura e na exploração de matérias-primas.

Nesse sentido, a região foi receptora de fluxos importantes de investimentos estrangeiros que criaram demandas por serviços financeiros que não existiam, dando lugar à aparição dos primeiros bancos. Instituições bancárias européias, em fase de expansão, iniciaram operações na América Latina e adquiriram, em alguns casos, direitos de emissão.

Até o final do século XIX, a maioria dos sistemas financeiros da América Latina não era sujeita à regulamentação estatal. A emissão era múltipla e as funções de um banco central encontravam-se dispersas e descoordenadas.

Apesar de algumas tentativas anteriores, foi depois da Primeira Guerra Mundial, principalmente após a Conferência Financeira Internacional de 1920, realizada em Bruxelas por convocação da Sociedade das Nações, que a região avançou significativamente
na regulamentação e no controle de seus sistemas monetários, com a institucionalização de bancos centrais.

O Banco da República Oriental do Uruguai é exceção, pois apareceu em 1896 como o primeiro banco central latino-americano, o único fundado antes do início da terceira década do século XX.

3 – Para que servem os bancos centrais?
São duas as justificativas para a existência de um banco central. Uma é de ordem macroeconômica, relativa às políticas monetária e cambial. A outra, de ordem microeconômica, está ligada à estabilidade do sistema financeiro.

As questões de ordem macroeconômica predominam, caracterizando o banco central como a instituição responsável pelas duas olíticas já citadas (monetária e cambial). As questões microeconômicas implicam conceitos mais complexos, apesar da origem bancária
dos bancos centrais.

4 – Funções clássicas dos bancos centrais
Em geral, um banco central cumpre algumas funções consideradas clássicas. Apesar de interdependentes, nem todas são, necessariamente, desempenhadas pelo banco central. São elas:

a) monopólio de emissão;
b) banco dos bancos;
c) banqueiro do governo;
d) superintendente do sistema financeiro;
e) executor da política monetária;
f) executor da política cambial;
g) depositário das reservas internacionais;
h) assessor econômico do governo.

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Texto extraído da cartilha “Banco Central: Fique por Dentro, 3ª. Ed. 2004”. Clique AQUI para acessar a cartilha original.

Conheça mais sobre o programa de Educação Financeira do Banco Central do Brasil através do link http://www.bcb.gov.br/?PEF-BC.

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